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5 de nov. de 2010

"Intervenção" Muitas vidas sofrem,tem problemas e precisam de ajuda!!Parte 4



Nombre: MARCI

Marci creció a la sombra de una madre trabajadora y de un padre que la abusaba sexualmente. Tan oscuro pasado la llevó a las drogas y al alcohol. Lejos de aliviar su pena, el vicio ha roto su matrimonio, mientras que la madre, una vez más, se hace de la vista gorda ante su inminente derrumbe. 


Encontro com DEUS - Paulo Junior


Nós prescisamos de uma revelação da glória de Deus! Por que nosso cristianismo segue débil, fraco, superficial? Por que não conhecemos a Deus, tudo que sabemos é daquilo que lemos, estudamos, recebemos nos seminários ou ouvimos dizer de outras pessoas, nosso conhecimento é teórico e acadêmico, por isso somos fracos desse jeito, o que precisamos é de conhecê-lo como Moisés: face a face, como Jó: "agora meus olhos te vêem" ! OREMOS E LUTEMOS POR ISSO !!!

Institutas - A Impossibilidade do Ateísmo Real - Calvino


Existe na mente humana, e na verdade por disposição natural, certo senso da divindade, consideramos como além de qualquer dúvida. Ora, para que ninguém se refugiasse no pretexto de ignorância, Deus mesmo infundiu em todos certa noção de sua divina realidade, da qual, renovando constantemente a lembrança, de quando em quando instila novas gotas, de sorte que, como todos à uma reconhecem que Deus existe e é seu Criador, são por seu próprio testemunho condenados, já que não só não lhe rendem o culto devido, mas ainda não consagram a vida a sua vontade.

O sofrimento do cordeiro de Deus

 

Referência: ISAIAS 53

INTRODUÇÃO
Quero hoje falar sobre a vida de Jesus. Ele deixou a glória e a companhia dos querubins para se fazer carne e habitar entre nós. Sendo Deus exaltado se humilhou até a morte de cruz. Sendo Deus transcendente se esvaziou. Sendo rei dos reis se fez servo. Sendo infinito tornou-se um bebê enfaixado na manjedoura.
Veio cumprir o plano do Pai. Veio espontaneamente. Veio por amor. Veio buscar e salvar o perdido. Veio para salvar o pecador. Veio para desfazer as obras do diabo. Veio para vencer o pecado. Veio para triunfar sobre os principados e potestades. Veio para levar cativo o cativeiro. Veio para estabelecer o Reino de Deus. Veio para conquistar seu coração e remir a sua vida.
Não veio para ser servido, mas para servir. Não veio para ser aplaudido, mas para ser desprezado. Não veio para ser colocado num trono, mas para ser pregado numa cruz. Nasceu não para viver, mas para morrer.
Hoje vamos acompanhar seus passos, olhas suas feridas, enxergar seu triunfo e perceber sua recompensa.

I. O SOFRIMENTO DE JESUS
Cresceu diante de Deus como um broto tenro numa terra crestada e esbraseante. A terra lhe era inimiga, seca, árida, negou-lhe a seiva. Torturado e retorcido, planta feia e sem nobreza, não atrai quem passa.
v. 2 “…”
Seu sofrimento é repulsivo = ao vê-lo “os homens escondem o rosto.” (v.3).
Seu sofrimento não causa preocupação = “e dele não fizemos caso…” (v.3).
Tem do sofrimento uma experiência íntima e longa = “Homem de dores e sabe o que é padecer…” (v.3).

1. O sofrimento moral
1.1. Rejeição – v. 3
Jesus foi desprezado, mas diz o texto que foi “O MAIS rejeitado entre os homens.”
a) Ele foi rejeitado pelo seu povo = “Ele veio para os seus, mas os seus não o receberam.”
b) Ele foi rejeitado pelos religiosos da sua época = que lhe chamaram de fanático, mentiroso, blasfemo, pecador, beberrão e até de possesso de belzebu.
c) Ele foi rejeitado pela mesma multidão que o ovaciona = empolgada com seus milagres, agora como uma turba, uma súcia sanguisedenta, perversamene grita diante de Pilatos: “crucifica-o, crucifica-o” – “Caia sobre nós o sangue dele.”
d) Ele foi rejeitado pela multidão de discípulos que não gostaram da sua pregação radical = e por isso o abandonaram e já não mais o seguiam.
e) Ele foi rejeitado pelas autoridades romanas que se sentiram incomodadas com Ele = Herodes, o grande, o quis matar quando infante. Pilatos covardemente o entregou para ser crucificado. Herodes Antipas, o escarneceu quando Cristo não quis fazer nenhum milagre para satisfazer seus caprichos.
f) Ele foi rejeitado pelas autoridades judaicas = o sinédrio forjou testemunhas falsas para acusá-lo. Acusaram-no de blasfemo. Cuspiram-lhe no rosto e o levaram a Pilatos.
g) Ele foi rejeitado pelos apóstolos = que na sua agonia maior todos fugiram e o abandonaram.
h) Ele foi rejeitado por Judas = que o traiu e o vendeu por preço iníquo.
i) Ele foi rejeitado por Pedro = que o negou reincidentemente e covardemente, afirmando, jurando e praguejando que não o conhecia.
j) Ele foi rejeitado por Deus = quando se fez pecado, quando se fez maldição. Quando levou sobre si os nossos pecados. “Deus meu, Deus meu….”
k) Ele ainda tem sido rejeitado por todos aqueles que amam mais o pecado que o levou à cruz do que a Ele.

1.2. Humilhação
- O Sinédrio o humilhou cuspindo nele,
- Os soldados o humilharam colocando na sua cabeça uma coroa de espinhos, dando-lhe pancadas na cabeça.
- Jesus foi humilhado ao ter que carregar uma cruz pelas ruas mais agitadas de Jerusalém em pleno dia de festa, sendo companheiro de dois ladrões, como se fosse da mesma estirpe.
- Ele foi humilhado pelos açoites, pela gritaria infernal de seus algozes, pelo escárnio da multidão tresloucada; foi humilhado quando o despiram na cruz e rasgaram suas vestes. “Ele foi humilhado até a morte e morte de cruz.”
- Ele foi humilhado quando clamou que estava com sede e lhe deram vinagre para aguçar-lhe a tortura

2. O sofrimento físico
2.1. Semblante desfigurado – v.2
- Quando Jesus foi pregado na cruz toda maldade do nosso pecado estava sobre ele. Toda feiúra da nossa iniqüidade estava sobre ele. Toda mentira, todo crime horrendo, todo adultério desonroso, toda maldade vil, toda impureza nojenta estava caindo sobre ele. Seu rosto ficou transfigurado. Ele foi feito pecado. Ele foi feito maldição. Naquela hora não havia beleza nele. Ele estava carregando no seu corpo todos os nossos pecados, todas as nossas mazelas, toda a nossa sujeira e desgraça.
- Sua feiúra era a nossa feiúra nele. Suas feridas eram as nossas feridas nele. Suas chagas eram as nossas chagas nele. Sua morte era a nossa morte nele.
- Toda a tragédia do mundo estava sobre ele. Isso é tremendo!

2.2. Torturas crudelíssimas – v. 4b,5,10
- Na noite em que foi preso, sua alma estava angustiada até à morte. Sendo o libertador foi preso. Sendo santo foi escarnecido como criminoso. Sendo Deus louvado pelos querubins foi cuspido pelos homens. Sendo o criador foi açoitado pela criatura. 
- Agora, já devorado pelos chicotes, com seu rosto ensangüentado empreende a longa caminhada para o calvário. Sua fronte ferida pelos espinhos. Seu corpo febril lateja debaixo do suplício brutal. Começa a grande marcha para o monte do juízo. A maior marcha da história, não com a roda dos carros de guerra, nem com o estrupido febril dos cavalos, mas com o ruído dos passos de um homem, andando sob o peso de seu próprio cadafalso.
- Jesus marcha arrastando consigo todas as máscaras da humanidade. Marcha debaixo da zombaria da multidão. Caminha cambaleante sob o peso cruel do madeiro. Seu corpo ferido, surrado, ensangüentado titubeia, perde o equilíbrio e tomba esmagado pelo fardo. A multidão brada: o chicote! O chicote! O cortejo macabro prossegue, avança e Jesus debaixo de inflamadas chicotadas e escárnios chega ao topo do calvário.
- A tortura continua. Jesus é erguido naquele leito vertical da morte. Foram seis horas de vergonha e horror. Suas mãos puras e santas, mãos que curaram os cegos e aleijados, mãos que levantaram os mortos e abraçaram as crianças, agora são rasgadas pelos pregos malditos. Seus pés que sempre andaram para levar as boas novas de salvação, foram dilacerados pelos cravos da tortura.
- Ali sofreu dor, sede, vergonha, humilhação, abandono, a morte. Ali desceu ao inferno por nós e arrancou das mãos do diabo as chaves da morte e do inferno.
- Até o universo entrou em convulsão com as dores de Jesus e as trevas cobriram a terra em pleno meio dia e as pedras se arrebentaram de dor e rolaram para os vales.
- Isaías 53.5: “JESUS FOI FERIDO”. Ferimentos, de acordo com a definição de um cirurgião, podem ser classificados por suas características:
1. Contusão = É uma ferida produzida por um instrumento grosso e cego. Esta ferida resultaria de um golpe com vara, como profetizado em Miquéias 5.1: “Ferirão com a vara a face ao juiz de Israel” e Mt 16.67: “O esbofetearam com varas” e Jo 18.22: “Um dos guardas deu uma bofetada em Jesus com uma vara.”. 
2. Laceração = É um ferimento produzido por um instrumento que rasga. A laceração dos tecidos era o resultado dos açoites e estes tinham-se tornado uma fina arte entre os romanos, quando o nosso Senhor foi submetido à tortura. O chicote romano era uma tira de couro com várias extremidades, cada uma com uma ponteira de metal ou de marfim, que, quando usado por um perito, o castigado bem poderia dizer: “Sobre o meu dorso lavraram os aradores; nele abriram longos sulcos” (Sl 129.3). Em Jo 19,1 lemos: “Então, por isso, Pilatos tomou a Jesus e mandou açoitá-lo”. Suas costas além de laceradas, a cruz foi colocada e com ela ele foi até o lugar chamado Calvário.
3. Penetração = Trata-se de um ferimento profundo causado por um instrumento pontiagudo. Este ferimento foi causado pelos espinhos da coroa que colocaram sobre a sua cabeça. Os soldados pressionaram este diadema cruz em sua cabeça (Jo 19.2), ferimentos que se aprofundaram quando batiam em sua cabeça com o caniço (Mt 27.30).
4. Perfuração = Perfurar vem do latim e significa “Passar através de”. Traspassaram-me as mãos e os pés” (Sl 22.16). Os cravos de ferro eram cravados entre os ossos, separando-os sem quebrá-los.
5. Incisão = É um corte produzido por um instrumento pontiagudo e cortante. “Um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança e logo saiu sangue e água” (Jo 19.34). Esta ferida foi tão grande que Tomé poderia ter posto sua mão dentro dela. Que a contemplação desses ferimentos possa aprofundar o nosso amor por aquele que foi ferido pelas nossas iniqüidades.

II. POR QUE JESUS SOFREU?
1. Porque levou sobre si os nossos pecados – v. 5,6,8
- Quem matou Jesus não foram os açoites, nem os soldados, nem a cruz. Quem matou Jesus fomos nós. Foram os nossos pecados.
- Ali na cruz Ele foi moído pelos nossos pecados. Ali Ele foi torturado. Foi traspassado. Ali o negror dos nossos pecados caíram sobre Ele.
- Ali Ele sorveu o cálice amargo do juízo de Deus, da repulsa que Deus tem pelo pecado. Ali a espada da lei exigiu a sua morte porque Ele foi feito pecado por nós.
- Ali Ele sentiu o próprio desamparo de Deus: Ali Deus julgou o nosso pecado na carne do Seu Filho. Ali Deus condenou a nossa condenação no corpo do Seu Filho. Ali Deus derramou a sua ira que devia cair sobre nós, sobre o Seu Filho. Ali Deus satisfez sua justiça violada por nós, na morte do Seu Filho.
- Cristo morreu pelos nossos pecados. Sua morte foi vicária. Foi substitutiva. Ele tomou o nosso lugar. Na cruz Ele foi abandonado e desamparado para que fôssemos aceitos. Ali Ele foi condenado pela lei para que fôssemos libertos da lei. Ali Ele bebeu o amargo fel para que pudéssemos beber a água da vida. Ali Ele morreu para que pudéssemos ter vida eterna

2. Porque tomou sobre si as nossas enfermidades – v. 4,5,20
- Jesus carregou não só nossos pecados sobre a cruz, mas também nossas doenças, nossas enfermidades. Ali no calvário Ele estava abrindo uma fonte de cura. Ali Ele ficou chagado, ferido, moído, enfermado para que hoje pudéssemos receber dele a cura. “Pelas suas pisaduras nós somos sarados.”
- As chagas dele eram as nossas chagas. As feridas dele eram as nossas feridas. A doença dele eram as nossas doenças.

III. A REAÇÃO DE JESUS AO SOFRIMENTO DA CRUZ
1. Sendo justo e puro foi para a cruz como Cordeiro sem abrir a boca – v. 7,9
- Como reagiu Jesus a todo esse sofrimento? Rebelou-se? Não! Ele sofreu como um cordeiro manso, paciente e silencioso. Quando o levaram a morte, ele não lutou, nem bradou por vingança ou por socorro.
- A ovelha não escoiceia os tosquiadores cujas mãos grosseiras a subjugam e a despem da lã. Assim foi Jesus: presa de violência, nem se defendeu, nem agrediu, sofreu em silêncio. Sofreu voluntariamente, sofreu por amor.

2. Intercedeu pelos seus algozes – v. 12
- Em vez de vingar-se, de falar impropérios e despejar libelos acusatórios contra seus algozes bestiais, Jesus intercede por eles, ministrando-lhes seu amor e seu perdão.
- “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”

IV. A RECOMPENSA DE JESUS – v. 11
- “Ele verá o fruto do seu penoso trabalho e ficará satisfeito.” (v. 11).
- Hb 12.2 “…o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia…”.
- A recompensa de Jesus é VOCÊ! É seu arrependimento. É sua volta para Ele. É sua conversão. Rejeitar Jesus é crucificá-lo de novo. É cuspir em seu rosto outra vez. É zombar e escarnecer dele. Recebê-lo, amá-lo é ministrar alegria a Ele. Cristo suportou tudo para conquistar você e o seu amor! Você é a recompensa de Jesus! Amém.

Rev. Hernandes Dias Lopes.

O Que a Bíblia Diz? Temos Direito de Mandar em Deus?

 


Deus tem feito muitas promessas aos seus seguidores. Algumas pessoas interpretam tais promessas como se dessem direito de exigir que ele faça o que tem prometido. Podem exigir que ele escreva no Livro da Vida os nomes de pessoas que se mostram dispostas a servir a Cristo. Podem demandar curas, ou bênçãos, ou libertação de algum vício. A pergunta atrás de todas essas práticas é simples: temos direito de mandar em Deus?
Quem manda exerce autoridade. Autoridade é inerente na definição de "mandar". O maior pode mandar naquele que está subordinado a ele. Reis ou outros em autoridade podem mandar em seus súditos (Êxodo 7:11; Marcos 6:27). Assim, Deus manda nos homens. "Pelo que guardareis os meus mandamentos e os cumprireis. Eu sou o Senhor" (Levítico 22:31). Jesus aplicou o mesmo princípio à sua própria autoridade quando perguntou: "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" (Lucas 6:46).
Mas, alguém pode replicar: "Deus fez promessas que se tornam direitos. Pode-mos exigir os nossos direitos e mandar que ele nos dê o que garantiu." Tal lógica reflete uma atitude de alguém que demanda poder político, e não de um servo humilde do Senhor. Esse modo de pensar introduz a idéia de direitos legais num contexto de graça. Falar de direitos sugere que mere-cemos alguma bênção. Mas, todas as boas coisas que recebemos –quer sejam bênçãos materiais, quer sejam bênçãos espirituais– vêm pela graça de Deus (Tiago 1:17; Efésios 2:8-9). Deus nos prometeu a salvação por sua misericórdia. Se quisermos falar de direitos, teremos que encarar um fato desagradável: merecemosa condenação por causa dos nossos próprios pecados (Romanos 3:10,23; 6:23). Mesmo se fizer tudo que ele exige de nós, somos servos inúteis (Lucas 17:9-10). O conceito de direitos, exigências e demandas não faz parte da mentalidade dos verdadeiros servos do Senhor.
Encontramos um exemplo muito rico no livro de Daniel. Este profeta fiel estava estudando o livro de Jeremias e percebeu que a promessa feita nele estava para se cumprir. Jeremias tinha falado de 70 anos de sujeição aos babilônicos, e este prazo já estava vencendo. Mesmo assim, Daniel não mandou no Senhor. Daniel 9 apresenta a oração dele, na qual ele buscou ao Senhor "com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza" (9:3). Ele mostrou seu entendimento da diferença entre exigências de justiça e súplicas baseadas em graça: "...porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias" (9:18).
Façamos as nossas petições ao Senhor, com a atitude de servos humildes.

-por Dennis Allan

Pregando sobre o Inferno - Jonathan Edwards



Se nós que cuidamos das almas soubéssemos como é o inferno e conhecêssemos a situação dos condenados à perdição, ou se por algum outro meio nos tornássemos conscientes de quão pavorosa é a condição deles; se ao mesmo tempo soubéssemos que a maioria dos homens foi para lá e víssemos que nossos ouvintes não se dão conta do perigo – nestas circunstâncias, seria moralmente impossível que evitássemos mostrar-lhes com muita seriedade a terrível natureza de tal desgraça e como estão extremamente ameaçados por ele. Nós até mesmo lhe clamaríamos em alta voz.

Quando os ministros pregam friamente sobre o inferno, advertindo os pecadores de que o devem evitar, por mais que suas palavras digam que é infinitamente terrível, eles acabam se contradizendo; pois à semelhança das palavras, as ações também têm sua própria linguagem. Se o sermão de um pregador ilustra a situação do pecador como imensamente pavorosa, enquanto seu comportamento e sua maneira de falar contradizem isso – mostrando que ele não pensa assim – tal ministro vai contra seu objetivo, porque neste caso a linguagem das ações é muito mais eficaz do que o significado puro e simples de suas palavras. Não que eu credite que devemos pregar somente a Lei; acontece que ministros talvez preguem suficientemente outras coisas. O evangelho deve ser proclamado tanto quanto a Lei e esta deve ser pregada apenas para preparar o caminho para o evangelho, a fim de que ele possa ser proclamado de modo mais eficaz. A principal tarefa dos ministros é pregar o evangelho: "Porque o fim da Lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê" (Rm 10.4). Portanto, um pregador ficaria muito além da verdade se insistisse demais nos terrores da Lei, esquecendo seu Senhor e negligenciando a proclamação do evangelho. Mesmo assim, porém, a Lei realmente deve ser enfatizada, e sem isso a pregação do evangelho talvez seja em vão.

Certamente, é belo falar com seriedade e emoção, conforme convém à natureza e importância do assunto. Não nego que possa existir um pouco de impetuosidade imprópria, diferente daquilo que, pela lógica, decorreria da natureza do tema, fazendo com que forma e conteúdo não estejam de acordo. Alguns dizem que é ilógico usar o medo a fim de afugentar as pessoas para o céu. Contudo, acho que faz parte da lógica o esforço para afugentar as pessoas do inferno em cujas margens elas se encontram, prontas para cair dentro dele a qualquer momento, mas sem se dar conta do perigo. Não seria justo afugentar alguém para fora de uma casa em chamas? O medo justificável, para o qual há uma boa razão, certamente não deve ser criticado como se fosse algo ilógico.

Desejos Inflamados por Deus – Richard Baxter (1615 - 1691)


O cristão vivo é o consagrado. É nossa distância do céu que nos torna tão insípidos: é o fim que vivifica todos os meios, e mais vigoroso será nosso movimento, se observamos esse fim com freqüência e de forma clara. Como os homens trabalham de forma incansável e se aventuram sem medo, quando pensam em um prêmio proveitoso! Como o soldado arrisca sua vida, e o marinheiro enfrenta tormentas e ondas; como eles, cheios de alegria, circundam a terra e o mar, e nenhuma dificuldade os intimida, quando pensam em um tesouro incerto e perecível! Quanta vida seria acrescentada nos esforços do cristão se ele antecipasse com freqüência esse tesouro eterno! Corremos devagar, e esforçamo-nos de forma indolente, porque nos importamos muito pouco com o prêmio!

Quando o cristão saboreia constantemente o maná velado, e bebe dos rios do Paraíso de Deus, como esse manjar e néctar divinos acrescentam vida a ele! Como, em suas orações, seu espírito será fervoroso, quando ele considerar que ora por nada menos que o céu! Observe o homem que passa muito tempo no céu e verá que ele não é como os outros cristãos. Algo do que ele viu lá em cima aparece em suas responsabilidades e em sua conversa; ainda mais, pegue esse mesmo homem logo após retornar dessas visões bem-aventuradas e perceberá facilmente que ele se sobrepuja a si mesmo, e como seus sermões são divinos. Se ele for um cristão comum, ele terá uma conversa divina, orações divinas e atitudes divinas! Quando Moisés esteve com Deus no monte, ele recebeu tanta glória de Deus que seu rosto resplandecia a ponto de as pessoas não conseguirem olhar para ele. Amados amigos, se você apenas se dedicar a isso, essa glória também estará com você.

Os homens, quando conversassem com você, veriam sua face resplandecer e diriam: "Certamente, ele esteve com Deus".  Se você tivesse luz e calor, então por que não passaria mais tempo debaixo da luz do sol? Se você tivesse mais dessa graça que flui de Cristo, por que não passaria mais tempo com Cristo para ter ainda mais? Sua força está no céu, e sua vida também está no céu, e ali você deve buscá-las todos os dias, se quiser tê-las. Por falta desse recurso do céu, sua alma é como uma vela apagada, e seu serviço como um sacrifício sem fogo. Para sua oferta queimar, é preciso que busque carvão nesse altar. Para sua vela brilhar, é preciso acendê-la nessa chama e alimentá-la todos os dias com o óleo proveniente dali; fique próximo desse fogo renovador e veja como seus sentimentos ficarão revigorados e fervorosos. Como os olhos alimentam os sentimentos sensuais por meio do olhar fixo nos objetos fascinantes, também os olhos de nossa fé, por meio da meditação, inflamam nossos sentimentos em relação ao Senhor, ao mirar com freqüência essa mais sublime beleza.

Você pode exercitar suas funções de muitas outras formas, mas essa é a forma de exercitar suas bênçãos. Todas elas provêm de Deus, a fonte, e levam a Deus, o fim último, e são exercitadas em Deus, o objeto principal delas, de forma que Deus é tudo em todos. Elas vêm do céu, e a natureza delas é divina, e elas o direcionarão para o céu e o levarão para lá. E como o exercício abre o apetite e dá força e vida ao corpo, o mesmo também acontece com a alma. Pois como a lua é mais gloriosa e fica mais cheia quando fica mais diretamente face a face com o sol, também sua alma ficará mais cheia de dons e de bênçãos quando vir a face de Deus mais de perto. Seu zelo compartilhará da natureza dessas coisas que o impulsionam: portanto, o zelo que é inflamado por suas meditações sobre o céu, provavelmente, será um zelo mais divino, e a vida do espírito que você busca na face de Deus deve resultar em uma vida mais sincera e consagrada.

Se você apenas pudesse ter o espírito de Elias, e na carruagem da contemplação pudesse elevar-se nas alturas até que se aproximasse da vivificação do Espírito, sua alma e seu sacrifício arderiam gloriosamente, apesar de a carne e o mundo lançar sobre eles a água de toda sua inimizade antagônica. Pois a fé tem asas, e a meditação é a carruagem; sua responsabilidade é tornar presente as coisas ausentes. Você não vê que um pequeno pedaço de vidro, quando direcionado para o sol, condensará de tal forma seus raios e calor a ponto de queimar aquilo que está atrás dele, mas que, sem ele, esse objeto teria recebido apenas pouco calor? Oras, sua fé é o vidro que faz queimar seu sacrifício, e a meditação o posiciona diante do sol; apenas não o afaste logo, mas segure-o ali por um pouco de tempo, e sua alma sentirá o venturoso efeito.

Certamente, se conseguirmos entrar no Santo dos Santos, trazendo de lá a imagem e o nome de Deus, guardando-os em nosso coração, bem pertinho de nós, isso possibilitará que façamos maravilhas: toda responsabilidade que realizarmos será uma maravilha, e aqueles que a presenciarem prontamente dirão: "Ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala" (Jo 7.46). O Espírito nos dominará e far-nos-á falar a todos sobre  as obras maravilhosas do Senhor.

Guardando o Coração – Sinclair Ferguson






O livro de Provérbios dá-nos este conselho: Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida. Provérbios 4:23.

As Escrituras  estabelecem uma estrutura básica de obediência à vontade de Deus revelada. Essa estrutura está ali para que todos a vejam e a entendam. Mas há também um elemento subjetivo no processo de conhecer a vontade de Deus. Afinal, é a minha vida, não a de outrem, é a minha obediência, não a de outrem, que estão envolvidas nesse processo de chegar à convicção de que um único e determinado caminho é a vontade de Deus para a minha vida.

O ponto de contato entre a vontade de Deus revelada, a minha obediência e o meu andar segundo a Sua vontade para a minha vida pessoal está no coração. Por isso o sábio nos manda guardá-lo - isto é, preservá-lo num espírito de sensível atenção ao meu Mestre e Rei celestial. Devemos mantê-lo alerta para que, por assim dizer, Ele tenha o Seu desejo cumprido em nós a qualquer momento.

Como havemos de manter esta condição espiritual, e como se relaciona esta com o descobrimento da vontade de Deus?

Todas as graças que o Espírito opera em nós, e todas as motivações para a dedicada obediência que as Escrituras nos apresentam são focalizadas aqui. Este capítulo se concentra em algumas delas que requerem muito especialmente a nossa atenção. Todas elas são condições do coração mais bem aprendidas na juventude e desenvolvidas durante a vida inteira. Mas não há nenhum estágio da vida em que elas sejam desimportantes. Tampouco há algum estágio da vida em que possamos comodamente parar de buscar a Deus para ajudar-nos a crescer nestas graças.

Motivos do Coração

O que o leva a querer conhecer a vontade de Deus? Por que isso é tão importante para você? Entre os muitos motivos que Deus nos impõe nas Escrituras, há dois que devem ser separados para menção especial.

1. A Brevidade da Vida. Se há uma característica que marca assinaladamente o crente, é que ele, homem ou mulher, vive sempre consciente de que a vida tem um começo, um desenvolvimento e um fim. Não dura para sempre. O cristão, dentre todas as demais pessoas, vendo a sua vida à luz da eternidade, sabe que ela é de fato curta. E apenas uma pausa antes de raiar a eternidade e descer a cortina sobre o tempo da nossa peregrinação. Pelo que diz Tiago:

"Eia agora vós, que dizeis: hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? E um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo." - Tiago 4:13-15

Você alguma vez se conscientizou de que só tem uma vida para viver e de que cada dia dela só pode ser vivido uma vez? As horas que lhe vêm da misericórdia do seu Pai celestial levarão para sempre a marca que a sua vida imprimir nelas, até se fecharem todas as contas em Seu julgamento final. Nada poderá ser devolvido para correção. Jamais. A vida não é somente curta; é transitória. Agora é o dia da salvação, no sentido mais completo possível. Não há outro dia em que possamos gravar o sinete da obediência a Deus.

Naturalmente podemos estar propensos a dizer que há muito tempo para levar em conta essas considerações tão sérias. Todavia estamos enganados, não só porque não sabemos o que o dia nos trará, mas também porque isso não torna mais fácil ter um coração sinceramente devotado às coisas de Deus. Nas coisas de Deus gosto produz gosto. Poucos cristãos que não encararam desde cedo a brevidade da vida e a importância de conhecer a perfeita vontade de Deus em todos os seus pormenores, puderam desenvolver esse espírito numa fase posterior da sua vida.

Olhe para Jesus. Aos doze anos de idade um espírito de sério interesse pela vontade do Seu Pai dominou a Sua vida. Já estava investigando intensamente o significado da Palavra de Deus para o Seu ministério. Aos trinta e três anos Ele pôde dizer a Seu Pai que tinha terminado a obra para a qual fora enviado (João 17:4). Pois bem, Ele é seu Exemplo, como também é seu Salvador!

O cristão que chegou a um acordo com esta vontade não deseja que a sua vida seja dedicada a preocupações e interesses insignificantes. Em vez disso, o seu coração se devotará aos grandes e vitais interesses por viver esta breve vida segundo a perfeita vontade de Deus. Muitos de nós perceberão, quando já for tarde demais, por que o notável pastor francês Adolfo Monod (1802-56), em sua série de curtas mensagens intitulada, "A Dying Man's Regrets" ("Lamentações de um Moribundo"), colocou em último lugar a "Preocupação com interesses insignificantes". Se a nossa consciência tem alguma sensibilidade, deverá chegar a isso.

Será que você tem potencialmente setenta anos para viver para o Senhor Jesus Cristo, e ainda não pensou seriamente sobre qual seja a Sua vontade? Será de admirar que a direção da vida nos pareça um problema em tais circunstâncias?

Se tão-somente começássemos a dar-nos conta de que toda carne é erva, que o vento passa por ela e ela se vai, não faríamos da consagração dos nossos momentos e dos nossos dias uma questão de imediata preocupação? Precisamente nisso devemos guardar o nosso coração.

2. O Juízo de Deus. Vivemos a vida sob os olhos de Deus, como também à luz da sua brevidade. Mas nas Escrituras não se deve confundir juízo com condenação (como se faz muitas vezes). Pode incluí-la. O Novo Testamento ensina claramente que o cristão é justificado pela graça, porém será julgado por Deus de acordo com as suas obras (Romanos 2:6-10). Contudo, será julgado graciosamente, como foi justificado graciosamente. A parábola dos talentos (Mateus 25:14-30) fala de um homem que, mediante a aplicação de dez talentos para a glória do seu senhor, foi constituído governador de dez cidades. Isso é nada mais nada menos que um julgamento dos méritos! E uma recompensa inteiramente desproporcional ao que tinha sido realizado. Mas é essa a natureza do julgamento que Deus faz das nossas vidas. Impregna-o a graça transbordante, a graça superabundante!

Todos os nossos labores serão julgados por Deus. Todos compareceremos ante o tribunal de Cristo (2 Coríntios 5:10). Quando Paulo escreveu aos escravos que viviam em Colossos, lembrou-lhes que o trabalho deles era relevante. O julgamento de Deus conferiu-lhes uma significação muito superior à conferida por seus senhores terrenos. Por isso o cristão se esforça para fazer tudo para a glória de Deus; não devido a um covarde medo da condenação (apesar de que ele sabe também dos terrores do Senhor - 2 Coríntios 5:11), mas sim nos termos de Paulo aos mencionados escravos. "Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis" (Colossenses 3:22-24). Há uma argumentação similar em Efésios 6:8. O julgamento que Deus faz das obras do crente é segundo a graça. Portanto, qual de nós não estará desejoso de agradar ao Senhor em todas as coisas, sabendo que o Seu julgamento é a nossa mais solene alegria?

Oxalá todos tenham parte em Ti, Senhor; não há o que possa ser tão abjeto e tão sórdido que, levando esta insígnia, "Pelo Teu amor", não se transforme em algo pulcro e rebrilhante.

O servo que esta cláusula tenha por lema, está realizando um trabalho divino: quem varre um aposento, e o faz por Tuas leis, dá figura e nobreza ao seu feito e ao seu gesto.

- George Herbert

Todavia, nas Escrituras os motivos nunca estão sós. De propósito são acompanhados de disposições e hábitos espirituais, e graças do coração. Outra vez pode ser útil separar dois pares deles para menção especial, por estarem estreitamente relacionados com toda a questão da direção de Deus em nossas vidas.

Condições do Coração

Uma das nossas maiores falhas como cristãos é que pode existir discrepância entre as nossas convicções e o espírito das nossas vidas. Por exemplo, estamos persuadidos da graça de Deus. Entretanto o nosso espírito parece expressar muito pouco dessa mesma graça. Diante de Deus, quando buscamos a Sua direção, precisa haver uma crescente harmonia entre as nossas motivações para servi-10 e uma apropriada condição do coração. E preciso haver temor e humildade, e também obediência e confiança.

1. Temor e Humildade. Estas graças naturalmente andam juntas. Elas se promovem mutuamente. Pois o temor é um correto reconhecimento de Deus; e este reconhecimento produz humildade perante Ele. Essa humildade já comunica uma certa qualidade ao nosso temor do Senhor. Não é um temor covarde, e sim o temor de um filho, de um servo, de um súdito que ama a seu Pai, a seu Senhor e a seu Rei. De fato, as duas idéias aparecem entrelaçadas em bom número de passagens das Escrituras, tanto em nossa resposta a Deus como, conseqüentemente, em nossa atitude para com os nossos semelhantes (Provérbios 15:33; 22:4; 1 Pedro 3:15). O temor de Deus é particularmente crucial, porque está no âmago da nossa relação com Ele. É "o princípio da sabedoria", quer dizer, é o princípio preeminente e dominante em todo pensamento sábio e em toda sábia decisão na vida.
Mas, que é o temor de Deus, e como se expressa?

John Brown o descreve bem, com estas palavras:

"Devemos temê-lo; isto é, noutras palavras, devemos nutrir um temeroso senso da Sua infinita grandeza e dignidade, correspondendo à revelação que Ele fez destas em Suas obras e em Sua Palavra, produzindo a convicção de que o Seu favor é a maior de todas as bênçãos, e Sua desaprovação o maior de todos os males, e se manifestando em levar-nos a buscar o Seu favor como o principal bem que podemos desfrutar, e a evitar a Sua desaprovação como o mais tremendo mal a que poderíamos ser sujeitos. Esse é o temor que o cristão deve nutrir e manifestar para com Deus."

Charles Bridges o expressa de maneira semelhante:

"Mas, que é o temor do Senhor? É aquela afetuosa reverência pela qual o filho de Deus se inclina humilde e cautelosamente à lei do seu Pai."

Você verá agora por que o temor de Deus é tão intimamente ligado à Sua direção e à nossa obediência. E o espírito dos nossos corações que dá glória a Deus, e produz aquela comunhão com Ele que Ele Se delicia em expressar na revelação da Sua vontade. E este mesmo espírito que nos mantém no caminho da Sua orientação, conforme Sua vontade se revela diante de nós.
Duas passagens são especialmente relevantes para a compreensão deste ensino. O Salmo 25 é um desenvolvimento do tema da mão orientadora de Deus. Ele nos diz que Deus "guiará os mansos retamente", ou, na versão utilizada pelo autor, "guia os humildes no que é reto" (v. 9). Ao homem que O teme Ele instrui em Seus caminhos; é íntimo dos que O temem e lhes torna conhecida a Sua aliança (vs. 12-14). Neste contexto, o humilde é aquele que sabe que cometeu faltas, e que facilmente poderia tornar a cair. Assim, ele pede a Deus que esqueça os pecados da sua vida pregressa (v. 7) e lhe mostre os Seus caminhos para o futuro (v. 4). Ele demonstra espírito de dependência de Deus. Sabe que lhe falta sabedoria, mas pede a Deus que lha dê, e a recebe. Quando olhamos para nós mesmos à luz deste ensino, certamente a humildade há de ser um dos frutos do nosso exame introspectivo. Temos o dever de sermos sensíveis às nossas muitas fraquezas, para mantermos sempre um espírito de dependência de Deus como o da criança. Experimentamos Sua grandeza e Sua admirável bondade em perdoar-nos o passado: Assim, aprendemos a temê-10, para que não O ofendamos de novo.

Isaías 11:2-3 leva um pouco mais longe esse tema.Profetiza o caráter do Messias.Este se deleitará no temor do Senhor! Mais uma vez Charles Bridges faz um pertinente comentário:
"O temor do Senhor era uma amável graça da perfeita humanidade de Jesus (Isaías 11:2-3). Seja esta aprova da nossa "predestinação para'3 sermos "conformes à imagem de seu Filho" (Romanos 8:29). E o genuíno espírito de adoção. O filho de Deus só tem medo de uma coisa - ofender seu Pai; só tem um desejo - agradá--LO e causar-Lhe prazer... "O coração que é tocado pelo ímã do amor divino, treme ainda de piedoso temor" (Leighton, sobre 1 Pedro 2:17)."

Nas palavras de Isaías há uma ligação sumamente interessante entre o temor de Deus e o conhecimento da Sua vontade e dos Seus caminhos:
"E repousará sobre ele o Espírito do Senhor,
o Espírito de sabedoria e de inteligência,
o Espírito de conselho e de fortaleza,
o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor,
e deleitar-se-á no temor do Senhor;
e não julgará segundo a vista dos seus olhos,
nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos." - Isaías 11:2-3.

De fato, o temor do Senhor e o conhecimento da Sua vontade eram quase sinônimos na vida do Seu Servo Jesus (cf. Provérbios 2:6; 9:10). Ele nos deixou um belíssimo exemplo do espírito que deve acompanhar a busca e a prática da vontade de Deus.

Talvez seja por isso que, no Novo Testamento, o temor e a humildade eram características da obediência da Igreja e do seu descobrimento da constante direção de Deus (cf. Atos 2:43; 5:5; 5:11; 9:31). Quando tememos a Deus, abandonamos o mal e praticamos o bem (2 Coríntios 7:1). Vivemos nossas vidas como estrangeiros aqui, com reverente temor (1 Pedro 1:17).
Você tem algum conhecimento disso?

2.    Obediência e Confiança.   Você se acostumará a ler ou a cantar estas palavras na ordem inversa:
Confiai e obedecei,
pois outro modo não há
de ser feliz em Jesus,
senão confiar e obedecer.

Ora, não se trata apenas de confiar e depois obedecer. Trata-se também de obedecer e continuar a confiar em Deus, mesmo quando não podemos compreender o Seu modo de agir conosco. Quando Abraão não podia ver, ele confiava (Hebreus 11:8). Mas mesmo quando a confiança vacilava, a obediência era o único caminho para a perfeita vontade de Deus em sua vida (Romanos 4:18; Hebreus 11:17-19).

Vemos ainda esta combinação de bênçãos da graça divina no Salmo 25. É seguro e certo que os caminhos do Senhor são amorosos e fiéis para com os que observam as exigências da aliança de Deus (por obscuros que sejam para os olhos da carne). Esta é a espécie de obediência que nos mantém na vontade de Deus. Na verdade, a tal ponto é este o caso, que Provérbios dá a entender que se desenvolve uma relação natural entre o coração obediente e a tendência de andar segundo a vontade de Deus:
"A sinceridade dos sinceros os encaminhará, mas a
perversidade dos desleais os destruirá.
A justiça dos virtuosos os livrará, mas na sua perversidade
serão apanhados os iníquos.
A justiça guarda ao que é sincero no seu caminho, mas
a impiedade transtornará o pecador."
-Provérbios 11:3,6; 13:6

Aí está uma lição importantíssima que devemos aprender o mais cedo possível na vida cristã. Ser obedientes mesmo quando não sabemos para onde a obediência poderá levar-nos. Isso nos guardará e nos protegerá. Confiemos sempre na Palavra de Deus e vivamos segundo os Seus mandamentos, em vez de somente segundo as circunstâncias, as providências e as oportunidades. Somente na obediência, numa confiança que se apega à promessa de que Deus está fazendo que todas as coisas cooperem juntamente para o bem dos que O amam, pode haver segurança firme - pois somente na obediência podemos descobrir o grande gozo que há na vontade de Deus.

As condições do coração determinam a qualidade da nossa vida na esfera natural. Um coração enfermo exerce influência debilitante sobre todos os aspectos da nossa experiência. Dá-se a mesma coisa na vida cristã. Por isso devemos exercitar o coração no pensamento piedoso, na confiança obediente, na humildade e no temor de Deus.

Quando os nossos corações se fortalecerem nessas graças, veremos quanto prazer Deus tem em revelar-nos o progressivo cumprimento das promessas da Sua aliança individualmente em nossas vidas.

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O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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