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16 de dez. de 2010

JOVEM você está salvo? - Paul Washer


Radical - “E este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.” (Mt. 3.4)





Quero falar hoje com você a respeito da vida de João Batista e naquilo que devemos ser semelhantes a ele. Estamos vivendo em um tempo de inversão de valores, corrupcão moral, degradação familiar e social como nunca houve na história. O homem moderno está perdendo totalmente sua caracteristica, está como o apóstolo Paulo disse ao seu discípulo Timóteo: “sem afeição natural” (2 Tm. 3.3).
Nunca pensei que o homem pudesse chegar no estado em que se encontra, capaz de coisas hediondas, atrozes, não só perversas, mas insanas e absurdas, que nos leva a ser uma sociedade muito mais irracional do que racional. Veja os canais de comunicação, a indústria cinematográfica, a literatura, a arte e a cultura, tudo tem o toque da morte, da depravação moral, do sarcasmo, do ocultismo, da profanação do corpo e da luxúria. É impressionante como o mundo mudou nos últimos vinte anos. Está havendo uma transformação total e em todos os valores para pior.
Como se não bastasse tudo isso a própria igreja do Deus vivo tem sido contaminada por essas mudanças. Tem estado em total apostasia, esfriamento, apartando-se dos princípios bíblicos fundamentais, enfim, caminhando a passos largos para uma completa descaracterização, tornando-se uma religião superficial e mundana.
E esse foi o cenário mundial que se encontrava nos dias de João Batista. Ele apareceu no meio de um completo caos espiritual e moral, veio para preparar o caminho do Senhor, a  vinda de Jesus, pregando o batismo do arrependimento, confrontando ousada e destemidamente o pecado do povo e a religião legalista dos fariseus, indo contra até as autoridades como rei Herodes, expondo com ousadia e intrepidez a sujeira de seu reinado.
Sozinho ele enfrentou o império das trevas, o império econômico, social, bélico e político daquela época, causando um rebuliço, uma arruaça, preparando para que naquele tempo o ambiente estivesse apto para a aparição do messias Jesus Cristo. Estou usando João Batista porque estamos vivendo dias semelhantes aos dele e nada menos do que ele fez será capaz de mudar o cenário atual.
Ele era a voz que clamava no deserto preparando o caminho do Senhor, nós os cristãos somos essa voz e temos que clamar em alta voz contra esse sistema corrupto que está nas igrejas e no meio desse deserto, que é o nosso mundo e essa sociedade. João Batista preparou a vinda, nós somos a voz do que clama no deserto, que vai preparar a volta de Jesus.
Mas como conseguiremos ter o mesmo êxito de João Batista? Tendo a mesma vida que ele teve. Você notou nos versículos acima algumas características de João Batista: apareceu no deserto da Judéia pregando, sua vestimenta era pele de camelo, cinto de couro sustentava seus lombos, sua comida era mel silvestre e gafanhotos, sua morada era em cavernas e em desertos, ou seja, um homem absolutamente entregue a vontade de Deus.

João Batista era radical, é isso que estou tentando te mostrar. Só conseguiremos causar impacto nessa terra, só conseguiremos confrontar os poderes diabólicos, só poderemos causar um transtorno nessa presente era e nesse império, que creio eu é muitíssimo pior que nos dias de João Batista, se formos tão radicais como ele.
E é exatamente desse tipo de homens e mulheres que Deus está precisando, que Deus quer usar. É impossível você causar tal impacto se vive uma vida dividida, fútil, mesquinha, se tropeça em pobres relacionamentos amorosos, se tem apego ao dinheiro, se tem problema com vaidade, conforto e se ainda pensa em ser um reformador e um profeta dessa envergadura e ao mesmo tempo realizar seus sonhos pessoais aqui na Terra, isso é impossível, isso nunca aconteceu com qualquer homem e nunca irá acontecer.
Você precisa ser radical, não digo abandonar tudo, mas abandonar o que Deus está te pedindo. Vamos meu caro leitor, você esta sendo confrontado por esta mensagem, o que você está esperando? O que você tem a perder? Viva para Ele, consagre-se como nunca, renuncie a tudo e a todos. Seja radical nas suas decisões, na sua conduta, seja o seu falar “sim, sim; não, não”.
Abomine tudo que é do mundo e toda aparência do mal, sustente-se apenas da comida que Ele te der, se esconda em alguma caverna e deserto desse mundo até que Ele lhe envie a sua palavra, como enviou a João Batista e assim conseguiremos ter êxito, mudaremos o cenário, os infernos serão abalados pela expressão espiritual da nossa vida, os poderosos nos temerão como Herodes temia a João Batista e as multidões perdidas clamarão por misericórdia e salvação através da virtude que sair dos nossos lábios chamada evangelho de Cristo.
Há duas maneiras de você ver essa mensagem: a primeira como um fardo pesado demais para você, a segunda é com alegria e euforia de saber que eu sou nesse momento a voz do que clama no deserto e que estou vivendo nesse instante para preparar a gloriosa vinda do meu Senhor. Fique com a segunda opção, venha! Ninguém que deixa tudo e vive para o Senhor ficará sem recompensa. Há uma glória incalculável que lhe será revelada. Deus te abençoe.
- Paulo Junior

O Elefante na Sala





“Vocês pensam que vim trazer paz à terra? Não, eu lhes digo. Ao contrário, vim trazer divisão! De agora em diante haverá cinco numa família divididos uns contra os outros: três contra dois e dois contra três. Estarão divididos pai contra filho e filho contra pai, mãe contra filha e filha contra mãe, sogra contra nora e nora contra sogra” (Lc 12.51-53)
Alguns anos atrás, tive uma altercação com uma parenta. Era uma seguidora devota de uma religião não cristã, e o conflito havia irrompido por causa disso. Ela era daquela opinião capenga que todas as religiões são essencialmente a mesma coisa e conduzem a humanidade para o bem, e devota que ela era, alegara que considerava a família como a coisa mais importante. Algumas pessoas assumem que se uma religião divide uma família, deve ser uma seita perigosa.
Ela disse: “religião não é sobre unidade? E família não é a coisa mais importante?”. Respondi: “Claro que não. Religião é sobre a verdade, especialmente a verdade sobre Deus e a verdade de Deus. Essa verdade leva à salvação e adoração correta. Defendo que a verdade está em Jesus Cristo e somente nele. E como você não pensa assim, eu condeno a sua religião como falsa. Como religião é sobre Deus, ela é mais importante do que qualquer outra coisa, e muito mais importante do que a família”.
Então acrescentei: “Contudo, se você realmente acredita que religião é sobre unidade e realmente acredita que família é a coisa mais importante, por que não renuncia à sua religião para que possa haver unidade entre nós?” Ela se recusou. Você percebe, ela era hipócrita. Queria que eu cedesse em minha fé para acomodar a sua, mas ela mesma não se moveria um centímetro, mesmo sendo ela quem dissera que religião deveria ser sobre unidade e que a família deveria ocupar o lugar mais alto.
Assim é com todos aqueles que promovem tolerância e diversidade religiosa e culpam a fé cristã de se recusar a seguir suas agendas. São pessoas fingidas, hipócritas e autocontraditórias. Elas não querem realmente dizer que todos devem aceitar uns aos outros, mas que todos os cristãos devem abandonar suas crenças e abraçar essa miscelânea de loucura e confusão. Se rejeitarmos esse absurdo, vão dizer que somos fanáticos e violentos, uma ameaça à sociedade.
Não seja enganado. Elas são mentirosas. Vão retratar Cristo como alguém que ele não foi, interpretando suas palavras para dizer algo que ele nunca quis dizer ou, de algum modo, vão manipular você para transigir em sua lealdade a ele. Muito embora afirmem que a paz é mais importante do que as nossas diferenças ideológicas, elas não vão renunciar às suas próprias crenças para ter paz com você. Muito embora berrem tolerância e diversidade, sua tolerância e diversidade não dá lugar aos cristãos que discordam delas.
Talvez até contemporâneos de Cristo imaginassem que ele traria harmonia em todos os relacionamentos humanos, ou ao menos nas famílias ou no país onde o vínculo de sangue e nacionalidade já existisse, esperando ser aperfeiçoados por esse grande profeta, o Messias. Jesus disse que esse seria um mal-entendido. Ele não veio para trazer paz ou unidade entre os homens, mas introduziria divisão até mesmo onde ela não existira antes. Ele não estava constrangido acerca disso, mas disse: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mt 10.37).
Paz verdadeira só é possível quando os não cristãos renunciam a suas religiões, suas filosofias, suas ciências ― que são falsas e irracionais ― e se curvam diante de Jesus Cristo. A unidade verdadeira só é possível quando os não cristãos lançam suas mãos ao alto e se arrependem no pó e na cinza. E então haveremos de abraçá-los e chamá-los irmãos e irmãs, pais e mães. A menos que isto aconteça, haverá sempre divisão entre nós.
Não cristãos tentam nos culpar por isso, mas a divisão persiste porque a Verdade chegou, e eles não podem afugentá-la. Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”. É o que ele disse. O que faremos a respeito disso? Eles não acreditam nisso, mas nós acreditamos. As pessoas falam do “elefante na sala”. Bem, Jesus Cristo veio e está em nosso meio. É a questão que não pode ser ignorada. Se você finge que ele não está aí ou que isso não faz nenhuma diferença, ele o chutará na face.
Como cristãos, ansiamos por paz, mas não nos satisfazemos com o fingimento, com uma paz que se baseia na transigência, ou ilusão, e em esconder nossas verdadeiras crenças. Satisfazemo-nos apenas com uma paz que se baseia numa crença comum na verdade, a verdade que Deus revelou-nos em Jesus Cristo e registrou para nós na Bíblia.
Na verdade, como havia declarado num contexto diferente, Jesus Cristo trouxe unidade, mas apenas ao seu povo. Essa unidade era, de fato, tão poderosa que sobrepujou muitas gerações de preconceito, de sorte que judeus e gentios aprenderam a aceitar uns aos outros, o rico abraçou o pobre e lavou seus pés, e as mulheres foram reconhecidas como co-herdeiras com os homens através de Jesus Cristo, e até mesmo sacerdotes de Deus, tendo acesso direto ao trono celestial, com plenos direitos de receber uma educação na piedade.
Claro, há sempre mais trabalho a ser feito, visto que o pecado ainda opera entre nós, e novos crentes chegam às igrejas todos os dias, mas fora de Cristo não há nenhum tipo de unidade como essa. Novamente, não estamos nos referindo a uma civilidade superficial, possível pela transigência ou supressão das divergências, mas de uma inquebrável fraternidade unida pela verdade e pela fé. Sigamos então o exemplo de Cristo, trazendo unidade onde deve haver unidade, mas divisão onde deve haver divisão.
Vincent Cheung
Fonte: www.vincentcheung.com
Tradução: Marcelo Herberts (Nov/2010)

Características Distintivas do Aconselhamento Cristão

 

Há vários anos, um crente da Holanda entrevistou-me a respeito do meu ponto de vista sobre o aconselhamento cristão. Ele estava viajando pelos Estados Unidos, fazendo perguntas a vários crentes que eram conselheiros e professores de aconselhamento a respeito da opinião deles sobre o que constitui o aconselhamento cristão. Disse ao meu entrevistador que todo aconselhamento digno de ser chamado cristão possui quatro características distintivas.
1. Aconselhamento centralizado em Cristo
Primeiramente, o aconselhamento cristão está consciente e abrangentemente centralizado em Cristo. O aconselhamento cristão atribui muito valor ao que Cristo é; ao que Ele fez por nós em sua vida, sua morte, sua ressurreição e seu envio do Espírito Santo; ao que Ele está fazendo por nós agora em sua intercessão, à direita do Pai, e ao que ainda fará por nós, no futuro. No aconselhamento cristão, o Cristo da Bíblia não é um acessório, um acréscimo com o qual podemos viver melhor. Pelo contrário, Ele está no centro, nos arredores e em todos os aspectos do aconselhamento. O aconselhamento centralizado em Cristo envolve o entendimento da natureza e das causas de nossas dificuldades humanas, bem como o entendimento das maneiras em que somos diferentes de Cristo em nossos valores, aspirações, desejos, pensamentos, escolhas, atitudes e reações. Resolver dificuldades relacionadas ao pecado inclui sermos pessoas redimidas e justificadas por Cristo, recebermos o perdão de Deus por meio de Cristo e obtermos dEle o poder que nos capacita a substituir padrões de vida pecaminosos e anticristãos por um modo de viver piedoso e semelhante ao de Cristo.
2. Aconselhamento centralizado na salvação
Um conselheiro cristão é um crente que expressa sua fé, de modo consciente e abrangente, em sua perspectiva a respeito da vida. O aconselhamento verdadeiramente cristão é realizado por indivíduos que experimentaram a obra regeneradora do Espírito Santo, que vieram a Cristo, através do arrependimento e da fé, que O reconheceram como Senhor e Salvador de suas vidas e que desejam viver em obediência a Ele; são pessoas cujo principal objetivo da vida é exaltar a Cristo e glorificar o nome dEle. Os conselheiros verdadeiramente cristãos são pessoas que crêem no fato de que, se Deus não poupou seu próprio Filho (de ir à cruz e de morrer ali), mas O entregou (à cruz e à morte) por nós (em nosso favor e em nosso lugar, como nosso substituto), Ele nos dará graciosamente tudo que necessitamos para uma vida eficiente e produtiva (para nos transformar na própria imagem de seu Filho, na totalidade de nosso ser). O aconselhamento verdadeiramente cristão é realizado por aqueles cujas convicções teológicas influenciam, permeiam e controlam sua vida pessoal, bem como sua teoria e prática de aconselhamento.
3. Aconselhamento centralizado na Igreja
Outra característica distintiva do aconselhamento verdadeiramente cristão é que ele estará centralizado, de modo consciente e abrangente, na Igreja. As Escrituras deixam claro que a igreja local é o instrumento primário pelo qual Deus realiza sua obra no mundo. A igreja local é o instrumento designado por Ele para chamar o perdido a Si mesmo e o ambiente no qual Ele santifica e transforma seu povo na própria semelhança de Cristo. De acordo com as Escrituras, a Igreja é a casa de Deus, a coluna e o baluarte da verdade; é o instrumento que Ele utiliza para ajudar seu povo a despojar-se da velha maneira de viver (hábitos, estilo de vida, maneiras de pensar, sentimentos, escolhas e atitudes características da vida sem Cristo) e vestir-se do novo homem (uma nova maneira de viver com pensamentos, escolhas, sentimentos, atitudes, valores, reações, estilo de vida e hábitos semelhantes ao de Cristo (ver 1 Timóteo 3.15; Efésios 4.1-32).
4. Aconselhamento centralizado na Bíblia
Finalmente, o aconselhamento verdadeiramente cristão está fundamentado, de modo consciente e abrangente, na Bíblia, extraindo dela a sua compreensão a respeito de quem é o homem, da natureza de seus problemas, dos “porquês” destes problemas e de como resolvê-los. Em outras palavras, o conselheiro precisa estar comprometido, de modo consciente e envolvente, com a suficiência das Escrituras para resolver e compreender todas dificuldades não-físicas, relacionadas ao pecado, que afetam o próprio indivíduo e seu relacionamento com os outros. Muitos em nossos dias se declaram conselheiros cristãos, mas não afirmam a suficiência das Escrituras. Em vez disso, eles crêem que precisamos de discernimento proveniente de teorias psicológicas e extra bíblicas para compreendermos e ajudarmos as pessoas, especialmente se elas têm problemas sérios. Para tais conselheiros, a Bíblia possui autoridade apenas designadora (ou seja, como um instrumento que nomeia) e não funcional (atual, genuína e respeitada quanto à pratica) no aconselhamento. Estes conselheiros reconhecem que a Bíblia é a Palavra de Deus e, por isso, digna de respeito, mas, quando se refere a entender e resolver muitos dos problemas autênticos da vida, eles crêem que a Bíblia possui valor limitado. Onde quer e por quem quer que seja realizado esse tipo de aconselhamento, somos convencidos de que, embora o conselheiro seja um crente, seu aconselhamento é sub-cristão, porque não está fundamentado, de modo consciente e abrangente, na Bíblia. Estas quatro características distintivas do aconselhamento não constituem assuntos que podemos deixar de lado. Também não são “uma tempestade num copo d’água”. Pelo contrário, elas são o âmago de qualquer aconselhamento digno do nome “cristão”. Visto que entendemos estas características como o ensino da Palavra de Deus sobre o aconselhamento, elas determinam o modelo de nossos cursos de graduação e pós-graduação em aconselhamento.

- Wayne Marck


© Editora Fiel 2010


O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.




Pouco Tempo E Grande Profundidade


O tempo de conversão deveria corresponder à maturidade espiritual. Verdade é que isto não acontece em muitos casos. O que vemos são muitos crentes, mesmo tendo vários anos de conversão, agindo de forma imatura. Também vemos o contrário, crentes com pouco tempo de conversão demonstrando maturidade sobremodo elevada.
A Bíblia nos mostra este fato, e talvez o exemplo mais marcante seja o do ladrão na cruz. Lucas 23.39-42 conta-nos que um dos ladrões que foram crucificados com Jesus blasfemava contra ele dizendo que se ele era o Cristo devia salvar-se a si mesmo e também a eles. O outro ladrão o repreendeu e deu um impressionante testemunho de conversão.
Somos tentados a pensar que este ladrão era bonzinho comparado ao outro que era mau. Achamos que a diferença entre os dois era algo que ambos já nutriam durante suas vidas. Um era mau e o outro não era tão mau assim, por isso na cruz um blasfemou e o outro demonstrou crer em Jesus.
A Bíblia, porém não nos permite este pensamento. Mateus 27.39-44 fala-nos que as pessoas que passavam por Jesus na hora da crucificação blasfemavam contra ele. Também os principais sacerdotes e escribas escarneciam de Jesus. O versículo 44 diz que os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele. Marcos 15.32 diz que os que com ele foram crucificados o insultavam. Portanto ambos os ladrões eram iguais. Um não era melhor do que o outro como somos tentados a pensar. Ambos eram maus.
Durante aquelas poucas horas da crucificação um deles foi transformado pela graça de Deus e passou a agir de forma diferente. Lucas nos fala com clareza sobre como aquele ladrão mudou.
A primeira atitude dele foi defender seu Salvador. Ele não aceitou que seu companheiro de cruz continuasse ofendendo a Jesus daquela forma e o repreendeu: Nem ao menos temes a Deus estando sob igual sentença? (v.40) O verdadeiro servo de Deus defende os interesses de Deus. Davi enfrentou Golias porque estava defendendo os interesses do Deus de Israel.
A segunda atitude dele foi demonstrar o conceito de justiça de Deus. Ele reconheceu que estava sendo crucificado porque merecera isto. Muitos quando estão em situações desagradáveis acham injusto que algo esteja acontecendo com elas. Perguntam o que fizeram para merecer aquilo. Aquele homem na cruz disse: Nós na verdade com justiça recebemos o castigo que os nossos atos merecem. (v.41) Estar pregado na cruz era uma situação dolorosa e vergonhosa, porém ele reconheceu que merecia aquilo. Quando alguém reconhece seu pecado sabe que tudo o que vier a acontecer com ele não pode ser injusto, visto ser ele um pecador que ofendeu a Deus.
A terceira atitude dele foi reconhecer que Jesus é inculpável. No mesmo verso 41 ele disse que Jesus não tinha feito mal algum. Momentos antes ele estava blasfemando e insultando Jesus, mas agora ele está defendendo a santidade, a pureza e a inculpabilidade de Jesus. Ele reconheceu: Eu sou pecador, Jesus é Santo.
A quarta atitude dele foi reconhecer o Senhorio de Jesus. Ele pediu humildemente a Jesus: Lembra-te de mim quando vieres no teu reino. (v.42) Ele não pediu que Jesus o tirasse daquela cruz, não pediu que Jesus o livrasse da dor que estava sentindo ou da vergonha pela qual estava passando. Somente pediu que Jesus lembrasse-se dele quando viesse em Seu reino. Muitos não querem que Jesus reine sobre suas vidas, orgulhosamente querem exercer o controle. Ele não somente reconheceu que Jesus é rei como humildemente pediu que Ele se lembrasse dele. Ele reconheceu algo que aquela multidão não havia reconhecido e que por isso estava crucificando Jesus: Ele é Rei, tem um reino e virá reinar neste mundo.
Jesus certamente surpreendeu aquele homem em sua resposta. Ele havia pedido algo para o futuro e Jesus lhe disse: Hoje estarás comigo no paraíso. (v.43) Antes de Jesus voltar para reinar ele estaria aguardando este grande dia no paraíso. Jesus deixou claro que aquele homem se tornara um verdadeiro servo Seu, e que toda a mudança demonstrada naquelas poucas horas foram verdadeiras e profundas. Aquele homem foi crente aqui neste mundo somente por aqueles instantes, mas sua vida espiritual foi extremamente profunda. Sua vida cristã neste mundo teve pouco tempo e grande profundidade.

O Evangelho Muda Tudo - Scott Thomas



O Evangelho é o poder de Deus para a salvação, e, infelizmente, muitas igrejas tem vergonha de proclamá-lo (Romanos 1.16). Como resultado, talvez não experimentemos os frutos da transformação em nossas igrejas que normalmente é associada ao evangelho (Colossenses 1.4-6; 2 Pedro 1.3-9). A transformação pelo Evangelho normalmente é encontrada na companhia da proclamação do Evangelho.
O Evangelho pode (cuidadosamente) ser resumido da seguinte maneira: Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, para viver nossa vida, morrer nossa morte e ressuscitar triunfante para reunir, pelo Espírito Santo, pecadores perdoados em uma nova vida como o povo de seu Reino, debaixo de seu gracioso reinado.
O foco do Evangelho não é na incapacidade da humanidade (incluindo a transformação), mas na glória de Deus. Eu sou transformado quando vivo de acordo com o Evangelho (Gálatas 2.14) – evitando tanto o legalismo como a libertinagem – e buscando a alegria encontrada ao render completamente a minha vida desregrada em troca de expressar graciosamente a vida justa de Cristo em cada aspecto da minha caminhada como cristão (Gálatas 2.20).
O Evangelho é o que nos endireita perante Deus (justificação) e também é o que nos liberta para nos deleitarmos nele (santificação). O Evangelho muda tudo!

É possível resumir simplesmente na não tão simples frase de J. I. Packer: “Deus salva pecadores”

“Deus – Jeová Triúno, Pai, Filho e Espítiro; três Pessoas trabalhando juntos em sabedoria soberana, poder e amor proporcionam a salvação de um povo escolhido, o Pai elegendo, o Filho cumprindo a vontade do pai ao redimir, o Espírito realizando o propósito do Pai e do Filho ao transformar.”

“Salva – realiza tudo, do começo ao fim, que está envolvido no processo de trazer o homem da morte no pecado para a vida em glória: planeja, proporciona e comunica a redenção, convoca e preserva, justifica, santifica e glorifica. Pecadores não salvam a si mesmos de forma alguma. A salvação, do começo ao fim, completa e totalmente, no passado, no presente e no futuro, é do Senhor, glorificado para sempre – amém.”

“Pecadores – Quando nascemos, estamos mortos, condenados, depravados, corruptos, perversos, pecadores e completamente incapacitados de salvar ou mesmo levanter um dedo sequer para alcançar a salvação (Romanos 2-3; 6.23). O pobre pecador nem mesmo sabe que está morto. A lei de Deus mostra a extensão de nossa perversidade (Gálatas 3.24).”
A graça de Deus é extendida a nós, não porque mereçamos, mas apesar de não merecermos (Romanos 5.8). Nossas obras, mesmo quando tentamos fazer boas obras, não são adequadas para contribuir para nossa salvação ou santificação. Uma vez que o Espírito regenera nossas almas perdidas, nós recebemos pela fé a obra completa de Cristo, que proporciona nossa justificação – uma declaração da justiça dele em nós. Conforme sua graça continua trabalhando em nossas vidas, o Evangelho frutifica em cada aspecto de nossas vidas (Colossenses 1.6; 2 Pedro 1-3-9).
Traduzido por Filipe Schulz 

O discipulado e o indivíduo – Dietrich Benhoeffer


Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. (Lc 14.26).

O chamado de Jesus ao discipulado faz do discípulo um indivíduo. Querendo ou não, ele tem que se decidir, tem que tomar sua decisão sozinho. Não é indivíduo espontaneamente; Cristo é que faz do ser humano chamado um indivíduo. Cada qual é chamado individualmente e tem que ser discípulo sozinho. Com receio desta solidão, o ser humano procura proteção junto às pessoas e coisas que o cercam. Apercebe-se, de súbito, de todas as suas responsabilidades e apega-se a elas. Encoberto por elas, deseja tomar sua decisão, mas não quer encontrar-se sozinho perante Jesus e ter que decidir-se com o olhar fixo somente nele. Mas, nesta hora, o ser humano chamado não pode ocultar-se por detrás de pai e mãe, mulher e filhos, povo e história. Cristo quer que o ser humano fique só, que nada mais enxergue senão aquele que o chamou.

No chamado de Jesus, encontra-se já realizado o rompimento com as circunstâncias naturais em que o ser humano vive. Não é o discípulo que provoca esse rompimento, mas o próprio Cristo já o concretizou ao pronunciar seu chamado. Cristo libertou o ser humano de sua relação imediata com o mundo e o transportou para uma relação imediata consigo mesmo. Ninguém pode seguir a Cristo sem que reconheça e confirme o rompimento já realizado. Não é a arbitrariedade de uma vida em teimosia, mas é o próprio Cristo que conduz o discípulo a este rompimento.

Por que isso precisa ser assim? Por que não haveria um crescimento contínuo, uma transição lenta, santificante, das ordens naturais para dentro da comunhão de Cristo? Qual o poder incômodo que vem se interpor entre o ser humano e as ordens de sua vida natural dadas por Deus? Não seria este rompimento um metodismo legalista? Não constitui ele o triste desprezo dos belos dons de Deus, que nada tem em comum com a liberdade cristã? De fato, algo se interpõe entre a pessoa que é chamada por Cristo e as circunstâncias de sua vida natural. No entanto, não se trata, de forma alguma, de um triste desprezador da vida, de uma lei da piedade; antes, é a vida, é o próprio Evangelho, o próprio Cristo. Com sua encarnação, Cristo colocou-se entre mim e as circunstâncias do mundo. Já não posso recuar: ele está de permeio. Privou a pessoa que foi chamada da relação imediata com tais circunstâncias. Ele quer ser o mediador, e tudo deve se processar através dele. Não se coloca apenas entre mim e Deus, mas está igualmente entre mim e o mundo, entre mim e os outros seres humanos e coisas. Ele é o Mediador, e isso não somente entre Deus e os seres humanos, mas também entre ser humano e ser humano, e entre o ser humano e a realidade. Porque todo o mundo foi criado através dele e para ele (Jo 1.3; 1 Co 8.6; Hb 1.2), ele é o único Mediador do mundo inteiro. Desde Cristo já não há nenhuma relação imediata, quer entre o ser humano e Deus, quer entre o ser humano e o mundo; Cristo quer ser o Mediador. É certo que se oferecem bastantes deuses que concedem ao ser humano um acesso imediato; o mundo procura, por todos os meios, ter uma relação imediata com o ser humano, mas é justamente nesse ponto que reside a inimizade contra Cristo, o Mediador. Tais deuses e o mundo querem arrebatar de Cristo o que ele lhes tirou, a exclusividade do relacionamento imediato com o ser humano.

O rompimento com as coisas imediatas do mundo nada mais é do que o reconhecimento de Cristo como Filho de Deus e Mediador. Nunca é um ato voluntário em que, por amor de qualquer ideal, um ser humano se liberta dos laços que o prendem ao mundo, um ideal menor que se troca por outro maior. Isso seria espírito entusiasta, arbitrariedade, sim, uma vez mais, uma relação imediata com o mundo. Somente o reconhecimento do fato consumado, é, que Cristo é o Mediador, separa o discípulo de Jesus do mundo dos seres humanos e das coisas. O chamado de Jesus, quando não compreendido como ideal, mas como Palavra do Mediador, realiza em mim esse rompimento já realizado com o mundo. Caso se tratasse de avaliação de ideais, sempre seria preciso procurar uma compensação, que, talvez, fosse a opção por um ideal cristão, mas que nunca poderia ser unilateral. Do ponto de vista do ideal, das "responsabilidades" da vida, não se justificaria uma desvalorização radical das ordens naturais da vida em relação ao ideal de vida cristão. Haveria, até, muito que dizer a favor de uma avaliação inversa - justamente, note-se, do ponto de vista de um idealismo cristão, de uma ética da responsabilidade ou consciência cristã! Todavia, como, de forma de ideais, avaliações ou responsabilidades, mas sim de fatos consumados e de seu reconhecimento, ou seja, da pessoa do próprio Mediador que se ergue entre nós e o mundo, por isso é que somente existe o rompimento com as coisas imediatas do mundo, por isso o discípulo deve tornar-se indivíduo perante o Mediador.

A pessoa que foi chamada por Jesus aprende, assim, que tem vivido iludida na sua relação com o mundo. Essa ilusão chama-se "relação imediata". Esta ilusão prejudicou-a na fé e na obediência. Agora, porém, sabe que já não pode ter relações imediatas nem nos laços mais estreitos de sua vida, nos laços de sangue com pai e mãe, com os filhos, irmãos e irmãs, no amor conjugai, nas responsabilidades históricas. Desde Jesus, já não existem para seus discípulos quaisquer relações imediatas naturais, históricas ou empíricas. Entre pai e filho, marido e mulher, entre o indivíduo e o povo, ergue-se Cristo, o Mediador, quer consigam reconhecê-lo, quer não. Não há para nós qualquer caminho ao semelhante que não seja o caminho através de Cristo, da sua Palavra e de nosso discipulado. A relação imediata é ilusão.

Como, porém, a ilusão merece ser odiada por nos ocultar a verdade, a relação imediata com as circunstâncias naturais da vida deve ser odiada por amor do Mediador, Jesus Cristo. Sempre que uma relação nos impeça de nos encontrarmos com Cristo como indivíduo, sempre que uma comunhão reivindique relações imediatas, deve ser odiada por amor de Cristo, pois cada relação imediata, consciente ou inconsciente, é ódio a Cristo, ao Mediador, até mesmo e em especial quando quer ser considerada cristã.

A teologia erra grandemente quando se serve da mediação de Jesus entre Deus e os seres humanos para justificar as relações imediatas da vida. Se Cristo é o Mediador, diz-se, então carregou os pecados de todas as nossas relações imediatas com o mundo, justificando-nos nelas. Jesus é nosso Mediador para com Deus, para que, em sã consciência, possamos nos colocar novamente numa relação imediata com o mundo - esse mundo que crucificou a Jesus. Assim, o amor de Deus e o amor do mundo são reduzidos ao mesmo denominador. O rompimento com as circunstâncias do mundo transforma-se num mal-entendido "legalista" da graça de Deus, que queria poupar-nos justamente deste rompimento. As palavras de Jesus sobre o ódio às relações imediatas transformam-se, muito naturalmente, na alegre confirmação das "realidades do mundo dadas por Deus". A justificação do pecador converte-se, uma vez mais, em justificação do pecado.

Para o discípulo de Jesus, "realidades dadas por Deus" somente existem através de Jesus Cristo. Aquilo que não me é dado através de Cristo feito ser humano não me foi dado por Deus. O que não me é dado por amor de Cristo não vem de Deus. O agradecimento pelos dons da criação acontece através de Jesus Cristo, e a prece pela conservação graciosa desta vida realiza-se por amor dele. Aquilo pelo qual não posso agradecer por amor de Cristo, não o devo agradecer de modo algum, pois isso se torna pecado para mim. Também o caminho para "a realidade dada por Deus", que é meu semelhante com o qual convivo, passa por Cristo, ou então é um caminho transviado. Todas as nossas tentativas para lançar uma ponte sobre o abismo que nos separa dos outros, de vencer, por meio de laços naturais ou da alma, a distância intransponível, o caráter diferente e estranho dos outros seres humanos, todas essas tentativas têm que fracassar. Não há um caminho próprio de ser humano para ser humano. A mais amável tentativa de compreensão, a psicologia mais sofisticada, a franqueza mais natural não conduzem ao outro; não há qualquer relação imediata entre as almas. Cristo é o Mediador, e somente através dele é que há caminho para o próximo. Por isso: a intercessão é o caminho mais promissor para chegarmos aos outros, e a oração conjunta em nome de Cristo constitui a mais genuína comunhão.

Não há qualquer conhecimento verdadeiro dos dons de Deus sem o conhecimento do Mediador, por amor do qual tão-somente eles nos são dados. Não há nenhuma ação de graças genuína por povo, família, história e natureza sem um profundo arrependimento que dá exclusivamente a Cristo a honra suprema. Não há relação genuína com as realidades circunstanciais do mundo criado, não há responsabilidades genuínas no mundo, sem o reconhecimento do rompimento que já nos separou do mundo. Não há amor genuíno pelo mundo a não ser aquele amor com que Deus amou este mundo em Jesus Cristo. "Não amem o mundo" (1 Jo 2.15), mas: "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3.16).

É inevitável o rompimento com as relações imediatas. Se ele se realiza externamente, no rompimento com a família ou com o povo, ou sendo chamados a ostentar visivelmente o opróbrio de Cristo, a tomar sobre nós a acusação de misantropia (odium generis humani [ódio ao gênero humano]), ou se o rompimento permanece oculto, conhecido apenas por nós mesmos, mas com o espírito pronto a torná-lo visível a todo momento - isso não constitui diferença definitiva. Abraão constituiu-se no modelo para ambas as possibilidades. Teve que abandonar suas amizades e a casa paterna; Cristo colocou-se entre ele e seus parentes. O rompimento teve que tornar-se visível. Abraão tornou-se forasteiro por amor da terra prometida. Foi esse seu primeiro chamado. Mais tarde, Abraão recebeu a ordem de sacrificar seu filho Isaque. Cristo ergueu-se entre o pai da fé e o filho da promessa. Foi destruída aqui não somente a relação imediata natural, mas também a própria relação imediata espiritual. Abraão tinha que aprender que a promessa também não depende de Isaque, mas exclusivamente de Deus. Ninguém toma conhecimento deste chamado, nem mesmo os servos que acompanham Abraão ao local do holocausto. Abraão fica completamente só. Uma vez mais, ele é totalmente indivíduo, como quando saiu da casa paterna. Aceita o chamado tal como foi pronunciado; não procura interpretá-lo ou espiritualizá-lo; aceita a palavra de Deus e está pronto a obedecer. Contra toda relação imediata natural, contra toda relação imediata ética, contra toda relação imediata religiosa, ele vai ser obediente à Palavra de Deus. Leva o filho para o sacrificar; está disposto a concretizar de modo visível esse rompimento oculto, por amor do Mediador. Na mesma hora, torna a receber tudo aquilo que havia dado. Abraão recebe novamente o filho. Deus mostra-lhe uma vítima melhor que deverá substituir Isaque. Isso é uma mudança total. Abraão tornou a receber Isaque, mas passa a tê-lo de forma diferente. Tem-no, agora, graças ao Mediador, e também por amor dele. Como aquele que estava pronto a escutar e a pôr literalmente em prática a ordem de Deus, pode ter Isaque como se não o tivesse, pode tê-lo através de Cristo. Ninguém mais sabe disso. Abraão volta da montanha na companhia de Isaque, tal como subira, tudo, porém, estava mudado. Cristo se colocara entre pai e filho. Abraão tinha abandonado tudo e seguira a Cristo. E, no meio do discipulado, se permite a ele tornar a viver no mundo em que vivia antes. Exteriormente, tudo ficou como antes. Porém, as coisas antigas já passaram e tudo se fez novo. Tudo teve que passar através de Cristo.

Esta é a outra possibilidade de ser indivíduo, de ser discípulo de Cristo no seio da comunidade, no meio do povo, na casa paterna, no contato com os bens e a propriedade. Mas quem foi chamado a essa existência foi Abraão, aquele que antes atravessara ele próprio a barreira do rompimento visível, e cuja fé se tornou padrão para o Novo Testamento. Gostaríamos muito de generalizar esta possibilidade de Abraão, gostaríamos de entendê-la de maneira legalista, e, colocarmo-nos, sem mais nem menos, a nós próprios nesta situação. Esta também seria exatamente nossa existência cristã: seguir a Cristo em plena posse de nossos bens materiais e assim ser indivíduo. Certo, porém, é que o caminho do rompimento externo é bem mais fácil para o cristão do que carregar silenciosamente este rompimento na fé. Quem não sabe estas coisas, quem não o aprendeu através das Escrituras ou da experiência, engana-se com certeza ao enveredar pelo outro caminho. Cairá, de novo, na relação direta e perderá a Cristo.

Nós não temos liberdade de escolher esta ou aquela possibilidade. De acordo com a vontade de Jesus, seremos arrancados da relação imediata de uma ou de outra forma e deveremos tornar-nos indivíduos, visível ou ocultamente.

O mesmo Mediador, porém, que nos fez indivíduos constitui também o fundamento de uma comunhão totalmente nova. Ele está entre mim e os outros. Separa, mas une também. E certo que, assim, fica cortado todo e qualquer caminho imediato de mim para alguém outro; o discípulo, porém, aprende o novo e verdadeiro acesso ao semelhante, que, a partir de agora, passará pelo Mediador.

Então Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos. Tomou Jesus: Em verdade lhes digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e no mundo por vir a vida eterna. Porém, muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros. (Mc 10.28-31).

Jesus está falando aqui a pessoas que se tornaram indivíduos por amor dele, que, a seu chamado, tudo abandonaram e podem afirmar a respeito de si mesmas: "Eis que nós tudo deixamos e te seguimos". A estas é dada a promessa de uma nova comunhão. De acordo com as palavras de Jesus, receberão, já neste tempo, o cêntuplo do que abandonaram. Jesus refere-se à sua Igreja, que se encontra nele. Quem abandona seu pai por amor de Jesus encontra, com certeza, outro pai, encontra irmãos e irmãs, sim, até mesmo campos e casas lhe estão preparados. Todos entram sozinhos no discipulado, mas ninguém fica sozinho nele. A pessoa que ousa tomar-se indivíduo, confiante na Palavra, recebe a comunhão da Igreja. Toma a encontrar-se numa comunhão visível, que a compensa cem vezes por aquilo que perdeu. Cem vezes? Sim, pelo fato de, agora, ter tudo tão-somente através de Jesus, do Mediador, o que naturalmente significa "com perseguições". "Cem vezes" - "com perseguições", esta é a graça da Igreja que segue o Senhor sob a cruz. Esta é, pois, a promessa para os discípulos, a de se tomarem membros da comunidade da cruz, povo do Mediador, povo sob a cruz.

Estavam de caminho para Jerusalém, e Jesus ia adiante dos seus discípulos. Estes se admiravam e o seguiam tomados de apreensões. E Jesus, tornando a levar à parte os doze, passou a revelar-lhes as coisas que lhe deviam sobrevir. (Mc 10.32).

Como para confirmar a seriedade de seu chamado ao discipulado e, ao mesmo tempo, a impossibilidade de ser discípulo por forças próprias e ainda a promessa de lhe pertencerem sob muitas perseguições, Jesus sobe para Jerusalém, para a cruz, e os que o seguem admiram-se e espantam-se com o caminho para o qual os chama. 

Orem por todos os Governantes – João Calvino


1 Timóteo 2:1-3

Portanto, exorto, antes de tudo, que se usem súplicas, orações, intercessões, ações de graças em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se encontram em posição de destaque, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isso é bom e aceitável aos olhos de Deus, nosso Salvador...

1. Portanto, exorto, antes de tudo. Os exercícios religiosos que o apóstolo aqui ordena mantêm e fortalecem em nós o culto sincero e o temor de Deus, bem como nutrem a consciência íntegra de que falamos anteriormente. O termo, portanto, é então perfeitamente apropriado, visto que essas exortações se deduzem naturalmente do encargo que ele pusera sobre Timóteo.

Primeiramente, ele trata da oração pública e de sua regulamentação, a saber: que ela deve ser feita não só em favor dos crentes, mas em favor de todo o gênero humano. É possível que alguém argumente: “Por que devemos preocupar-nos com o bem-estar dos incrédulos, já que não mantêm nenhuma relação conosco? Não é suficiente que nós, que somos irmãos, oremos uns pelos outros e encomendemos a Deus toda a Igreja? Os estranhos não significam nada para nós”. Paulo se põe contra essa perversa perspectiva, e diz aos efésios que incluíssem em suas orações todos os homens, e não as restringissem somente ao corpo da Igreja.

Admito que não entendo plenamente a diferença entre os três ou quatro tipos de oração de que Paulo faz menção. É pueril a opinião expressa por Agostinho, a qual torce as palavras de Paulo para adequarem-se ao uso cerimonial de sua própria época. O ponto de vista mais simples é preferível, a saber: que súplicas são solicitações para sermos libertados do mal; orações são solicitações por algo que nos seja proveitoso; e intercessões são nossos lamentos postos diante de Deus em razão das injúrias que temos suportado. Eu mesmo, contudo, não entro em distinções sutis desse gênero; ao contrário, deduzo um tipo diferente de distinção. Proseucai [Proseuche] é o termo grego geral para todo e qualquer tipo de oração; e deh>seiv [deeseis] denota essas formas de oração nas quais se faz alguma solicitação específica. Portanto, essas duas palavras se relacionam como o gênero e a espécie. v´Enteu>xeiv [Enteuxeois] é o termo usual de Paulo para as orações que oferecemos em favor uns dos outros, e o termo usado em latim é intercessiones, intercessões. Platão, contudo, em seu segundo diálogo intitulado, Albibíades, usa a palavra de forma diferenciada para denotar uma petição definida, expressa por uma pessoa em seu próprio favor. Em cada inscrição do livro, bem como em muitas passagens, ele mostra claramente que proseuch [proseuche] é, como eu já disse, um termo geral.

Todavia, para não nos determos desproporcionalmente por mais tempo numa questão que não é de grande relevância, Paulo, em minha opinião, está simplesmente dizendo que sempre que as orações públicas foram oferecidas, as petições e súplicas devem ser formuladas em favor de todos os homens, mesmo daqueles que presentemente não mantêm nenhum relacionamento conosco. O amontoado de termos não é supérfluo; pois ao meu ver Paulo, intencionalmente, junta esses três termos com o mesmo propósito, ou seja, com o fim de recomendar, com o maior empenho possível, e pedir com a máxima veemência, que se façam orações intensas e constantes.

Sobre o significado de ações de graças não há nada de obscuro, pois ele não só nos incita a orar a Deus pela salvação dos incrédulos, mas também a render graças por sua prosperidade e bem-estar. A portentosa benevolência que Deus nos demonstra dia a dia, ao fazer “seu sol nascer sobre bons e maus”, é digna de todo o nosso louvor; e o amor devido ao nosso próximo deve estender-se aos que dele são indignos.

2. Em favor dos reis. Ele faz expressa menção dos reis e de outros magistrados porque os cristãos têm muito mais razão de odiá-los do que todos os demais. Todos os magistrados daquele tempo eram ajuramentados inimigos de Cristo, de modo que se poderia concluir que eles não deviam orar em favor de pessoas que viviam devotando toda a sua energia e riquezas em oposição ao reino de Cristo, enquanto que, para os cristãos, a extensão desse reino, e de todas as coisas, é a mais desejável. O apóstolo resolve essa dificuldade e expressamente ordena que orações sejam oferecidas em favor deles. A depravação humana não é razão para não se ter em alto apreço as instituições divinas no mundo. Portanto, visto que Deus designou magistrados e príncipes para a preservação do gênero humano, e por mais que fracassem na execução da designação divina, não devemos, por tal motivo, cessar de ter prazer naquilo que pertence a Deus e desejar que seja preservado. Eis a razão por que os crentes, em qualquer país em que vivam, devem não só obedecer às leis e ao comando dos magistrados, mas também, em suas orações, devem defender seu bem-estar diante de Deus. Disse Jeremias aos israelitas: “Orai pela paz de Babilônia, porque, em sua paz, tereis paz” [Jeremias 29:7). Eis o ensino universal da Escritura: que aspiremos o estado contínuo e pacífico das autoridades deste mundo, pois elas foram ordenadas por Deus.

Para que vivamos vida tranqüila e mansa. Ele acrescenta mais uma persuasão, ao mostrar como isso será proveitoso a nós próprios e ao enumerar as vantagens geradas por um governo bem regulamentado. A primeira é uma vida tranqüila, porquanto os magistrados se encontram bem armados com espada para a manutenção da paz. A menos que restrinjam o atrevimento dos homens perversos, o mundo inteiro se encherá de ladrões e assassinos. Portanto, a forma correta de conservar a paz consiste em que a cada pessoa seja dado o que é propriamente seu, e que a violência dos poderosos seja refreada. A segunda vantagem consiste na preservação da piedade, ou seja, quando os magistrados se diligenciam em promover a religião, em manter o culto divino e requerer reverência pelas coisas sacras. A terceira vantagem consiste na preocupação pela seriedade pública: pois o benefício advindo dos magistrados consiste em que impeçam os homens de se entregarem a impurezas bestiais ou a vergonha devassidão, bem como a preservar a modéstia e a moderação. Se esses três requisitos foram suprimidos, que gênero de vida será deixado à sociedade humana? Portanto, se porventura nos preocupamos com a tranqüilidade pública, com a piedade ou com a decência, lembremo-nos de que o nosso dever é diligenciarmo-nos em favor daqueles por cuja instrumentalidade obtemos tão relevantes benefícios.

Disso concluímos que os fanáticos que lutam pela supressão dos magistrados são privados de toda humanidade e promovem unicamente o barbarismo impiedoso. Que grande diferença há entre Paulo que declara que, por amor à preservação da justiça e da decência, bem como da promoção da religião, devemos orar em favor dos reis, e aqueles que dizem que não só o poder real, mas também todo e qualquer governo, são contrários à religião. O que Paulo afirma tem o Espírito Santo como Autor; conseqüentemente, o conceito dos fanáticos não tem outro autor senão o diabo.

Se porventura suscitar-se a pergunta se devemos ou não orar em favor dos reis de cujo governo não recebemos tais benefícios, minha resposta é que devemos orar por eles, sim, para que, sob as diretrizes do Espírito Santo, comecem a conceder-nos essas bênçãos, com as quais até agora não foram capazes de prover-nos. Portanto, devemos não só orar por aqueles que já são dignos, mas também pedir a Deus que converta os maus em bons governantes. Devemos manter sempre este princípio: que os magistrados são designados por Deus para a proteção da religião, da paz e da decência públicas, precisamente como a terra foi ordenada para produzir o alimento. Por conseguinte, quando oramos pelo pão de cada dia, pedimos a Deus que faça a terra fértil, ministrando-lhe sua bênção, assim devemos considerar os magistrados como meios ordinários que Deus, em Sua providência, ordenou para conceder-nos as demais bênçãos. A isso deve-se acrescentar que, se somos privados daquelas bênçãos que Paulo atribui como dever dos magistrados no-las fornecer, a culpa é nossa. É a ira de Deus que faz com que os magistrados sejam inúteis, da mesma forma que faz com que a terra seja estéril. Portanto, devemos orar pela remoção dos castigos que nos sobrevêm em virtude de nossos pecados.

Em contrapartida, os magistrados e todos quantos desempenham algum ofício na magistratura são aqui lembrados de seu dever. Não basta que restrinjam a injustiça, dando a cada um o que é devidamente seu, e mantenham a paz, se não são igualmente zelosos em promover a religião e em regulamentar os costumes pelo uso de uma disciplina construtiva. A exortação de Davi, para que [os magistrados] “beijem o Filho” [Salmo 2:12, e a profecia de Isaías, para que sejam pais da Igreja, é de grande relevância. Portanto, não terão motivo para se congratularem, caso negligenciem sua assistência na manutenção do culto divino.

3. Isso é bom e aceitável. Havendo demonstrado que o mandamento que ele promulgara é excelente, agora apela para um argumento mais enérgico, a saber: que é agradável a Deus. Pois quando sabemos que essa é a vontade, cumpri-la é a melhor que todas as demais razões. Pelo termo, “bom”, ele tem em mente o que é certo e lícito; e, visto que a vontade de Deus é a regra pela qual devemos regulamentar todos os nossos deveres, ele prova que ela é justa, porque é aceitável a Deus.

O Monstro da Incredulidade - C. H. Spurgeon Postado por Charles Spurgeon / On : 11:44/ SOLA SCRIPTURA - Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê,mas, sim, em si mesmo - AGOSTINHO.


Até quando não crerá em mim? – (Números 14.11)

Empenhe-se, com todo o cuidado, para manter-se longe do monstro da incredulidade. Ela desonra a Cristo. Se O insultarmos, tolerando a incredulidade, Ele afastará sua presença visível. E verdade que a incredulidade é uma erva daninha cujas sementes nunca podemos tirar inteiramente do solo, mas devemos tirar a raiz com zelo e perseverança. Entre as coisas detestáveis, a incredulidade é a que mais devemos odiar. A sua natureza injuriosa é extremamente maligna: aqueles em quem ela se manifesta e os que a praticam são todos prejudicados por ela. Em seu caso, ó crente, a incredulidade é a coisa mais ímpia, visto que as misericórdias de seu Senhor, no passado, aumentam a sua culpa ao duvidar dEle no presente. Quando você desconfia do Senhor Jesus, Ele pode clamar: "Eis que farei oscilar a terra debaixo de vós, como oscila um carro carregado de feixes" (Amós 2.13). Duvidar do Senhor Jesus é o mesmo que colocar em sua cabeça uma coroa de espinhos muitíssimo agudos. E bastante cruel da parte de uma esposa desconfiar de seu esposo fiel e amável.

O pecado de incredulidade é desnecessário, tolo e sem justificativa. O Senhor Jesus nunca nos deu o menor motivo para suspeitas e sente-se triste quando duvidam dEle aqueles aos quais demonstra afeição e veracidade. Jesus é o Filho do Altíssimo e tem riquezas ilimitadas. E vergonhoso duvidar do Onipotente e desconfiar do Todo-Suficiente.

Os celeiros do céu não se esgotarão pelo saciar de nossa fome. Se Cristo fosse apenas um depósito de água, logo acabaríamos com a plenitude dEle. Mas quem pode secar uma fonte? Ele tem suprido as necessidades de miríades de espíritos; e nenhum deles tem se queixado de escassez de recursos nEle. Lance fora esse traidor chamado incredulidade, pois seu único alvo é destruir os laços de comunhão e fazer-nos lamentar um Salvador ausente. Morte ao traidor chamado incredulidade! Meu coração o abomina!

Que sacrifício pode me salvar?





"Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação." Hebreus 9:28

Muitas religiões têm adotado como uma de suas principais doutrinas, a oferta de sacrifícios. Sacrifícios por cura, por prosperidade, por proteção etc. Incluindo o sacrifício por perdão de pecados. Contudo, o problema maior é sacrificar por uma vida eterna no Reino Celestial. Com isso, algumas práticas piedosas como o jejum, viraram sinônimo de sacrifício. Será que um simples sacrifício físico é o suficiente para purificar alguém espiritualmente?

Sacrifícios no Antigo Testamento

No Antigo Testamento encontramos diversas formas de sacrifícios, e o próprio Deus ordenou a maioria delas. Entre tantos textos que abordam o assunto, Levítico 17:11, parece nos dá uma idéia central desta prática, com isto, podemos dizer que a vida é sagrada por que pertence a Deus, só Ele é Senhor da vida, os judeus sabiam que a vida estava no sangue, desta forma Deus ordenou que os mesmos não o comecem, sabendo também por oferecer sacrifícios, que o sangue é que seria aspergido como expiação (resgate) pelo ofertante. O adorador era purificado pelo sangue do animal morto, pois simbolicamente havia substituição e o sangue redimia a vida. Contudo, vemos que todo este contexto do povo de Deus, é um período transitório, “Por que é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.” Hb 10:4. Ao mesmo tempo em que os sacrifícios são ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto, Hb 9:9, ou seja, não produz efeitos, que tornem o ofertante perfeito, mais adiante fala que foram impostos apenas até o período da reforma, Hb 9:10, toda reforma precisa de um reformador e quando se reforma, é para que passe a produzir efeitos. Pois diz O Senhor “Firmarei nova aliança com a casa de Israel e Judá” Jr 31:31-34. Evidentemente, quando diz Nova, torna antiquada a primeira. Hb 8: 13. Porém, sabemos que Cristo é o mediador da Nova Aliança, mensageiro de um novo tempo.

Sacrifício Perfeito e Eficaz

Os Sacrifícios do Passado tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo. 1cor 5:7. Ef 5:2.

Perfeito por ser realizado por um sumo sacerdote que não tem necessidade como os demais, de oferecer todos os dias sacrifícios, por que fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu, Hb 9:27. Jesus ofereceu um único sacrifício pelos pecados do homem, e assentou-se a destra de Deus, por que com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. Hb 10:12-15. Desta forma, podemos entender que onde há remissão, não pode haver oferta por parte do homem para remissão de pecados, pois já foi remido em Cristo. Hb 10:18. Mas então, por que tantos ainda se confundem na prática de oferta de sacrifícios próprios em busca de Salvação? É claro que o que reina é simplesmente uma interpretação errada da Palavra de Deus, unindo-se a um conjunto de dogmas humanos, pois concentram suas intenções nos sacrifícios, e o prazer de Deus não está nos sacrifícios e sim em obediência, fato este esquecido, por tais pessoas, I Samuel 15:22. O senhor quer que cresçamos em conhecimento de Deus, Os 6:6. Pois na oferta do corpo de Jesus é que fomos santificados uma vez por todas pela vontade de Deus Hb 10:10. O que falta a estes falsos adoradores é oferecer seus corpos como sacrifício vivo e agradável a Deus, esse é um culto racional. Rm 12:1.

Conclusão

Vemos na Bíblia, que todo sacerdote se apresenta dia após dia, a oferecer sacrifícios que nunca, jamais podem remover pecados. Hb 10:12. Não se pode conseguir a salvação por outro sacrifício a não ser o de Cristo, e a Salvação vem pela obediência a seu autor eterno, o Senhor Jesus Cristo. Hb 5:9.

Autor: Pr. Josué Barbosa
Fonte: [ Ultimato
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Mensagem do Dia

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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