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19 de set. de 2010

Rev. Hernandes Dias Lopes - Como transformar adversidades em oportunidades part.1/2


Daniel na Cova dos Leões - parte 1 de 5

  

Sinopse: Daniel é um dos maiores exemplos de fidelidade e dedicação a Deus, foi lançado na cova dos leões. A Bíblia relata essa linda emocionante história, e você vai saber o que levou o rei a esta decisão cruel contra um servo de Deus. Conheça um pouco mais sobre este grande homem e como ele saiu do meio dos leões. Mais um Filme da Série “Grandes Heróis da Bíblia”.

7 Pecados Capitais HistoryChanne - Gula 1/7

O “Deus-Matança” – Samuel Bolton (1606-1654)






1)  Aquilo que luta contra e se opõe ao maior Bem, deve ser o maior mal, portanto, o pecado se opõe e luta contra o maior Bem. Por isso um dos Pais da Igreja chamou o pecado de "Deus-matança", aquele que luta contra o ser e a essência de Deus, aquele que, se fosse sufícientemente forte e infinitamente mau como Deus é infinitamente bom, porfiaria para "acabar" com Deus. Deus é summum bonun, e realmente non datur summum malüm, o pecado não pode ser infinito.

Se o pecado fosse tão mau quanto Deus é bom, isto é, adequada e proporcionalmente, se fosse infinitamente mau como Deus é bom, o pecado seria difícil demais para Deus perdoar. Seria difícil demais para Deus subjugar, difícil demais para Deus vencer. O pecado se empenharia em vencer Deus.

Realmente há mais mal no menor pecado do que há do bem em qualquer um dos anjos do céu. Por isso o pecado conquistou-os espoliando toda a bondade deles, tornando-os demônios, o que não aconteceria se o bem existente neles tivesse sido maior do que o mal do pecado.

Contudo, ele não é capaz de conquistar a Deus, de vencê-10 (há mais bem em Deus do que mal em dez milhares de infernos de pecado e por isso ele não pode vencer o poder de Deus, a misericórdia de Deus, a santidade de Deus), ainda assim ele batalha e faz complô contra Deus continuamente. Reúne todas as forças contra Ele e vem em campo aberto desafia- IO todos os dias.

E não somente isso, quando expulso do campo aberto pelo poder de Deus e Suas ordenanças, então o pecado tem fortalezas, como diz o apóstolo em II Cor. 10:4, e a partir delas luta e se opõe a Ele. Usa sua concupisciência contra Ele, sua vontade contra Ele, seu coração se levanta contra Ele.

Quando o pecado é expulso do campo, ainda leva um longo tempo até que seja expulso da fortaleza. Quando ele na prática é vencido e conquistado, mesmo assim, na afeição é difícil de ser vencido. A oposição que há entre Deus e o seu coração pecaminoso é difícil de ser vencida. Custará a você muitas batalhas, muitos assaltos, até que possa vencê-lo em suas fortalezas, vencê-lo em seu coração.

Embora às vezes possa parecer estar vencido e extirpado, ele ainda posteriormente se refaz e fará novas investidas contra você, para enfraquecê-lo e feri-lo.

Ora, aqui está a malignidade, a maligna e venenosa natureza do pecado, embora Deus o tenha conquistado, contudo ele nunca foi enfraquecido, ele ainda irá agir contra Deus e expelir seu veneno.

Temos um exemplo disso no ladrão sobre a cruz. Quando ele foi pregado na cruz, mãos e pés cravados, somente um membro não ficou fixo, e esse membro podia ainda expelir seu veneno, injuriando Cristo. Assim, apesar de Deus ter crucificado o pecado, enquanto houver vida nele, ele agirá por si e expelirá veneno contra Deus, o que mostra essa grande oposição entre Deus e o pecado. E por isso essa obstinação e oposição ao maior Bem deve mostrar que o pecado é o maior mal.

2) Aquilo que é universalmente mal não tendo bem nenhum em si, deve ser o maior mal do mundo. O pecado é inteiramente mal. Como podemos dizer de Deus "não há mal nEle pois Ele é bom" então posso dizer do pecado, não há bem nele, pois ele é inteiramente mal!

Há algo de bom nas piores coisas do mundo e há algo nas piores coisas para torná-las elegíveis a nossa escolha em alguns casos; algo bom na doença, algo bom na morte. Entretanto, não há bem algum no pecado e nem pode qualquer situação no mundo fazer do pecado o objeto de nossa escolha. Embora um pecado pudesse evitar a morte, ainda assim o pecado é universalmente mal e não há bem algum nele. Você não deve fazer uso do pecado a fim de evitar a morte.

Por isso vemos que quando o apóstolo Paulo se referia ao pior pecado, ele não encontrou nenhuma expressão pior do que esta para descrevê-lo em Rom. 7:13 "excessivamente maligno ". Ele o chama de excessivamente maligno - maligníssimo!

3) Aquilo que é o único objeto da ira de Deus deve ser o supremo mal. Mas o pecado é o único objeto, não somente o objeto, porém o único objeto da ira de Deus. Ele não odeia nada a não ser o pecado. Seu amor flui nos diversos ribeiros em direção a tudo o que Ele tem criado, contudo a Sua fúria corre por somente um canal, e este em direção ao pecado.

Se o homem fosse feito o centro de todos os outros males no mundo. Deus ainda assim poderia amá-lo se o pecado não estivesse nele. Se existe uma confluência de todos os outros bens, saúde, beleza, riqueza, aprendizado e tudo o mais, Deus o abomina se existir nele pecado. O amor de Deus não habitará nele, e sim a Sua ira.

O Calvinismo e o Governo de Deus - João Calvino



O Calvinismo e o Governo de Deus Através da Lei

Verificamos facilmente que, para Calvino, a vontade soberana do Deus Criador não tem limites. Está presente em todas as coisas, mesmo naquelas que, aparentemente, são as mais insignificantes. Tudo revela Deus e expressa, de um modo ou de outro, Sua majestade e glória. Observamos, além disso, que esta vontade soberana de Deus não pode ser entendida se a separarmos da revelação que Ele faz de Si mesmo e da expressão de Sua vontade, na Sua lei, à qual o homem e toda a criação, na verdade, estão sujeitos. Corresponde ao pensamento de Calvino dizer que o homem se realiza como pessoa quando, em sua resposta a Deus, compartilha com Ele em Sua revelação. O próprio homem responde livremente à chamada de Deus, obedecendo à vontade soberana de Deus que, certamente, não o deixa encurralado, mas lhe serve de meio dentro do qual ele se realiza como homem.

Entendemos desta maneira, volto à minha terceira proposição: Para Calvino, toda a vida, inclusive aquilo que é chamado livremente “cultura”, é teônoma, isto é, tem a sua razão de ser enquanto sujeita a Deus e à Sua lei.

O que vem particularmente à luz, aqui, é o que Calvino pensa da lei. Se Deus, como Criador, está acima da lei (deus legibus solutus), sem que coisa alguma fora do Seu próprio Ser possa limitá-lo, o homem e todo o cosmo como ele estão sob a Lei, sujeitos a ela. Pois tudo aquilo que se refere à natureza da criação, em sua totalidade, está ligado pela lei de Deus: Separada destes laços, a existência da criação não tem sentido.

Assim, a imagem que nos vem à mente, quando consideramos o ponto de vista de Calvino a respeito da soberania divina, não é a de um tirano despótico, porém a de um grande arquiteto, termo com que Calvino designa a Deus freqüentemente. Quando falava da criação, Calvino podia referi-se facilmente ao seu aspecto arquitetônico, à sua arquitetura, como revelação da grandeza e da bondade de Deus. Para Calvino, a idéia da criação traz consigo a idéia de ordem, ordem em que tudo é construído com uma estrutura magnificente, uma expressão de beleza.

Entendendo desta maneira, é impossível ver, na idéia calvinista da soberania de Deus, sanção para qualquer espécie de soberania humana ilimitada. Mesmo que o homem possa ter sua autoridade sancionada por Deus, essa autoridade é limitada. A soberania humana é sempre restrita aos limites estabelecidos para ela.

Estes dois fatos, que integram totalmente o caráter do Deus soberano criador, como Ele se revela na Sua Palavra e na existência imensurável de toda a Sua criação, aparecem na idéia reformada da vocação.

A Lutero é atribuído o fato de ter provocado uma revolução de tipo copernicana na idéia devocação, em relação ao que se pensava dela na Idade Média. Esse conceito tinha sido aplicado apenas a algumas áreas especiais, chamadas de “ordens santas”, para as quais era necessária uma consagração especial. Na verdade, a idéia corrente era de que só o monasticismo constituía verdadeira vocação. Do mesmo modo, a vida de contemplação espiritual era mais valorizada do que a vida ativa. Ao reconhecer que toda a vida é santa quando reflete o propósito de Deus, Lutero faz a idéia de vocação estender-se para abranger toda atividade humana legítima.

O pleno impacto da revolucionária concepção de Lutero só pode ser sentido, contudo, se se escapa da espécie de dualismo em que ele mesmo caiu, ao distinguir entre um campo espiritual, íntimo, e uma esfera de ordenanças externas. Calvino, como já afirmei, nunca participou de tal ponto de vista dualístico. Na verdade, como Lutero também fez, Calvino rejeitou a idéia de que a natureza é o preâmbulo da graça, sustentando que Deus opera imediatamente no coração humano, através da Sua Palavra. Calvino, porém, não foi atingido pelas influências nominalistas que afetaram o sistema de pensamento de Lutero. O ponto de vista de Calvino, como demonstrei na seção precedente, não envolve de modo algum qualquer depreciação da atividade cultural, nem das instituições humanas. Na Reforma Calvinista, a idéia de vocação podia assumir a mais pura expressão de sua significação universal.

Para Calvino, a vida do homem, em sua totalidade, é compreendida como uma resposta à chamada de Deus. O homem é um ser do pacto. Como Lutero bem disse, o homem tem uma lei certa segundo a qual ele deve viver e morrer (certa regula tum vivendi tum moriendi). Em todos os aspectos de sua vida, o indivíduo é confrontado com o Deus soberano, perante quem ele deve prestar conta de si mesmo.

Na verdade, a vocação ou chamada de Deus tem sentido universal. A idéia reformada da vocação, contudo, não atinge sua expressão plena, separada da idéia de que há vocações particulares. A Reforma recuperou a idéia da santidade de todas as atividades humanas legítimas. O que está em jogo, portanto, não é se alguém é objeto de uma vocação particular, mas se na esfera em que exerce sua atividade, ele realiza o seu trabalho à luz da vocação divina e ali serve a Deus de todo o seu coração.

Um dos aspectos principais do ponto de vista de Calvino a respeito da vocação estava no fato de ele entender que a grande diversidade de dons tinha sido dada aos indivíduos, de acordo com a soberana vontade do Espírito Santo de Deus. Assim como não é apenas um raio de sol que ilumina o mundo, mas todos os raios se combinam num conjunto para realizar a tarefa dele, do mesmo modo Deus distribui amplamente os Seus dons, com o fim de manter a humanidade em mútua interdependência. Entre os homens há uma diversidade de dons que possibilitam uma diversidade de funções. Aquele que tem um lugar particular e uma tarefa, pressupõe que tem uma vocação para ela. Ao assumir este lugar e suas obrigações, o indivíduo tem uma vocação definida (certa vocatio). A vocação que alguém tem, é uma resposta obediente à divina vocação.

Em conexão com isto, Calvino empregou outra figura, a do corpo. Estendeu esta figura à Igreja, à família e ao Estado. As vocações seculares pertencem ao Estado. Os membros do Estado bem como os da Igreja, com seus diversos dons, estão unidos num corpo com funções mutuamente dependentes. Assim, Calvino desenvolveu aquilo que tem sido chamado um conceito “orgânico” da Igreja, do Estado e da família, etc.

A idéia reformada da vocação, especialmente como ela foi desenvolvida por Calvino, conduz à idéia de que a santidade prende-se àquilo que é chamado de “atividades culturais” do homem. Esta atividade cultural do homem é considerada como sendo uma resposta à chamada divina, que envolve uma tarefa cultural divinamente determinada. Portanto, a atividade cultural do homem é teônoma ou só tem sentido como uma resposta a Deus e à Sua Lei que, por sua vez, estabelece os seus laços e determina o seu significado. Este passo, na verdade, foi anteriormente dado por Calvino.

Calvino vislumbrava uma tal esfera orgânica na família. A família é uma ordenança da criação fundada por Deus. É uma eterna e indestrutível instituição divina. Ao chefe da família, no sentido restrito da palavra, o marido, foram concedidos dons especiais do Espírito. Em virtude de tais dons, ele foi dotado de autoridade, autoridade que foi chamado a exercer na esfera particular em que foi colocado. Dentro da família há uma relação especial de super-ordenação e subordinação. De acordo com a disposição divina, o marido é o cabeça da esposa, mas o é de tal modo, porém, que ele deve cuidar dela como cuida do seu próprio corpo. Na verdade, ele deve amá-la como Cristo amou a Sua Igreja e Se entregou a Si mesmo por ela. Por seu lado, a esposa deve ser submissa ao marido, no Senhor, oferecendo-lhe o amor e a obediência a que ele tem direito como seu cabeça. Acima dos dois – marido e mulher –, no entanto, está o Cabeça de todas as coisas, Jesus Cristo. Ambos, marido e mulher, são limitados em sua autoridade e atividade. Suas vidas, como casados, alcançam sua realização em sua obediência à Lei de Deus, naquilo que diz respeito à esfera para a qual foram chamados.

O ponto de vista de estrutura orgânica, de Calvino, está presente também em sua maneira de conceber o Estado, no qual ele viu uma analogia com a família. Ele relacionou com o Estado, também, sua idéia de diversidade do gênero humano, quanto aos dons e esferas de atividades. O Estado também é análogo a um corpo, no qual os vários membros têm seu próprio lugar e função. No Estado, os indivíduos são reunidos uns aos outros numa unidade orgânica, com diferentes posições na vida e diferentes funções.

Acima do Estado está o governo. A autoridade deste, ensinou Calvino, não se deriva, antes de tudo, da vontade do povo; antes de tudo, ela é dada por Deus. A fonte divina da autoridade do magistrado está no fato de ter ele recebido dons peculiares do Espírito para governar. Dentro da esfera do Estado, portanto, há uma autoridade, há um centro de poder divinamente legitimado.

Calvino partilhou da antiga idéia de que o governo está acima da Lei, porque ele é a sua fonte (princeps legibus solutus). De fato, ele admitiu que o governador é a fonte da Lei Positiva, que obriga nos limites do seu território. Nesse sentido, Calvino falou do governador como a lei personificada (lex animata). Na verdade, em sua concepção geral, contudo, Calvino sustentou que a autoridade de um governador é limitada. Um governador deve, ele mesmo, submeter-se à Lei Positiva, que vige nos limites do seu território. Lei Positiva, além do mais, é apenas uma expressão da Lei, pois, além dela, há a Lei Natural, aLei da Natureza, que Calvino associou estreitamente com a probidade. Cada Lei Positiva deve expressar o princípio da probidade. Se não for assim, será inútil.

Que significa para Calvino a Lei Natural? A resposta a esta questão não é simples. Como Lutero e Melanchthon, Calvino tinha viva apreciação pela Lei Romana largamente aceita, e interpretava os sistemas legais correntes. Ele compartilhou da distinção que o jurista romano Quintilhamo fez entre as leis dadas a cada um, pela natureza – isto é, o direito natural (iustus natura), e as leis que pertencem ao folk ou ao povo, em cujo contexto as leis recebem sua formal expressão judicial (iustum constitutione). A abertura de Calvino para com a Lei Romana neste ponto, envolvendo, como envolve, um acordo formal com a idéia de que há uma Lei Natural, está em consonância com a sua atitude, em geral, para com as realizações culturais humanas e, mais particularmente, está de acordo com a sua atitude para com o sistema de Lei Romana, no qual ele introduziu muito poucas correções. O fato de aceitar a Lei Natural não significa, contudo, que ele não a colocasse numa perspectiva que, naturalmente, pudesse mudar o seu significado. Sustentar um ponto de vista a respeito da Lei da Natureza, como Calvino fez, não significava entrar no campo dos Estóicos, com sua concepção de razão universal, ou num acordo substancial com a Lei Romana, em seu ponto de vista a respeito da origem e do sentido da Lei Natural.

Que Calvino pudesse aceitar a Lei Romana, de modo algum dependia de como ele interpretava seu lugar no plano providencial de Deus, ou envolvesse a necessidade de ele reinterpretá-la, fazendo suas distinções dentro do contexto de seu modo de entender a doutrina cristã. Aceitá-la era agradável à sua idéia de que Deus não tinha permitido ao mundo ir à ruína por causa do pecado, mas que o tinha preservado por meio de sua graça comum. A aceitação, por parte de Calvino, de alguma espécie de doutrina de Lei Natural reflete, também, sua interpretação do ensino da Escritura, no que se refere àquilo que entendem por natureza (= physcei) os que estão fora do âmbito da revelação especial de Deus e que, diferentemente dos judeus, não receberam os oráculos (= ta logia) de Deus. O fato de estes, não obstante, fazerem por natureza as coisas que estão escritas na Lei de Deus deve ser, segundo Calvino, atribuído às sensibilidades humanas distribuídas a todos os homens (= sensus communis), fato que reflete a vontade divina e que tem sido preservado do aniquilamento pela graça comum de Deus. Segue-se, deste fato, que Calvino não podia pensar na Lei da Natureza como um direito inerente à razão universal, entendida como separada da mensagem bíblica. A Lei da Natureza tinha de ser relacionada com a ordem da criação, através da qual, a despeito das devastações provocadas pelo pecado, Deus continua a revelar-se em toda parte e em todos os tempos.

Um governador, então – que na verdade, para Calvino, é a fonte das Leis Positivas inscritas nos códigos de seu território -, está sujeito à Lei da Natureza. Segundo Calvino, esta Lei da Natureza é o princípio e o objetivo de todas as Leis Positivas, e é a Lei que estabelece os seus limites. Um governador, portanto, está sujeito a uma Lei (da Natureza) cuja autoridade excede, em muito, à de quaisquer leis que ele mesmo possa gerar. Em última análise, ele está sujeito a Deus, que é a fonte final de toda lei e de toda autoridade.

De fato, o respeito que Calvino tinha para com o magistrado e para com os dons de governar, era enorme. O homem é obrigado a aproximar-se de um governador como de alguém dotado, pelo Espírito do próprio Deus, de extraordinários dons que o qualificam para governar. Contudo, esta autoridade humana, conquanto seja sancionada pela autoridade divina, é sempre restrita, sendo demarcada pelos limites próprios do ofício de governador.

O ponto de vista de Calvino a respeito da vocação, tanto da atividade na esfera do lar, do Estado, do magistério ou da Igreja, exibe sempre estas duas faces. Há, de um lado, a idéia de que tudo, na vida, é resposta à vocação universal de Deus, cuja vontade soberana abrange todas as coisas e cuja providência se estende a cada pormenor da existência humana. De outro lado, há a idéia paralela de que a resposta humana é canalizada por vocações específicas, de modo que cada um tem o seu lugar e desempenha suas funções dentro do corpo.

Caberia ao grande estadista e teólogo holandês Abraham Kuyper, unir as linhas do ensino reformado e desenvolver a idéia da “esfera soberana” ou, como ela tem sido chamada, “soberania nas esferas individuas da vida”, pois Deus, cuja soberania se estende sobre a totalidade da vida, tem ordenado várias esferas na sociedade, cada uma das quais dispõe de uma soberania dentro de sua própria órbita. Calvinho já tinha compreendido, contudo, que há uma diversidade de dons e vocações, e que cada uma tem de ser compreendida em relação com Deus e com Sua soberana vontade. Segundo Calvino, bem como segundo Kuyper, cada um pode servir de acordo com seus dons peculiares, suas capacidades especiais e em seu próprio lugar, e ser agraciado com o conhecimento de que foi incumbido de realizar uma particular vocação de Deus.

O ponto de vista de Calvino a respeito da diversidade de vocações, estabelecidas por Deus, torna imperativo reconstruir a difundida noção dos tempos modernos, concernente à natureza da cultura e da sociedade. Até aqui tenho empregado a palavra cultura em sentido mais amplo e indiscriminado, sem levar em conta a questão do uso comum do termo. Segundo este uso, cultura é o termo geral que denota a ordem trazida à existência pela agência humana. Tem-se como cultura tudo aquilo que não surge pronto, como parte integrante da natureza. Assim, ela inclui toda linguagem, todas as leis, todas as convenções sociais, etc.

Na maior parte das vezes, quando um contemporâneo discute um tópico tal como “Cristianismo e Cultura”, ele tem em mente o termo cultura interpretado deste modo. A cultura abrangendo todo engenho humano e seus produtos é posta em contraste com aquilo que pertence à esfera do divino. Introduz-se, deste modo, uma discussão de relação do Cristianismo – como sendo de origem divina – com aquilo que é produto da engenhosidade humana, no mais amplo sentido da palavra.

O ponto de vista de Calvino a respeito da Natureza e da Lei Natural sugere que esta maneira de ver precisa ser reconstruída. Seu ponto de vista não admite que toda lei e toda estrutura (que não é parte da natureza) sejam compreendidas como produtos do engenho humano. O próprio engenho humano (para Calvino), ao contrário, adquire sentido dentro da estrutura estabelecida pelas ordenações divinas, que a prerrogativa humana está longe de poder mudar.

Outra vez Calvino não admite que se considerem o divino e o humano em bloco. A atividade humana é plena de sentido só dentro dos limites estabelecidos pela vontade soberana de Deus, expressa em Sua Lei. A Lei de Deus constitui uma permanente estrtura para a atividade humana, fora da qual esta atividade perde o significado. A atividade cultural humana, na verdade a totalidade da cultura, é teônoma e só tem sentido em sua relação com Deus e Sua Lei.

Ramos Cortados – Ramos Podados – Quem é quem? C. H. Spurgeon Postado por Charles Spurgeon / On : 16:47/ SOLA SCRIPTURA - Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê,mas, sim, em si mesmo - AGOSTINHO.


No Evangelho de João, o Senhor Jesus Cristo fala dos ramos da videira que, por não produzirem nenhum fruto, foram cortados e queimados. Ilustrando-se isso de uma outra maneira, existem muitas pessoas que parecem ser cristãs exteriormente, mas que nos seus corações realmente não são cristãs. Essas pessoas deixarão a companhia dos autênticos cristãos e jamais retornarão. Elas serão como ramos sem frutos que só servem para serem queimados. Isso já não acontece com o cristão autêntico. Ele poderá se desviar, porém voltará. Ele não será como um ramo de árvore que foi cortado. Ele será como um ramo que foi podado, para que mais tarde produza novamente fruto. Em Mateus 7:23, aqueles a quem o Senhor diz: "Nunca vos conheci" jamais foram Seus seguidores.

Os verdadeiros crentes seguirão firmes até o fim, é o tipo de vida que receberam ao nascerem de novo. O apóstolo Pedro diz que os filhos de Deus foram "de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre" (I Ped. 1:23). Toda pessoa que nasce neste mundo tem um corpo físico, o qual irá morrer. Mas todo aquele que tem esta nova vida espiritual, possui uma nova natureza, a qual não morre. Essa nova vida vem de Deus e é eterna, então como pode morrer?

A pessoa que nasce de novo odiará o pecado e lutará contra ele. Essa pessoa não será capaz de levar uma vida de pecado, embora nunca esteja completamente livre de pecar. O Senhor Jesus Cristo, falando à mulher samaritana ao poço, disse: "Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salte para a vida eterna" (João 4:13-14). A nova vida que recebemos como crentes jamais será retirada de nós. Ela nos dá vida eterna. Ela vence a nossa natureza pecaminosa.

Nossa nova vida está intimamente ligada com fé, e fé sempre triunfa. A Bíblia nos assegura que a fé não pode ser derrotada. Deus colocou Sua vida em nós. Ele nos tem conduzido das trevas para a luz. Temos uma esperança viva porque Cristo ressuscitou dos mortos. Seu Espírito veio habitar em nós. Devemos crer que esta vida divina dentro de nós não pode morrer. "O justo seguirá o seu caminho firmemente'.

"Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:15). Pode o homem crer e em seguida morrer? Pode ele receber uma vida espiritual que não é eterna? Isso não é possível. "Deus deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça" (João 3:16).

Alguns dizem que é possível ter vida eterna e então perdê-la. No entanto, isso não pode ser verdade. Vida eterna é eterna e não pode ser perdida. A pessoa a quem ela é dada jamais morrerá. "Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna" (João 6:40). Os santos no céu têm vida eterna e eles não morrerão. Da mesma forma os santos na terra, os quais têm a mesma vida eterna, não podem morrer.
Esta verdade é ensinada em muitos textos da Bíblia. Em João 6:47 nosso Senhor disse aos judeus que "Aquele que crê em mim tem a vida eterna". Não precisamos de nenhuma outra passagem além de João 10:28-29: "Dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai que mas deu, é maior que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai".

O Senhor Jesus Cristo irá segurar Seu povo em Suas poderosas mãos. O Pai também irá segurá-lo. Isso deve significar que os santos estão salvos de tudo que tente destruí-los. Portanto os santos estão salvos da apostasia.

Mateus 24:24 é um importante versículo. Fala de falsos cristos e falsos profetas fazendo grandes sinais e prodígios para se possível enganar até os escolhidos. Isto mostra que não é possível para os eleitos de Deus serem enganados. Os servos de Cristo conhecem Sua voz, a voz do Bom Pastor e eles O seguem: "O justo seguirá o seu caminho firmemente".
Os crentes estarão seguros para sempre reside no fato de que Jesus ora por Seu povo. Ele não está morto; ressuscitou e está no céu; Ele intercede ali, continuamente, junto ao Pai por Seu próprio povo. O nome de cada um está escrito em Seu coração. O escritor da carta aos Hebreus diz: "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Heb. 7:25).

Os filhos de Deus podem ter uma vida muito difícil. Eles podem ser cirandados pra lá e pra cá como farinha numa peneira. Eles podem pecar. Eles podem estar entristecidos. Entretanto as orações do seu Salvador irão impedir que eles percam sua fé. Pedro disse três vezes que não conhecia Cristo. Isso certamente foi pecado; porém seu Senhor e Salvador havia orado ao Pai a favor de Pedro. Ele foi restaurado e testemunhou a outros sobre Cristo, ao invés de negá-lO.

Leia no Evangelho de João, capítulo 17,-onde consta a oração do Senhor por Seu povo. Antes de Sua crucificação Ele orou: "Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste..." (João 17:11). Somos muito fracos e se fôssemos deixados sem ajuda perderíamos nossa fé. Todavia, devido Cristo orar por nós, "seguiremos firme-mente".

Nos baseamo no que Cristo foi e fez aqui, na terra. Na sua segunda carta à Timóteo, o apóstolo Paulo diz: "... eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia" (II Tm. 1:12). Paulo diz que o Senhor Jesus o amou; que Ele morreu na cruz para salvá-lo; e que nos céus está orando por ele. Por isso Paulo é capaz de colocar sua alma aos cuidados de seu poderoso e amável Senhor. Jesus intercederá pelo Seu povo escolhido até que ele chegue aos céus.

Os santos irão perseverar por causa do concerto da graça. Leiam para vocês mesmos no Velho Testamento, em Jeremias capítulo 32. No versículo 40 Deus diz: "E farei com eles um concerto eterno, que não se desviará deles, para lhes fazer bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim". Deus não deixará Seu povo nem Seu povo O deixará.
Hebreus, capítulo 8, nos diz que viveremos sob este novo pacto. O pacto antigo era o de obras e requeria perfeita obediência da nossa parte. Como pecadores por natureza, incapazes de obedecermos perfeitamente os mandamentos de Deus, seríamos todos condenados à morte. O novo pacto é bem diferente. É um pacto da graça. Não temos como sair do reino da graça, pois o Deus que fez o pacto prometeu nos guardar. Deus disse através do profeta Isaías: "Porque as montanhas se desviarão, e os outeiros tremerão; mas a minha benignidade não se desviará de ti, e o concerto da minha paz não mudará, diz o Senhor, que se compadece de ti" (Is. 54:10).

Não devemos retornar ao pacto antigo que nos prenderia com correntes como se fôssemos escravos. Estamos sob a nova aliança. Deus nos deu vida eterna. Jamais morreremos. Cristo nos segura em Suas mãos, e ninguém pode nos arrebatar dEle. É uma aliança maravilhosa!

A diversidade em Deus

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Por Ricardo Mamedes
Em outras oportunidades neste mesmo blog já escrevi a respeito da minha mudança de posicionamento teológico com relação às doutrinas da graça, especialmente no que se refere à eleição e predestinação.

Não nego que outrora - há não tanto tempo - essa questão causava-me um certo desconforto, não porque trouxesse comigo ideias substanciais para refutar o calvinismo, mas exatamente pelo contrário: eu nada sabia a respeito dessa teologia, a não ser aquela ideia preconcebida de que os tais pregavam um Deus tirano que faz das suas criaturas robôs.

E talvez por já ter trilhado esse mesmo caminho consiga compreender e relevar tantos arminianos que assim pensam e se colocam em toda e qualquer discussão com calvinistas. Eu diria que sou tolerante. Vou além, acho que é necessário ser tolerante, uma vez que não travamos uma guerra entre facções rivais. Somos irmãos - arminianos e calvinistas - e não ouso imaginar a possibilidade de dizer que nós, calvinistas, tenhamos a exclusividade da salvação. Não temos!

Ora, como poderíamos estabelecer um pensamento tão arrogante a ponto de determinar salvos e réprobos em razão do seu pensamento teológico, baseado-nos em conjecturas, quando somente o Eterno e Insondável fará essa separação através de critérios que somente a Ele pertencem? Quem somos nós para palmilhar tais caminhos? Quem nos revelou o mistério?

Graças ao Deus Triúno, que aprouve revelar-me a verdade sobre a predestinação, eleição, soberania e responsabilidade humana, creio hoje em um Deus que governa, sustenta e mantém toda a criação, determinando todas as ações humanas. Fui resgatado de uma mentalidade humanista , cujo Deus "complementa" as ações das suas criaturas. Porém, para chegar até aqui percorri um longo caminho de "inércia", praticando crenças que hoje reputo errôneas como a capacidade de escolher ter fé.

Sei, por literal disposição bíblica que tanto graça como fé me foram "presenteadas" gratuitamente pelo Maravilhoso Deus da minha salvação (Efésios 2:8-9), que escolheu a mim antes que eu O escolhesse (João 15:16). Mérito não tenho qualquer, uma vez que, se assim fosse, a graça já não seria graça, parafraseando o apóstolo Paulo (Romanos 11:6).

Creio que Deus, na sua Soberania e Poder escolhe e elege os Seus em Jesus Cristo. A verdade se me revelou assim. De posse desta revelação estou autorizado a rejeitar os meus irmãos arminianos que pensam diferente? Tenho que me recolher hermeticamente em um casulo de "pureza" evitando misturar-me a eles, sob a assertiva radical e fundamentalista de que são heréticos? A minha resposta é não! Embora não coadunando com tais princípios, ainda que considere esse pensamento um desvio, destaco que é apenas um "erro de percurso". Tal erro, a meu ver, não é suficiente para afastar alguém da salvação , pois fosse assim (...) "a salvação , se é pela graça, já não é por obras, do contrário a graça já não seria graça "(sic).

Assim como eu obtive a revelação a respeito das doutrinas que hoje não somente cultivo como defendo, espero que tantos outros, assim como eu, a obtenham, chegando à mesma verdade.

Pois bem, como posso ser preconceituoso com os meus irmãos partindo do princípio que eu mesmo demorei tanto tempo para aqui chegar? Como posso cultivar essa visão exclusivista, se participo de uma igreja cujos irmãos são na sua esmagadora maioria arminianos? Penso que a graça de Deus será dadivosamente distribuída entre todos, ainda que pensem que "estão indo por escolha própria".

Um exemplo bem claro sobre isso é o que eu tenho vivido na minha própria casa. A minha esposa é uma crente fiel, cristã fervorosa, crê na soberania de Deus, na graça, mas faz confusão a respeito dessas doutrinas , especialmente quando reflete sobre determinismo e responsabilidade humana. Ela simplesmente não consegue conceber um "Deus tirano" autor do mal e do pecado, ao mesmo tempo em que o quer soberano.

Ontem mesmo, quando citei para a minha esposa Ezequiel 14:9-10, fui prontamente acusado de "procurar cabelos em ovos" , segundo a literalidade das suas palavras (rsrs). Diz o texto bíblico:

"Se o profeta for enganado e falar alguma coisa, fui eu, o SENHOR, que enganei esse profeta; estenderei a mão contra ele e o eliminarei do meio do meu povo de Israel. Ambos levarão sobre si a sua iniquidade; a iniquidade daquele que consulta será como a do profeta".

E o contexto apenas reforça o fato de que Deus responsabiliza o homem, ainda quando é Ele próprio a colocar a operação do erro em seu coração; mesmo quando for Ele a enganar o profeta. E então muitos haverão de perguntar: que Deus é esse, é um Deus injusto (Rm 9:14-16)? Não serei eu a responder, mas a própria Palavra do Deus vivo: "... de modo nenhum! Pois Ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia."

Deus tem critérios perfeitos; Ele é justíssimo. Eu não sei como o Excelso compatibiliza essas coisas, não sei qual é a Sua lógica, porém, não cabe a mim discutir com Ele. Entretanto, há algo que estou plenamente convencido e disso não há quem me demova: Deus é Absoluto, não responde a quaisquer parâmetros, é "O Altíssimo" e não há justiça que conhecemos que possa ser comparada à dEle. Portanto, aos seus filhos cabe obediência à Palavra, ainda que muito do que há nela seja incompreensível à nossa limitada mente.

Continuarei crendo nesse Deus plena e completamente soberano; que se revela a alguns de uma forma e a outros de forma diversa; nesse Deus que elege e salva em meio à diversidade. Crerei no Deus que determina as ações de todas as suas criaturas, até mesmo das inanimadas. Cultuarei Jaweh em toda a sua Eterna Glória: esse Deus maravilhoso e ao mesmo tempo terrível.

Glória ao Seu Nome pela Eternidade!

Fonte: [ A verdade liberta, o erro condena ]
Via: [ Ministério Batista Beréia ]

Promessas Condicionais – John Piper


COMO PODEMOS CRER EM PROMESSAS CONDICIONAIS

Há ainda outras condições para a graça futura. Discutiremos quais são e como se relacionam com a fé e a liberdade da graça no próximo capítulo. Mas aqui quero voltar à pergunta feita no início acerca de Romanos 8.28, isto é, como você pode crer em uma promessa duplamente condicional? "Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito'. Duas condições: 1) amar a Deus; 2) ser chamado. Como você crê nessa promessa sem pensar equivocadamente que ela se aplica a você quando, na realidade, não se aplica?

PRIMEIRA CONDIÇÃO: AMAR A DEUS

Para crer em uma promessa condicional sem se iludir, você precisa estar seguro de que a condição é verdadeira no seu caso. O que isso significa no caso de Ro¬manos 8.28? Significa estar seguro de que você é alguém que "ama a Deus". Isso é uma condição diferente da condição da fé? É aqui que nossa discussão acerca da essência da fé nos Capítulos 15 e 16 se torna crucial. Nesses capítulos veio à tona a essência da fé salvífica e santificadora como o estar satisfeito com tudo o que Deus é para nós em Jesus. Também vimos que outra forma de descrever essa essência é a linguagem de amar a Deus, isto é, ter prazer nele, ou desfrutar dele, ou apreciá-lo. Concordamos com Jonathan Edwards que disse: "o amor é o principal aspecto da fé salvífica, ávida e o poder pelos quais produz grandes resultados".

Por isso, a condição da promessa em Romanos 8.28 não contraria a condição da fé, mas é na realidade outra forma de dizer que precisamos ter fé genuína, não somente consentimento intelectual. Deus não age em todas as coisas para o bem de quem simplesmente crê que ele o fará. Ele age em todas as coisas para o bem de quem o ama, isto é, de quem está satisfeito com tudo que ele é em Jesus. A experiência de estar seguro de que você ama a Deus é a mesma que experimentar o prazer em tudo que Deus é por você em Jesus. Quando você caminha nessa experiência, ama a Deus. E nessa experiência há o elemento essencial da fé salvífica.
Isso quer dizer que as condições dadas por Deus com a promessa de Romanos 8.28 têm o propósito de deixar clara a verdadeira natureza da fé na promessa de Deus. Você não pode crer nas promessas de Deus de maneira salvífica sem compreender e receber espiritualmente a excelência e a beleza de Deus. Essa compreensão e aceitação são a essência da fé.

SEGUNDA CONDIÇÃO: SER CHAMADO

Essa é também a evidencia fundamental do fato de você ter sido chamado por Deus. Essa é a segunda condição apresentada em Romanos 8.28: "Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito'. Argumentei anteriormente neste Capítulo e no Capítulo 9 que ser chamado por Deus nesse contexto é um ato da graça divina pelo qual Deus desperta o pecador da morte e lhe dá um novo coração. E o cumprimento da promessa da nova aliança em Deuteronômio 30.6: "Deus circuncidará o coração de vocês para que o amem".

Em outras palavras, as duas condições da graça futura em Romanos 8.28 são dois lados da mesma moeda. Do lado de baixo está a obra de Deus "chamando" à existência o novo coração de amor a Deus. E no lado de cima está a experiência dessa obra divina — o amor a Deus. O teste para saber se foi chamado é o coração se abrir para a graça divina e ser atraído a Deus com uma satisfação que vence todos os encantamentos concorrentes do mundo e liberta para a vida de amor.

EM SUMA, A CONDIÇÃO DA GRAÇA FUTURA É FÉ

Por isso, as duas condições de Romanos 8.28 são simplesmente esclarecimentos do real significado de confiar em Deus para cumprir essa grande promessa da graça futura. Confiar nele para o cumprimento dessa promessa não é só crer que ele vai agir para seu bem. Você pode crer nisso e, ainda assim, estar enganado. Significa olhar por meio da promessa para aquele que promete, e, pela graça — isto é, pelo chamado soberano — compreender nele a excelência e a beleza que satisfarão seu coração para sempre; e então receber essa beleza como o te¬souro principal mais precioso que todas as coisas que o mundo pode oferecer. Esse é o significado de amar a Deus, e essa é a essência da fé na graça futura. Quando você possui essa fé — quando satisfaz essa condição do chamado gracioso e divino — Deus age em todas as coisas para seu bem.

A promessa da graça futura é condicional. Mas não é conquistada. E não é merecida. Ela é crida, confiada; nela se espera. E a essência dessa fé e confiança e esperança é estarmos satisfeitos com tudo que Deus é para nós em Jesus. Com essa satisfação vem a certeza de que essa promessa inacreditável é verdadeira para nós. E com essa confiança surge um modo de vida radical e livre de obediência sacrificial que chamo vida pela fé na graça futura.

Capítulo 26 O Silêncio de Deus

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"Até quando, ó verdadeiro e santo dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram". Apocalipse 6:10-11.
"Virá o nosso Deus, e não se calará; um fogo se irá consumindo diante dele, e haverá grande tormenta ao redor dele". Salmo 50:3.
A primeira das passagens acima nos dá o clamor das almas mártires que João viu debaixo do altar do templo celestial. Seus apelos são para justiça contra os seus assassinos. Aqui temos prova de que a alma não existe numa forma inconsciente durante o período intermediário. Estas almas estão conscientes. Elas clamam pelo julgamento da terra.
Em resposta aos seus clamores, eles recebem vestes brancas; sinal de que seus clamores pelo julgamento dos ímpios são justificados. Enquanto vivo, o santo deve orar pelos seus inimigos, mas após a morte ele ora contra seus inimigos. Estas almas mártires são avisadas que devem esperar pelas outras almas que serão mortas pela causa de Cristo. Tudo isto indica que esta dispensação de misericórdia findará em cruel perseguição dos filhos de Deus. Parece que os dias de martírio estão tanto no futuro quanto foram no passado para os santos. E ninguém sabe quando será chamado para confirmar sua fé com seu próprio sangue. Quem sabe se num futuro breve veremos algum decreto do governo que nos provará para ver se obedeceremos a Deus ou ao homem?
O próximo trecho é seqüência deste. Veremos nele o tempo quando o clamor dos mártires será ouvido e a vingança será executada. Nosso Deus virá, e não permanecerá em silêncio; um fogo devorador virá diante dEle e haverá tempestade em seu redor. O trecho fala do tempo quando a longanimidade de Deus findará, e Cristo vem com julgamento, mesmo em chama ardente, vingando-se dos que não conhecem a Deus e não obedecem ao evangelho. 2 Tessalonicenses 1:8.
O PROBLEMA DUM DEUS SILENCIOSO
Queremos significar com o termo, "silêncio de Deus", que Deus não está Se manifestando publica e abertamente como fez em outros tempos. Isto é, Ele não está operando milagres em público como antigamente. O dicionário diz que milagre é um acontecimento que não pode ser atribuído às forças da natureza, sendo, portanto, atribuído à força sobrenatural. E nós indicamos com o termo milagre público, em milagre que prova sem sombra de dúvida a existência de Deus. Robert Anderson diz que desde os tempos apostólicos não houve milagre público que provasse a existência de Deus. Um céu silencioso é o maior mistério de nossa existência. Um céu em silêncio é a maior prova à fé dum santo. O ateu não crê na possibilidade de milagres, pois ele não crê na existência dum Deus pessoal e poderoso. O problema do crente é a ausência de milagres. Como crente num Deus pessoal, poderoso, e que ama, ele não entende porque os milagres não são comuns em nossos dias.
Se existe um Deus, porque Ele permite as coisas serem como as vemos hoje? Por que Ele não se ergue e põe abaixo o erro e a rebelião desta terra? Por que Ele permite que os ímpios oprimam aos justos? Se há um Deus Todo-Poderoso, por que Ele não age? São estes os clamores de mães que vêem seus filhos na miséria das guerras. Como pode um Deus bondoso e poderoso ficar em silêncio diante de tal desprezo dos inimigos e do clamor de Seus filhos? Se há um Deus Todo-Poderoso e pessoal por que sofrem os justos, ao passo que os perversos prosperam? Em face destas questões é que os ímpios estabelecem suas vidas e os crentes enchem-se de frustração e perplexidade.
Nos dias de Moisés Deus estava abertamente operando milagres de maneira que mesmo os perversos mágicos egípcios tinham que confessar: "Isto é o dedo de Deus". Êxodo 8:19. E nos dias do ministério de Cristo aqui na terra, os milagres eram comuns e nem sequer eram questionados pelos Seus adversários. Seus milagres O fizeram famoso, mas não ganharam nenhum verdadeiro adepto. Em João 2:23 lemos que "estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem". Os que confiavam pelos sinais que viam não eram de confiança.
Os milagres continuaram através dos dias dos apóstolos, mas tornavam-se mais raros ao fim da era apostólica. O dom de milagres foi divinamente entregue e distribuído entre os membros das primeiras igrejas.
A AUSÊNCIA DE MILAGRES PÚBLICOS HOJE
É óbvio que não temos os milagres públicos hoje, pelo menos não da mesma inconfundível maneira como em outros tempos. Sei que hoje alguns dizem ter a capacidade de operar milagres de cura e de falar em línguas (geralmente seus limites são estes dois), mas algo está tão manifestadamente faltando nestes seus ditos milagres que encontramos logo muita desconfiança. E quando investigados há lugar para interrogação, que não era o caso nos dias de Cristo e dos apóstolos.
Há um problema com o silêncio de Deus. Quando Pedro encontrava-se na prisão esperando a morte, Deus mandou um anjo para livrá-lo. E Paulo foi milagrosamente libertado em Filipos. Mas desde estes tempos milhões de santos já foram martirizados, e seus clamores pelo livramento não foram ouvidos até o momento presente. Os céus acima são como metal que reflete os pedidos.
Nos dias da escravidão de Israel, Faraó disse: "Quem é este Senhor a quem ouvirei"? Deus aceitou o desafio desta monarca soberba e demonstrou Seu poder de maneira terrível; mas nos dias presentes os homens desafiam a Deus e até mesmo ridicularizam a idéia dum Deus pessoal; e os céus nada dizem. Carlos Smith e outros ateus teóricos quase desgastaram todas as palavras más condenando a religião, negando a Deus, e empilhando os abusos contra a Bíblia; e a todos estes ataques, Deus continua em silêncio.
EXPLICAÇÃO DO SILÊNCIO DIVINO
O silêncio de Deus, diante de Seus desafiadores que O querem combater, pode ser explicado. O silêncio de Deus aos Seus filhos suplicantes tem explicação. Qual é a explicação?
RESPOSTAS NEGATIVAS
1. Não é por falta de poder que Deus permanece no silêncio. Ele nunca se encontra incapacitado diante da oposição. Não há crise com Deus. "O que a sua alma quiser, isso fará". Jó 23:13. Ele pode livrar Seus filhos de todos os perigos. Com fé podemos cantar:
2. Não é por falta de interesse. O Pai celestial é o mais sábio e o melhor dentre os pais. Ele nunca comete erro no cuidar de Seus filhos.
Recebemos a ordem de colocar todos os nossos cuidados sobre Ele, sendo que Ele cuida de nós. Quando clamamos a Ele em nossas angústias, e Ele não responde como queremos que Ele responda, não pense que Ele não se importa. É por causa de Seu cuidado por nós que muitas vezes não recebemos o que pedimos. Ele é mais sábio do que nós em nossos pedidos. É o nosso amor e interesse em nossos filhos que nos fazem negar certos pedidos. Quando estamos doentes e pedimos que Deus nos cure, e isto não acontece, fiquemos certos que é melhor estarmos doentes. Deus nos ensina certas coisas na cama da enfermidade que de outra maneira jamais aprenderíamos. Algumas lições são melhores aprendidas com enfermidades do que com saúde. A Bíblia é um livro mais doce no quarto do doente que na oficina. Se orarmos pelo nosso livramento dos nossos inimigos, e Ele não livra, é para que o ouçamos Ele dizer: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é reino dos céus". A maior honra que a perversidade pode prestar à justiça é persegui-la. É dom de Deus podermos sofrer pelo Seu nome. Spurgeon escreve: "Não por nenhuma falta pessoal, mas simplesmente por causa do caráter temente a Deus, que os Daniéis de Deus são desprezados: mas são abençoados pelo que parece ser uma maldição".
3. Não é por falta de conhecimento da parte de Deus. A onisciência de Deus é uma das verdades mais preciosas ao crente. Um dos mais belos salmos de Davi é o Salmo 139:1-3, onde é celebrada a onisciência de Deus: "Senhor, tu me sondas, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos". Eis aqui uma ótima prova para minha espiritualidade. Será que me alegro no fato de que Deus conhece tudo ao meu respeito? É bom saber que Deus sabe do nosso desprezo e de nossa luta contra o mal. Ele sabe que Seu povo tem fome e sede de justiça, e Ele prometeu encher os Seus com retidão e justiça. Certamente Ele nos encherá de justiça, pois foi Ele que provocou em nós tal sede. Um dia todo santo será perfeito como deseja ser.
4. O silêncio de Deus não indica Sua ausência no trono. Deus ainda está no trono. Ele ainda opera todas as coisas segundo o conselho de Sua vontade. Mas Ele não está ainda governando abertamente diante do público. Ele está por detrás do palco dirigindo o drama da história humana. Seu reino é secreto e não público. Ele governa por intermédio da providência e esta é misteriosa. Seus julgamentos são insondáveis e além da nossa compreensão. Romanos 11:33. O dedo de Deus está operando no dia de hoje, mas o mundo não vê. Ele está operando milagre no presente século, mas não de forma pública.
5. O silêncio de Deus não é por falta de fé por parte do Seu povo. Este não é o motivo para a ausência de milagres ao público nos dias atuais. Muitas vezes ouvimos dizer que se o povo de Deus tivesse hoje a fé de Pedro e de Paulo, veríamos também milagres públicos. Não cremos nisto. Não estamos argumentando que temos a fé que devemos ter, mas este não é o motivo para a falta de milagres. Os milagres foram objetos de testemunho a Israel como uma nação, e quando o Evangelho passou dos judeus para os gentios os milagres cessaram. Os milagres tinham como propósito confirmar a Jesus como o Messias. Os milagres eram a carteira de identidade de Cristo. Mencionaremos um caso como ilustração: Um dia um leproso veio ao Senhor e o louvou dizendo: "Se queres, bem podes limpar-me". O Senhor o curou com um toque, e advertiu que não dissesse a ninguém, mas que fosse ao sacerdote para ser pronunciado limpo. Marcos 1:44. Desta maneira ele estaria testificando, pelo sacerdócio, que havia um dentre eles que podia curar a lepra, sendo portanto o sacerdote. Mesmo com todos os milagres que testificavam da presença do Messias, a nação rejeitou o Cristo (o Messias) no Seu ministério pessoal e no ministério de Seus apóstolos: e assim cessaram-se os milagres.
RESPOSTAS À QUESTÃO DE MANEIRA POSITIVA
1. A natureza ou tipo de obra divina no século presente não requer milagres. Se fossem necessários, fique certo de que os teríamos. Ele é tão capaz de operar milagres nos dias de hoje quanto era nos dias dos apóstolos. Este é o dia de salvação, e os milagres não são necessários à fé. Isto é, milagres públicos, como o homem rico queria que fossem operados. Quando levantou os olhos do Hades e viu a Abraão rogou que mandasse Lázaro levantar-se dos mortos para pregar aos seus cinco irmãos que ainda viviam num mundo de incredulidade. Ele contendia que se alguém se levantasse dentre os mortos eles se arrependeriam. Mas a resposta foi que se eles recusavam a mensagem de Moisés e dos profetas... se não acreditavam na Palavra de Deus? não seriam convencidos da verdade ainda que alguém se levantasse dos mortos. Lucas 16:27-3. A fé vem pelo ouvir, e ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17. Os milagres não são necessários para se haver fé. Uma certa senhora, que acreditava em muitas teorias contrárias às Escrituras, vendo a firmeza de D. F. Sebastian, grande homem de Deus, tentando convencê-lo disse: "Se pudesses ver o que já vi, crerias da mesma maneira que eu creio". Este homem perspicaz e grande servo de Deus, prontamente respondeu: "Se pudesses ouvir o que já ouvi, crerias como eu creio".
2. Os milagres não são necessários para provar o amor de Deus pelos pecadores. Não temos direito algum de pedir milagres de Deus como prova de Seu amor para conosco. Mesmo assim tal pedido seria prova de nossa incredulidade. Temos Sua Palavra de que Ele ama aos pecadores, e se tomarmos o lugar de pecador e confiarmos no Salvador que Ele providenciou, teremos certeza de que Ele nos ama. Deus já provou com grande evidência o Seu amor para com os pecadores na dádiva de Seu Filho para morrer por eles, e se Ele operasse um milagre para provar o mesmo, isto seria prêmio para a incredulidade. Os milagres nunca salvaram ninguém, mesmo nos dias quando eram comuns. Judas viveu com Cristo e viu a maioria de Seus milagres, porém, não foi salvo. Onde a maioria de Suas grandes obras foi feito, o povo era repreendido pela sua incredulidade. Está escrito concernente ao povo de Jerusalém: "E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele". João 12:37.
3. Os sinais ou milagres públicos, geralmente são associados ao julgamento. Os sinais do Egito foram milagres de julgamento. E os grandes sinais vindouros serão associados com o julgamento da terra. Quando Deus estiver pronto para julgar este mundo perverso, Ele começará a operar milagrosamente. O dedo de Deus será novamente visto sobre a terra. "Nosso Deus virá e não permanecerá em silêncio". Ele se manifesta agora aos Seus, eles vêem Sua mão milagrosa em seus a fazeres, mas Deus se esconde dos incrédulos. Sua Palavra satisfaz aos Seus filhos e Ele não pretende satisfazer à curiosidade néscia dos incrédulos através de milagres.
4. A Bíblia revela que haverá sinais ou milagres públicos nos últimos dias desta dispensação, mas serão do diabo e não de Deus. Nosso Senhor, falando sobre os sinais de Sua vinda, disse que falsos cristos e falsos profetas levantar-se-iam e mostrariam grandes sinais e maravilhas: de maneira que se fosse possível, até os eleitos seriam enganados. Mateus 29:24. A palavra "sinal" na passagem é a mesma que geralmente traduz-se como milagre. Em Apocalipse 13 lemos que o falso profeta fará grandes prodígios e maravilhas, e que ele fará descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens, e enganará aos que vivem sobre a terra por estes sinais. Em 2 Tessalonicenses 2:9, lemos que a vinda do "homem do pecado" será após as obras satânicas de poder e sinais (milagres) e de maravilhas mentirosas. Se alguém está atualmente operando milagres, tal dom é de Satanás e não de Deus, e é sinal do fim dos tempos.
Há um clamor no dia de hoje no setor religioso pelo miraculoso, o sensacional e o espetacular. Isto é porque o povo está cansado da Palavra de Deus. O povo que busca milagres como sinal ou prova do favor e da presença de Deus estão se colocando em boa posição para ser enganado. O que é sobrenatural não é necessariamente divino.
ESTE NÃO É O DIA DE JULGAMENTO
Este é o dia da salvação e não de julgamento. Este é o dia da paciência de Deus. A única pessoa com direito de julgar é Cristo, e Ele está sobre o trono da graça, em amor e graça, enquanto espera o fim dos tempos. Quando Ele romper novamente o silêncio, será com palavras de ira, e serão derramados os julgamentos que cobrirão o mundo. "Nosso Deus virá e não permanecerá em silêncio". Ele hoje Se encontra silencioso, neste dia da graça, quanto à Sua manifestação pública, mas breve vem o dia quando falará em Sua ira aos Seus inimigos para serem Seu pedestal. Ele já falou Sua última palavra de desprazer. Salmo 2.
UM CÉU SILENCIOSO!
Sim, mas este não é o silêncio dum Deus fraco e vencido. Um céu silencioso! Certamente, mas não é o silêncio dum Pai calado e indiferente. Um céu silencioso! Certamente, mas não o silêncio dum Pai que esquece os Seus filhos. É um silêncio que prova e promete que para o mais vil pecador ainda o caminho para o céu está aberto. É a segurança de que ainda vivemos no dia da salvação. Quando o crente esmorece e o ímpio se revolta, e homens pedem a Deus que Ele rompa o silêncio e mostre Sua mão sobre a terra, pouco sabem o que isto implica. Isto significará o fim da misericórdia; significará o fim do reino da graça; significará o fim do dia da misericórdia; será o fechar da porta da arca da salvação; significará o romper do dia da ira? o dia da revelação do justo julgamento de Deus.
"Conhecendo o terror do Senhor", como Paulo, persuadimos aos homens. Porque existe ira, avisamos aos homens para que escapem da ira vindoura. Sabendo que não há outro nome pelo qual somos salvos, rogamos que os homens confiem no Senhor Jesus Cristo.
Deus nos falou pelo Seu Filho. Temos a mensagem de Seu Filho na Bíblia. Ela nos diz que vida eterna está em Jesus Cristo. Ela nos diz que o Filho foi punido para que o pecador não perecesse. Despreze esta mensagem, rejeite o Filho, e quando Deus falar novamente, ouvirá Sua voz em tom de julgamento.

Autor: C. D. Cole
Revisão 2004: David A Zuhars Jr

A religião daqueles que não se incomodam



“Eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as suas palavras, mas não as põem por obra; pois, com a boca, professam muito amor, mas o coração só ambiciona lucro. Eis que tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange bem; porém ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra” (Ezequiel 33:31,32).
De todas as religiões vãs do mundo, pode ser que não haja nenhuma tão triste quanto a religião dos que não se incomodam. A verdadeira religião envolve lidar com um Deus que mexerá no fundo do nosso caráter danificado pelo pecado com uma visão de cura verdadeira. Deus não se alegra em simplesmente nos deixar como estamos. Se nós o buscamos com um pouco de honestidade verdadeira, conseguiremos alcançar o poder que é a força mais incomodante que existe. É uma força que irá ou transformar-nos em seres, cuja pureza caiba apenas no céu, ou nos levará a uma rebelião contra Deus que pode terminar apenas no inferno. Não há meio-termo. E, mesmo assim, nós brincamos com a religião como se ela fosse uma experiência sem perigos, algo prazeroso no nosso “estilo de vida”, e não uma força transformadora. 
Algumas vezes, simplesmente não vemos o quanto precisamos ser mudados, e reagimos de maneira defensiva à sugestão de que qualquer coisa em nós pode ser insatisfatória. Na verdade, podemos ter algumas falhas e erros, alguns hábitos não produtivos, e até uma ou duas neuroses. Mas arrependimento parece ser uma palavra forte demais para as mudanças que precisamos fazer, e preferimos evangelistas que reconhecem como são respeitáveis as vidas que construímos para nós mesmos. 
Outras vezes, simplesmente vemos a religião como uma experiência “interessante” ou “divertida” (ao invés de transformadora), algo feito para simplesmente aproveitar ou apreciar. Se mudança profunda de caráter é necessária nas nossas vidas, existem a ciência e a psicologia para este propósito, não a religião. Deus, nós pensamos, existe para nos fazer sentir bem (não para nos irritar), e se agradecemos o evangelista de vez em quando por nos corrigir (de maneira educada e delicada, é claro), ainda assim a nossa gratidão é por uma experiência emocional que de alguma maneira nos fez “sentir melhor” por termos sido corrigidos. E, tendo experimentado a religião, seguimos o nosso caminho sem nos incomodar e sem mudar. 
Chega um momento quando as pessoas que andaram experimentando
a religião (“a busca do homem por Deus”) de repente se afastam.
E se realmente o encontramos? Não queríamos realmente chegar neste ponto!
E pior ainda, e se ele tivesse nos encontrado?

(C. S. Lewis)

–por Gary Henry

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Mensagem do Dia

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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