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6 de ago. de 2010

Distinção entre Justiça e Retidão Divina - A. W. Tozer



Nas inspiradas Escrituras, é quase impossível fazer a distinção entre justiça e retidão. A mesma palavra no original é traduzida por justiça ou retidão, quase que sendo, alguém pode imaginar, um capricho do tradutor.

O Antigo Testamento fala da justiça de Deus em uma linguagem clara e satisfatória, e tão bela quanto a encontrada em qualquer parte da literatura humana. Quando a destruição de Sodoma foi anunciada, Abraão intercedeu pelos justos que estavam na cidade, lembrando a Deus de que sabia que Ele agiria por Si mesmo na necessidade humana. "Longe de Ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de Ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?" (Gn 18.25).

Deus, na visão dos salmistas e profetas de Israel, era um soberano todo-poderoso, supremo e exaltado, que reinava em justiça. "Justiça e direito são o fundamento do Teu trono" (SI 89.14). A respeito do tão esperado Messias, profetizou-se que, quando voltasse, Ele julgaria as pessoas com justiça e os pobres com juízo. Os santos compassivos, ultrajados pela injustiça dos governantes do mundo, oraram: "O SENHOR, Deus das vinganças, ó Deus das vinganças, resplandece. Exalta-Te, ó juiz da terra; dá o pago aos soberbos. Até quando, SENHOR, os perversos, até quando exultarão os perversos?" (SI 94.1-3). Esta oração não deve ser vista como um pretexto para a vingança pessoal, mas como um anseio por ver a justiça moral prevalecer na sociedade humana.

Homens como Davi e Daniel reconheceram sua própria iniqüidade em contraste à justiça de Deus e, conseqüentemente, suas orações de arrependimento tiveram grande poder e eficácia. "A Ti, ó SENHOR, pertence a justiça, mas a nós, o corar de vergonha" (Dn 9.7). E quando o juízo de Deus, que há muito está contido, começa a descer sobre o mundo, João vê os santos que venceram em pé em um mar de vidro mesclado de fogo, segurando as harpas de Deus nas mãos; eles entoam o cântico de Moisés e o do Cordeiro, cujo tema é a justiça divina. "Grandes e admiráveis são as Tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o Teu nome, ó Senhor? Pois só Tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de Ti, porque os Teus atos de justiça se fizeram manifestos" (Ap 15.4).



A justiça incorpora a idéia de eqüidade moral, e a injustiça é exata¬mente o oposto; é iniqüidade, a falta de eqüidade nos pensamentos e atos humanos. O juízo é a aplicação da eqüidade em situações morais e pode ser favorável ou desfavorável, dependendo se quem está sendo julgado tem sido justo ou injusto no coração e na conduta.

Às vezes, ouvimos: "Deus é quem faz justiça", referindo-se a algum ato que sabemos que Ele realizará. E um erro pensar e falar assim, pois isso pressupõe um princípio de justiça fora de Deus que O compele a agir de determinada forma. Sem dúvida, não existe este princípio. Se houvesse, ele seria superior a Deus, pois apenas uma força maior pode incitar a obediência. A verdade é que não há e jamais poderá haver algo fora da natureza divina que possa fazer com que Deus desça a um nível inferior. Todas as razões de Deus vêm do interior de Seu ser incriado. Nada penetrou no ser de Deus desde a eternidade, nada foi removido e modificado.

A justiça, quando usada em referência a Deus, é um nome que damos ao modo de ser de Deus, nada mais; e quando Deus age com justiça, Ele não está agindo assim para enquadrar-se em um critério independente, mas simplesmente agindo como Ele mesmo em determinada situação. Como o ouro é um elemento em si mesmo e nunca pode mudar nem se ajustar, mas é ouro onde quer que seja encontrado, assim Deus é Deus, sempre, único e plenamente Deus, e não pode ser outra coisa senão Ele. Tudo no universo é bom à medida que se ajusta à natureza de Deus e mau quando deixa de fazê-lo. Deus é Seu próprio princípio de existência própria da justiça moral, e quando Ele condena os maus ou recompensa os justos, Ele simplesmente age segundo Seu íntimo, sem ser influenciado por algo que não seja Ele mesmo.

Tudo isto parece — mas apenas parece — destruir a esperança de justificação do pecador que se arrepende. O filósofo e santo cristão, Anselmo, arcebispo de Cantuária, buscou uma solução para a visível contradição entre a justiça e a misericórdia de Deus. "Como poupas o ímpio", perguntou a Deus, "se Tu és justo por excelência?" Em seguida, firmou bem os olhos em Deus em busca da resposta, pois sabia que ela estava no que Deus é. As descobertas de Anselmo podem ser parafraseadas desta forma: o ser de Deus é unitário; não se constitui de várias partes que funcionam em harmonia, mas simplesmente uma parte. Nada há na justiça de Deus que impeça o exercício de Sua misericórdia. Pensar em Deus como às vezes pensamos em um tribunal onde um generoso juiz, compelido pela lei, condena um homem à morte com lágrimas e apologias é pensar no verdadeiro Deus de forma totalmente deturpada. Deus nunca se contradiz. Nenhum dos atributos de Deus é incompatível entre si.

A compaixão de Deus emana de Sua bondade, e bondade sem justiça não é bondade. Deus nos poupa porque Ele é bom; no entanto, Ele não poderia ser bom se não fosse justo. Quando Deus castiga os iníquos, conclui Anselmo, é apenas porque isto condiz com o que eles merecem; e quando Deus poupa os ímpios, é apenas porque isso condiz com a bondade de Deus; assim, Deus faz o que o torna o Deus bom por excelência. Esta é a razão que deve ser compreendida, não para que se possa crer, mas porque já crê.

Uma solução mais simples e mais comum para a questão de como Deus pode ser justo e ainda justificar o injusto é encontrada na doutrina cristã da redenção. É que, por meio da obra de Cristo na expiação, a justiça não é violada, mas cumprida quando Deus poupa um pecador. A teologia da redenção ensina que a misericórdia não se efetiva em um homem até que a justiça tenha feito sua parte. O castigo justo para o pecado foi necessário quando Cristo, nosso Substituto, morreu por nós na cruz. Embora possa parecer desagradável aos ouvidos do homem natural, esta idéia sempre foi aprazível aos ouvidos da fé. Milhões de pessoas foram moral e espiritualmente transformadas por esta mensagem, levaram uma vida de intenso poder moral e morreram, por fim, em paz, confiando nela.

Esta mensagem de justiça dada e misericórdia em ação vai além de uma boa teoria teológica; ela anuncia um fato que se fez necessário pela nossa profunda necessidade humana. Por causa do nosso pecado, todos nós estamos sob a sentença de morte, um juízo que vem à tona quando a justiça confronta nossa situação moral. Quando a infinita eqüidade deparou-se com a nossa constante e obstinada iniqüidade, houve uma terrível luta entre elas, uma batalha que Deus venceu e sempre deverá vencer. Mas quando o pecador arrependido entrega-se a Cristo em busca de salvação, a situação moral é revertida. A justiça confronta a situação transformada e manifesta um justo homem de fé. Deste modo, a justiça, na verdade, passa para o lado dos filhos confiantes de Deus. Este é o significado destas palavras ousadas do apóstolo João: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele [Deus] é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I Jo 1.9).

No entanto, a justiça de Deus prevalecerá para sempre contra o pe¬cador com toda força. A vaga e tênue esperança de que Deus também é Alguém que castiga os ímpios tornou-se um ópio letal para a consciência de milhões. Ela silencia seus temores e permite que eles pratiquem todas as formas aprazíveis de iniqüidade, embora a morte se aproxime a cada dia que passa e o convite ao arrependimento continue sendo recusado. Como seres moralmente responsáveis, não ousamos menosprezar nosso futuro eterno.

Jesus, Teu sangue e justiça
São meu bem maior, minhas vestes ie glória;
Em meio aos mundos perversos, nestes campos de batalha,
Com alegria levanto a cabeça.

Com ousadia me levantarei em Teu grande dia,
Pois quem me acusará?
Por meio deles, estou completamente absolvido —
Do pecado e do medo, da culpa e da vergonha.
(Conde N. L. von Zinzendorf1)

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Nikolaus Ludwig von Zinzendorf (1700-1760), clérigo, patrono e bispo alemão da Igreja da Morávia. Educado sob as influências pietistas, logo mostrou afinidades para com a perseguida e quase extinta Irmandade da Morávia (freqüentemente chamada de Irmandade da Boêmia), à qual ofereceu refúgio. A colônia chamava-se Herrnhut. Queria que a colônia formasse um grupo dentro da Igreja Luterana, influenciando outros no sentido de uma experiência religiosa mais profunda, mas rendeu-se à sua insistência para tornar a fundar a antiga Irmandade da Morávia. Sua ênfase no papel da emoção na religião influenciou profundamente a teologia protestante do século 19. Foi um dos marcos na restauração da vida normal da Igreja, por sua inclusividade e prática do amor fraternal. Os irmãos morávios formaram uma das maiores forças missionárias de todos os tempos.

Venha e Beba! - Charles Haddon Spurgeon


“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7:37).

A paciência tem o seu perfeito trabalho no Senhor Jesus, e até o último dia da festa Ele proclamou aos judeus, assim como neste último dia do ano Ele nos proclama e espera ser gracioso para conosco. É verdadeiramente admirável a longanimidade do Salvador em suportar alguns de nós ano após ano, apesar de nossas provocações, rebeliões e resistência ao Seu Espírito Sano,. Maravilha das maravilhas é estarmos na terra da misericórdia!

A piedade expressa-se mais claramente, pois Jesus exclamou, o que implica não somente a altura da sua voz, mas a ternura de seus tons. Ele suplicou para que fôssemos reconciliados. “Oramos por vocês”, disse o apóstolo, “como se o próprio Deus suplicasse a vocês por nosso intermédio”. Que termos fervorosos, emocionantes, são estes! Quão profundo deve ser o amor que faz com que o Senhor chore pelos pecadores, e como uma mãe embale seus filhos em seu regaço! Certamente a cada apelo do Senhor nosso coração desejoso atenderá.

A provisão é feita mais abundantemente; tudo é providenciado para que o homem possa mitigar a sede da sua alma. Para sua consciência, a expiação traz paz; para sua compreensão, o exemplo traz a mais rica instrução; para seu coração, a pessoa de Jesus é o mais nobre objeto de afeição; para todo homem, a verdade como é encontrada em Jesus provê a nutrição mais pura. A sede é terrível, mas Jesus pode removê-la. Embora a alma esteja totalmente faminta, Jesus pode restaurá-la.

A proclamação é feita mais livremente para que cada sedento seja bem-vindo. Nenhuma outra distinção é feita senão a da sede. Quer seja a sede da avareza, da ambição, do prazer, do conhecimento ou de descanso, aquele que sofre disso é convidado. A sede pode ser má em si mesma, e não ser um sinal de graça, mas antes um sinal de pecado imoderado ansiando para ser gratificado com goles mais profundos de lascívia; mas não é a bondade na criatura que leva ao sedento o convite; o Senhor Jesus envia-o, gratuitamente, sem acepção de pessoas.

A personalidade é declarada mais plenamente. O pecador deve vir a Jesus, não a trabalhos, ordenanças ou doutrinas, mas para um Redentor pessoal, que carrega nossos pecados em seu próprio corpo sobre a cruz. O Salvador sangrando, morrendo e ressurgindo é a única estrela da esperança para um pecador. Oh! como anelo por graça, a vir agora e beber, antes que o Sol se ponha no último dia deste ano!

Beber representa uma recepção para a qual nenhuma aptidão é requerida. Um louco, um ladrão, uma prostituta podem beber; e tal pecaminosidade de caráter não é empecilho para o convite ao crente em Jesus. Não precisamos de taça de ouro, nem de cálice adornado, no qual transportar a água para o sedento; a boca da pobreza é convidada a inclinar-se e tomar goles da corrente que flui. Lábios cheios de bolhas, leprosos, sujos podem tocar a corrente do amor divino; eles não podem poluí-la, mas eles serão purificados. Jesus é a fonte da esperança. Caro leitor, ouça a voz amorosa do amado Redentor quando proclama a cada um de nós:

“SE ALGUÉM TEM SEDE, VENHA A MIM E BEBA”.

Fazendo o bem quando existe ódio – John Piper


Os milagres de Jesus nem sempre resultaram em fé salvadora. Alguns de seus contemporâneos ficaram mais impressionados com seu poder que com sua pessoa. A certa altura, os irmãos de Jesus demonstraram mais interesse pela aclamação pública recebida por "Jesus que pela beleza espiritual revelada em seus milagres. Eles tentaram torná-lo mais popular por causa de seus milagres em Jerusalém: "Ninguém que deseja ser reconhecido publicamente age em segredo. Visto que você está fazendo estas coisas, mostre-se ao mundo". O texto traz este complemento: "Pois nem os seus irmãos criam nele" (João 7.4,5).

Portanto, até o ministério de cura se enquadra no mandamento: “Façam o bem aos que os odeiam". Façamos uma pausa para assimilar esse mandamento. "Odiar" é uma palavra muito forte. Pense no que significa ser odiado e em como você se sentiria. Depois, reflita no ato maravilhoso de fazer o bem a quem o odeia. Jesus conhecia o significado de ser odiado (Lucas 19.14; João 7.7; 15.18,24,25) e deu a vida por todos os seus inimigos que porventura aceitassem seu amor. Quando disse:"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos" (João 15.13), Jesus não estava medindo a grandeza de seu amor pelo fato de morrer por seus amigos, e sim por fazer isso de livre vontade. Ao referir-se aos amigos, quis dizer que o propósito de sua morte para retirar a ira de Deus (João 3.14,15,36) e perdoar pecados (Mateus 26.28) só seria sentido por aqueles que no momento eram seus inimigos, se um dia deixassem de lado a inimizade e se tornassem seus amigos.

Jesus deixou claro que, assim como ele foi odiado, nós também seremos se o seguirmos. "Todos odiarão vocês por minha causa, mas aquele que perseverar até o fim será salvo" (Mateus 10.22). Disse também que o sofrimento seria maior ainda, porque o ódio partiria de ex-amigos:"Naquele tempo muitos ficarão escandaliza¬dos, trairão e odiarão uns aos outros" (Mateus 24.10). Pense nas emoções que afloram em seu coração quando alguém o odeia, profere mentiras a seu respeito e o ofende. A maioria de nós se sente no direito de revidar. Jesus ordena que nosso coração seja mudado. Poderá haver indignação legítima, mas o coração precisa desejar o bem de quem nos odiou e "fazer o bem" a ele. Nosso amor poderá resultar em arrependimento no coração de quem nos odiou, mas também a reação dele pode ser de desprezo (como ocorreu com o amor de Jesus). Isso, todavia, não é problema nosso. Jesus diz:"Façam o bem aos que os odeiam".

CAP 32 - UM ESTUDO SISTEMÁTICO DE DOUTRINA BÍBLICA A CEIA DO SENHOR

  

A Ceia do Senhor é a segunda ordenança da igreja. Foi instituída por Cristo na véspera de Sua traição e crucificação. E Cristo indicou que ela era para ser observada até Sua volta.
I. A NATUREZA DESTA ORDENANÇA
1. ELA NÃO É UM SACRAMENTO
Os católicos romanos fazem da Ceia do Senhor, que eles chamam a Eucaristia , um dos seus sete sacramentos. E no seu compêndio de teologia conhecida por Catecismo, define-se um sacramento como segue: "Um sacramento é um sinal visível ou ação instituído por Cristo para dar graça." Mas não há fundamento na Escritura para uma tal idéia da Ceia do Senhor. Se a graça é recebida por meio de um ato externo de obediência, não é totalmente sem mérito. Isto contradiz o ensino que a vida eterna é um dom (Rom. 6:23) e que somos justificados livremente, o que quer dizer gratuitamente, por nada (Rom. 3:24). Também contradiz o ensino da Escritura que não somos salvos por meio das obras (Ef. 2:8; Tito 3:5).
2. ELA É UMA ORDENANÇA SIMBÓLICA
Isso nega as duas coisas seguintes:
(1). Que o corpo e o sangue de Cristo estão atualmente presentes no pão e no vinho.
"A Igreja Católica ensinou sempre a seus filhos que, no momento em que o sacerdote, na Missa, pronuncia as palavras de consagração do pão e do vinho, estes mudam no sagrado corpo e sangue de Cristo." (The Seven Sacraments, Vincent Hornoyold, S. J.).
Num esforço para substanciar este ensino quanto a real presença de Cristo no pão e no vinho, apelam os católicos para as palavras de Jesus em João 6:48-58 e fazem duas suposições sem fundamento. Primeiro, eles supõem, em antagonismo direto com as próprias palavras de Cristo, que Ele falou literalmente quando Ele disse: "A menos que comais a carne do Filho do homem e bebais o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos." (João 6:53). No verso 63 Ele plenamente indicou que Ele falara figurativamente nos versos precedentes. Ele disse: "É o espírito que dá vida; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos falei são espírito e vida." Segundo, eles supõem, contrario ao texto, que Jesus aludia à nossa participação dEle na Eucaristia assim chamada. O verso quarenta e sete mostra que participamos dEle pela fé. Patente está a qualquer um não cegado por prejuízo que os versos quarenta e sete e cinqüenta e três são paralelos em sentido.
Os católicos então levam sua interpretação literal sem base de qualquer outra passagem que fala do corpo e do sangue de Cristo em conexão com a Ceia do Senhor. Este literalismo brota do misticismo paganistico embebido pelo catolicismo romano. O princípio fundamental de salvação pelas obras também da sua contribuição a esta perversão da simplicidade escrituristica.
(2). Que a celebração da ceia constitui uma repetição do sacrifício de Cristo.
À celebração da Eucaristia os católicos aplicam o nome de "Missa". E lemos: "Agora, na Missa oferece-se a Deus um sacrifício real, porque a humanidade de nosso bendito Senhor, por se colocar sob as formas do pão e do vinho, reduz-se equivalentemente ao estado inanimado de uma vitima, oferecida ao Pai Eterno pelo sacerdote". (The Seven Sacraments, Hornyold, pág. 10).
Em resposta a isto diz Strong: "Envolve isto a negação da inteireza do sacrifício passado de Cristo e a suposição que um sacerdote humano pode repetir ou acrescentar à expiação feita por Cristo uma vez por todas (Heb. 9:28 ? apax prosenekueis). A Ceia do Senhor nunca é chamada sacrifício, nem de altares, sacerdotes ou consagrações se fala jamais em o Novo Testamento. Os sacerdotes da velha dispensação são expressamente contrastado com os ministros da nova. Ministraram os primeiros sobre coisas sagradas, a saber, celebraram ritos sagrados e serviram no altar; mas os últimos " pregam o Evangelho" (1 Cor. 9:13, 14)."
II. O SIGNIFICADO SIMBÓLICO DA CEIA DO SENHOR
1. É UMA COMEMORAÇÃO DA MORTE DO SENHOR
Jesus disse: "Fazei isto em memória de mim." (1Cor. 11:24). A Ceia do Senhor, então, tende a refrescar nossas mentes quanto à morte vicária de Cristo.
2. É UMA PROCLAMAÇÃO DE SUA MORTE
Jesus também disse: "Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálix, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha." (1 Cor. 11:26). De modo que a Ceia é uma ordenança prédicante tanto como comemorativa. Este fato favorece observar-se a ordenança na presença de toda a congregação em vez de despedir-se à congregação e fazer a igreja observa-la privadamente. Desde que é uma ordenança prédicante, testemunhe-a quem quiser.
3. É UM LEMBRETE DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Notamos na passagem há pouco citada as palavras: "Proclamais a morte do Senhor até que Ele venha." Assim, todas as vezes que se observa a ordenança somos lembrados que a estamos observando por causa da ausência da presença corporal de Cristo e que algum dia o simbólico dará logar ao literal.
4. SIMBOLIZA O FATO QUE SOMOS SALVOS POR NOS ALIMENTARMOS DE CRISTO
Já frizamos que a nossa alimentação de Cristo não é literal. Participamos dEle pela fé e assim somos salvos, o eu está simbolizado na Ceia do Senhor.
5. FIGURA NOSSA NECESSIDADE DE PARTICIPARMOS CONSTANTEMENTE DE CRISTO PARA SUSTENTO ESPIRITUAL
A repetição desta ordenança manifesta que a fé, pela qual participamos de Cristo, não é meramente uma coisa momentânea mas contínua, pela qual a alma é sustentada constantemente.
6. ASSINALA A UNIDADE DA IGREJA
Em 1 Cor. 10:16-17 lemos: "O cálix de benção que abençoamos, não é uma comunhão de (ou participação em) o sangue de Cristo? O pão (ou fatia) que partimos não é uma comunhão de (ou participação em) o corpo de Cristo? Vendo que nós, que somos muitos, somos um pão (ou fatia), um corpo: porque todos participamos de um pão (ou fatia)."
Estes versos aventam o fato que a unidade da igreja se manifesta pelos membros participantes de uma fatia. Por essa razão o pão deverá ser trazido à mesa em uma fatia ou pedaço, doutra maneira o tipo não é tão impressivo.
III. OS ELEMENTOS DA CEIA DO SENHOR
Há dois e só dois elementos escrituristico, que são:
1. O PÃO ASMO
Diz Strong: "Ainda que o pão que Jesus partiu na instituição da ordenança foi indubitavelmente o pão asmo da Páscoa, não há nada no simbolismo da Ceia do Senhor que necessite o uso romanista da hóstia." (Systematic Theology, pág. 539). Quanto às palavras exatas desta afirmação, concordamos com Strong e vamos ainda mais longe e dizemos que o uso romanista da hóstia (um disco chato e pequeno de farinha tostada) tende a obscurecer uma parte do simbolismo da Ceia; mas entendemos que a afirmação de Strong implica que o simbolismo da Ceia não carece do uso do pão asmo. Carece e por três razões, a saber:
(1). Somente o pão asmo pode representar adequadamente o corpo sem pecado de Cristo
O fermento é, caracteristicamente, tipo do pecado e está assim representado em 1 Cor. 5, em conexão com a Ceia do Senhor.
(2). O pão asmo também responde a sinceridade de coração com que devemos participar da Ceia
"Guardemos a festa, não... com o fermento da malícia e da maldade, mas com o pão asmo da sinceridade e da verdade." (1 Cor. 5:8).
(3). O pão asmo, ainda mais, acentua a necessidade de purificar a igreja
Purificai, pois, o fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como sois sem fermento; porque a nossa páscoa foi sacrificada por nós, a saber Cristo: pelo que, façamos a festa, não com o fermento velho, etc." (1 Cor. 5:7,8). Esta passagem, seguindo a injunção de Paulo para excluir o incestuoso, mostra que ele ligou o pão asmo com a pureza da igreja.
Pelas razões supra, bolachas e pão fresco nunca devem ser usados na celebração da Ceia do Senhor. Melhor é não celebra-la do que celebra-la impropriamente.
2. O VINHO FERMENTADO
Damos três razões porque o vinho fermentado deverá ser usado:
(1). Cristo usou vinho na instituição da Ceia.
Sobre este ponto damos as seguintes citações:
"Todo judeu em a noite da Páscoa deve ter quatro copos de vinho vermelho" (A Páscoa Judaica e a Ceia do Senhor, por Harry Singer, noutro tempo superintendente da Missão Hebreu ? Cristã de Detroit, Mich.). Referência a Prov. 23:31 mostrará que qualidade de vinho é o vinho "vermelho".
Todo judeu sabe que a Ceia Pascoal deve ser celebrada bebendo-se vinho genuíno e não suco de uva sem fermento... Achareis tudo isto completamente corroborado se consultardes a Encyclopedia Judaica, que é a mais fidedigna e autorizada em todos os assuntos judaicos" (De uma carta pessoal ao autor deste por J. Hoffman Cohn, Secretário Geral da Junta Americana de Missões aos Judeus, de Broklin, N. Y.).
Leopold Cohn, editor de "The Chose People", em resposta à pergunta: "Era fermentado ou não o vinho da Páscoa." Disse: "Sim, segundo o ritual judaico nenhum vinho pode ser assim chamado e usado nas cerimônias, a menos que seja intoxicante. Mais ainda, o vinho usado na Páscoa era tão forte que tinha de ser misturado com água."
Grandes tentativas se têm feito para provar que o vinho bebido na Ceia do Senhor era sem fermento, pelos e por amor dos obreiros temperantes do nosso tempo e país. Tais tentativas são aptas a fazer mais mal do que bem entre aquelas famílias de costumes orientais hoje, ou a história dessas nações. Mas o apóstolo Paulo estabeleceu o caso de abstinência total em Rom. 14 de tal maneira que não carece da ajuda traidora de uma exegese duvidosa para seu apoio." (Peloubet?s Bible Dictionary).
Pretendem alguns que Cristo se absteve de todo uso do vinho. Mas isto se presume em face do fato que Cristo, logo antes de Sua morte, bebeu vinagre" (Marcos 15:36; Mat. 27:48; João 19:28-30), o qual, segundo Thayer, Broadus, Hovey e W. N. Clark (os três últimos escritores em "An American Commentary on the New Testament") era vinho azedo que os soldados bebiam.
(2). A igreja em Corinto usava vinho fermento na Ceia e não recebeu censura do apóstolo Paulo
Sabemos que a igreja em Corinto usava vinho porque, pelo abuso dele na Ceia, alguns ficavam bêbados (1 Cor. 11:21). Um léxico grego mostrará que a palavra grega aqui quer dizer exatamente o que nós comumente entendemos pelo termo "embriagado". Outros casos do uso da mesma palavra grega (methuo) achar-se-á em Mat. 24:49; Atos 2:15; 1 Tess. 5:7. A respeito desta palavra, lemos em "An American Commentary on the New Testament": "A palavra mesma significa está bêbado nada mais brando." A passagem é conclusiva quanto ao vinho usado por eles na Ceia do Senhor.
Marcos Dods diz: "Conquanto o vinho da Santa Comunhão tivesse sido tão feiamente abusado, Paulo não proíbe o seu uso na ordenança. Sua moderação e sabedoria não tem sido seguidas universalmente neste ponto. Em ocasiões infinitamente menos se tem introduzido na administração da ordenança no sentido de impedir seu abuso por bebedores reformados suscetíveis e por um pretexto ainda mais leve introduziu-se uma alteração mais violenta há muitos séculos pela Igreja de Roma."
(3). O simbolismo da Ceia requer vinho fermentado
Só o vinho fermentado corresponde ao pão asmo e é exigido pelas mesmas razões porque se requer o pão asmo.
Em resposta ao nosso inquérito, Frederic J. Haskin, Diretor do Bureau de Informação de Washington, D. C. , deu a seguinte significativa resposta: "O Bureau da Industria de Planta do Departamento de Agricultura dos EE. UU. diz que as uvas contêm naturalmente um agente levedante e que este está presente no suco. Quando então perguntamos o que acontecia a este fermento no processo da fermentação, o snr. Haskin respondeu: "O fermento é consumido no processo de fermentação, de modo que o produto acabado, ou vinho, não contém nenhum."
Mas alguém pergunta o que fazer com o voto que alguns fazem de nunca tocar intoxicante algum. Respondemos que a consistência escrituristica e uma comemoração adequada da morte do Senhor devem preceder a um voto ou qualquer outra coisa. É melhor quebrar um voto do que falhar em guardar este memorial convenientemente. Deus não prende a ninguém responsável pela observância de um voto que impede o votante de honrar a Cristo devidamente. Aos que fizeram votos deixai-os aderir ao compromisso em geral; mas não deixem o voto introduzir-se entre eles e a comemoração correta da morte de Cristo.
IV. A CEIA DO SENHOR É UMA ORDENANÇA DA IGREJA LOCAL
Por isto queremos dizer que é para ser observada somente pelos membros de uma igreja local. Não é para a igreja convidar à mesa quaisquer fora do seu rol de membros e por isto também queremos dizer que não é para ser observada por indivíduos ou grupos de indivíduos outros que não na capacidade de igreja.
Que é para ser observada somente pelos membros de uma igreja local damos aqui duas provas:
1. O PÃO SINGULAR NA CEIA SIMBOLIZA A UNIDADE DO CORPO SINGULAR
Para uma discussão disto, vide a segunda divisão deste capítulo. Agora, para outros, que não os membros da igreja observando a Ceia, participar é incongruente com o simbolismo.
2. HÁ CERTAS CLASSES QUE A IGREJA É MANDADA NÃO COMER COM ELAS
Vide 1 Cor. 5:11. Quando uma igreja convida a participar da Ceia aqueles de fora da sua comunidade, ela está desconsiderando atrevidamente esta injunção, porque ela não pode saber que alguns dos convidados não são das classes mencionadas em 1 Cor. 5:11.
V. A COMUNHÃO ULTRA RESTRITA CONSIDERADA
As provas supra de que a Ceia do Senhor é uma ordenança da igreja local, a ser observada somente pelos membros de determinada igreja, resolve a questão se membros de outras denominações deveriam ser convidados a participar da Ceia conosco. Mas desde que todos batistas não recebem a verdade quanto ao fato que a Ceia do Senhor é estritamente uma ordenança da igreja local, e desde que isto não faz a escrituralidade de nossa posição tão clara a gente de outras confissões como desejamos que seja, procedemos com uma consideração da comunhão ultra restrita assim chamada. Por que os batistas a praticam? Eles a praticam:
1. PORQUE CRISTO INSTITUIU A COMUNHÃO ULTRA RESTRITA.
Quando Cristo instituiu a Ceia, só os onze apóstolos estavam presentes com Ele, tendo Judas já se retirado. Jesus ali não teve Sua mãe nem outros dos Seus seguidores em Jerusalém. Ele não convidou, tanto quanto podemos lembrar, o homem em cuja casa a Ceia foi instituída. Porque? Porque a Ceia não foi para ninguém mais senão Sua igreja. Daí, desde que os batistas não consideram a outros como membros da igreja de Cristo, também não os convidam à Ceia.
2. PORQUE A ORDEM ESCRITURISTICA OBSERVADA NO PENTECOSTES E DEPOIS LEVA À COMUNHÃO ULTRA RESTRITA.
A ordem no Pentecostes e depois foi: (1) fé; (2) batismo; (3) comunhão com a igreja e (4) a Ceia do Senhor. Vide Atos 2:41,42. Esta é exatamente a ordem sobre que insistem os batistas. Eles não negam que outros tenham fé, mas negam que tenham recebido batismo válido e que sejam membros de uma igreja de Cristo.
3. PORQUE OS INTERESSES DA DISCIPLINA DE UMA IGREJA ESCRITURISTICA REQUEREM A PRÁTICA DA COMUNHÃO ULTRA RESTRITA.
Em Rom. 16:17 e 1 Tim. 6:3-5 temos implícito fundamento de disciplina excessiva no caso de ensinadores persistentes do erro doutrinal. A necessidade de unidade na igreja também faz necessária a disciplina excisica no caso a pouco mencionado.
Suponde agora que uma igreja ache preciso excluir um falso ensinador. Se a igreja pratica a comunhão livre, este falso ensinador pode ainda comungar com a igreja, não obstante o fato que participar da Ceia do Senhor é um dos privilégios mais íntimos e sagrados da comunidade da igreja. Concedendo que tal irá longe para nulificar a disciplina da igreja. Envolveria a igreja em notória incoerência. Se alguém não está ajustado para estar na igreja, ajustado não está para participar da Ceia do Senhor.
4. PORQUE É IMPOSSÍVEL OBSERVAR A CEIA DO SENHOR COM A COMUNHÃO LIVRE
Uma igreja pode comer pão asmo e beber vinho com um grupo com divisões presentes, mas Paulo plenamente diz que "não é possível comer a Ceia do Senhor" em tais circunstâncias. Vide 1 Cor. 11:19,20 na Versão Revista.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004 
Revisão: Luis Antonio dos Santos, 12/05

Teologia da prosperidade

  

A Teologia da prosperidade é um falso ensino que afirma que possuir bens materiais e riquezas são “direitos” daqueles que seguem a Cristo, e que ser pobre significa estar debaixo de “maldição”, em pecado, sem fé ou autoridade para “reivindicar” seus “direitos”.
“Porque haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos ouvidos, e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. (IITm.4.3).
Deus de fato é um Pai amoroso e abençoador, que supre nossas necessidades, mas de acordo com a vontade dele, e não da nossa, afinal nós é quem somos seus servos e Ele o Senhor, e não ao contrário. Não podemos reivindicar ou exigir direito algum, pois tudo o que ele nos dá é pela graça, que significa favor imerecido, e não um direito a ser exigido.
Os pregadores da teologia da prosperidade ou do “evangelho de mamom” alegam ter seus templos sob a bênção de Deus, pois esses vivem cheios e suas filiais se espalham por todos os lados, mas na verdade eles usam de covardes estratégias para lotarem suas igrejas, pois estimulam a cobiça do povo, prometem garantia de prosperidade material e terrena, transformam as dificuldades humanas em “maldições a serem quebradas”, exploram a fé e a miséria do povo, que se tornam presas fáceis desse engano e, motivados pelo interesse ou pelo desespero financeiro, se aglomeram nesses templos, sendo iludidos e persuadidos a um evangelho de facilidades, desprovidos da Verdade em Cristo, são induzidos a barganharem com Deus através de suas ofertas/dízimos e aprendem a usar o nome de Jesus como um mero detalhe e “fórmula mágica” para adquirirem seus desejos e riquezas, e quando essas falsas promessas não se cumprem se tornam frustrados e feridos, culpando a Deus e se sentindo rejeitados por ele.
Multidão de sacrifícios, “ofertas generosas”, templos cheios, ajuntamentos solenes e grandes festas “em nome de Deus” nem sempre são agradáveis e aceitáveis ao Senhor, Leiamos Isaías 1:11 a 14 as Palavras do próprio Deus: “De que me serve a multidão de vossos sacrifícios - diz o Senhor. Estou cansado dos holocaustos de carneiros e da gordura dos animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros e nem de bodes. Quando vinde para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes em meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs, o incenso é para mim abominação e também as festas de lua nova, os sábados e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada a ajuntamentos solenes.”

Jesus ou mamom?
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer-se de um e amar o outro, ou se devotará a um e desprezará a outro. Não podeis servir a Deus e a mamom (riquezas).” Mt 6:24.
Nessa passagem o próprio Jesus compara as riquezas, a cobiça material a outro senhor, nos mostrando que é como servir a outro deus, a um ídolo. É IDOLATRIA PURA!!! Porém muitos têm escolhido servir a mamom, e vários pregadores e pastores estão levando a igreja a se prostrar diante de altar estranho, rejeitando a Jesus. Se aprendemos que é impossível servirmos a dois senhores, sem amar a um e aborrecer o outro, se um é opositor ao outro, qual o senhor que está sendo servido no meio do povo que aceita a teologia da prosperidade?
A palavra de Deus nos alerta que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (I Tm.6:10) e que “ onde está o seu coração, aí está o seu tesouro.”(Mt 6:21). O verdadeiro evangelho ensina que somos peregrinos e forasteiros nesse mundo (Hb.11:13), que nossa herança está na eternidade(Mt 25:34).

Aceitando a proposta de satanás?
Em Mt. 4: 8 e 9 foi lançada uma tentadora proposta:
“Levou-o o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e lhe disse: tudo isso lhe darei se prostrado me adorares”.
A Teologia da prosperidade nada mais é do que essa mesma proposta de satanás feita a Jesus na tentação do deserto, e que hoje está se estendendo a nós e sendo aceita no meio da igreja, e muitos, sem discernimento, não percebem que estão se rendendo à glória desse mundo com toda sua riqueza, cobiça, ostentação e poder, e se prostrando, conseqüentemente ao adversário. Porém Jesus, a quem dizem servir, se negou a aceitar, respondendo: “Então Jesus ordenou: Retira-te satanás, porque está escrito:Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto”.( Mt.4:10).
Que a igreja do Senhor possa seguir a JESUS, não se prostrando a mamom, não se rendendo às propostas cobiçosas de satanás, adorando apenas ao Senhor Verdadeiro e buscando as coisas lá do alto. Que possamos retirar do nosso meio os “bezerros de ouro” que muitos têm levantado, que toda idolatria seja dissipada para glória de Deus!
“Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. (I Tm.6:8 a 10).

Desmascarando o engano
· Somos abençoados pelo que possuímos? Não! Jesus nos responde em Lc.12:15b: “...porque a vida de um homem não consiste na abundancia de bens que ele possui”.
· Para Deus quem tem riqueza material, tem necessariamente riqueza espiritual? Não! Vejamos em Lc.12:20 e 21: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo , mas não é rico para com Deus”.
· Para Deus aqueles que buscam apenas riquezas têm uma vida espiritual frutífera? Não! Leiamos em Mt.13:22: “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a Palavra, mas os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocaram a Palavra, e ficaram infrutíferas”.
· Quem é pobre foi rejeitado, esquecido ou amaldiçoado por Deus? Não! Em Tiago 2:5 aprendemos: “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do Reino que ele prometeu aos que o amam? Entretanto, porque menosprezais os pobres?”
· Os grandes homens de Deus tinham como principal característica os seus bens materiais? Não! Observamos: “Disse Pedro: Não tenho ouro, nem prata, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, Levanta-te e anda!”.(Atos 3:6).
· Uma igreja pobre financeiramente também é pobre espiritualmente? Não! Vejamos a carta enviada à igreja de Esmirna em Ap.2;9a : “ Conheço a tua tribulação e a tua pobreza ( mas tu és rico)...”
· Imensas igrejas, luxuosas e ricas podem ser miseráveis e pobres diante de Deus? Sim! Vejamos parte da carta à igreja de Laodicéia, em Ap.3:17: “...pois dizem: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.”
· Um alerta de Jesus aos mestres que colocam aquilo que é material acima do Próprio Senhor: “ai de vós, guias cegos, que dizeis: quem jurar pelo santuário, isto é nada, mas se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou. Insensatos e cegos! Pois qual é o maior: O ouro ou o altar que santifica o ouro? E dizeis: quem jurar pelo altar, isso é nada, quem, porém jurar pela oferta que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou. Cegos! Pois qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?”. Mt. 23:16 a 19.

Conclusão
Como provamos através da Palavra de Deus, a prosperidade pregada pelos homens está muito aquém da verdadeira prosperidade na ótica do Senhor. Pobres podem ser prósperos, enquanto quem confia em suas riquezas podem ser, na realidade espiritual, miseráveis. As coisas do Espírito se discernem espiritualmente (I co 2:13) e não materialmente.
Sejamos ricos ou pobres, o Senhor não faz acepção de pessoas (Rm.2:11). Ele comprou com seu sangue pessoas de todas as tribos, raças, povos e nações. Ele não rejeita ninguém.
Se aprouver a Deus permitir que alguns de seus servos sejam ricos, a eles ele deixou essa orientação: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona para o nosso aprazimento, que pratiquem o bem e sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir, que acumulem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que alcanceis a vida eterna”.(I Tm. 6:17 a 19).
Aos que não possuem bens, saibam que nossa esperança não está nas coisas perecíveis desse mundo:
Se nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes dos homens.” I Co 15:19

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O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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