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24 de jun. de 2010

A Bíblia e a Idolatria (Religião Católica)




Devem Todos os Cristãos Unir-se Com os Católicos?
por
Mike Gendron

Desde o alvorecer do novo milênio estamos testemunhando o maior impulso rumo à unidade ecumênica que o mundo já viu. A Igreja Católica Romana está freneticamente construindo pontes para todas as denominações cristãs. Mediante os dedicados esforços do Papa João Paulo II, o Vaticano está instando todos os professos cristãos a “voltarem para casa”, isto é, Roma. Diálogos e acordos têm sido iniciados e criados para buscar a unidade mediante crenças comuns. Um exemplo disso é a “Declaração Sobre a Doutrina da Justificação” assinada em 1999 entre luteranos e católicos-romanos. Nessa declaração, Roma emprega palavras equívocas e ambíguas para afirmar a concordância sobre a doutrina da “justificação pela fé somente” enquanto, ao mesmo tempo, conserva o anátema sobre todos quantos crêem nessa doutrina.
Não devemos ser enganados. Roma não alterou sua posição sobre coisas que realmente importam! Em vez disso, continua a tirar vantagem de professos cristãos a que falta o discernimento ou que não se dispõem a lutar por sua fé. A chave para o sucesso desse esforço pela unidade tem sido um compromisso de “amar uns aos outros e tolerar as crenças uns dos outros”. A proposta para todos os cristãos ignorarem suas diferenças doutrinárias em favor da unidade passa inteiramente por alto o fato de que os católicos-romanos, ortodoxos e muitas igrejas protestantes pregam um falso evangelho que nega a suficiência de Jesus Cristo e Sua obra redentora completada.
Esse movimento ecumênico tem propiciado terreno fértil para reedificar a torre de Babel religiosa. Multidões estão sendo influenciadas por evangelhos pervertidos, doutrinas de demônios e falsos mestres. Muitos mais estão sendo persuadidos por evangélicos de grande destaque a unirem-se nessa cruzada.
Não é de admirar que a Igreja Católica Romana tenha sido a força propulsora por detrás desse movimento ecumênico. Desde o fim do Concílio Vaticano II em 1965 Roma tem estado cortejando os que outrora chamava de “heréticos” passando a chamá-los de “irmãos separados”. Não sendo mais capaz de forçar as pessoas a se submeterem a seus papas sob ameaça de morte e perseguição, o Vaticano mudou sua estratégia para ganhar o mundo. Apresentando uma nova face de amor e preocupação para com esses “irmãos separados”, a ICR agora lhes oferece a “plenitude da salvação” mediante o retorno à “única igreja”.
Com tantos professos cristãos unindo-se às fileiras ecumênicas, há evidência do espírito do anticristo em operação preparando o terreno para essa religião universal. Impulsionando o movimento estão líderes eclesiásticos que negligenciam advertir suas congregações sobre a grande apostasia e crescente engano durante os últimos dias. Em lugar de os líderes eclesiásticos odiarem tudo quanto é falso, muitos estão tolerando falsas doutrinas e evangelhos falsificados (Salmo 119: 104, 128). Em lugar de líderes eclesiásticos denunciarem as doutrinas prevalencentes e agentes de comprometimento muitos os estão tolerando.
Tragicamente, muitos púlpitos estão também incrivelmente silentes com respeito às numerosas advertências escriturísticas contra o estar em jugo com incrédulos. Como subpastores do rebanho que lhes foi confiado, os pastores devem advertir suas ovelhas dos perigos da unidade ecumênica. Jesus e Seus discípulos nunca toleraram a unidade sem o fundamento da verdade bíblica. Vez após vez líderes religiosos dedicados, com suas próprias agendas, foram vigorosamente repreendidos:
• Jesus não deu as mãos a líderes religiosos que bloqueavam o acesso do reino dos céus aos homens (Mat. 23:13).
• Paulo não se uniu aos judaizantes que somente desejavam acrescentar a circuncisão ao evangelho (G á l. 1).
• Judas recusou cooperar com aqueles que se introduziam sorrateiramente para perverter a graça de Deus (Judas 4).
• João não buscou estabelecer unidade com aqueles que “saíram do nosso meio, entretanto não eram dos nossos” (1 Jo ão 2:19).
• Pedro nunca deu as mãos a falsos mestres que haviam abandonado a rota certa e se desviado, seguindo o caminho de Balaão (2 Pedro 2:15).
• O autor de Hebreus nunca se uniu com aqueles que negligenciavam tão grande salvação (Hebreus 2:3).

À luz dessa “nuvem de testemunhas” que se nos apresenta fica-se a admirar por que alguns evangélicos ignoram as lições das Escrituras, abraçando o falso evangelho do catolicismo romano. Seguramente não ignoram seus numerosos anátemas que condenam os cristãos nascidos de novo! Certamente não são ignorantes dos muitos requisitos adicionais que Roma adicionou ao evangelho de salvação. Poderiam ser tão facilmente persuadidos pela influência mundial da Igreja Católica, sua incrível riqueza, um bilhão de seguidores e um líder que é tão amado por todo o mundo?

Como Nos Proteger em Meio do Engano Religioso Que Prevalece no Mundo Moderno?
Como devem os cristãos proteger-se em meio ao engano religioso que é tão prevalecente no mundo moderno? A Bíblia nos exorta a provar todo ensino. Somos advertidos a não crer em todo espírito porque muitos falsos profetas estão pelo mundo. É somente pela Palavra de Deus que podemos conhecer o Espírito da Verdade e o espírito do erro (1 João 4:1, 6). Devemos ser como os bereanos que examinavam as Escrituras diariamente para verificar a veracidade dos ensinos do apóstolo Paulo (Atos 17:11). Se Paulo, que escreveu quase metade do Novo Testamento, foi provado, torna-se patente que todo sacerdote, papa, profeta ou pregador devia ser também examinado à luz da Santa Palavra de Deus.
Então, o que devemos fazer com os falsos mestres dentro da cristandade? Não devemos compartilhar de seus esforços mas expor seus falsos ensinos (Efés. 5:6, 11). Com delicadeza devemos corrigir aqueles que estão em erro na esperança de que Deus possa conceder-lhes o arrependimento e conduzi-los à verdade (2 Tim. 2:25). Os que professam “conhecer a Deus, mas os seus atos o negam” devem ser denunciados e silenciados de modo a que outros não sejam enganados (Tito 1:9-16). Os que não ouvirem ao ensino apostólico não são de Deus. Temos ordens de nos separar daqueles que persistem com falsos ensinos ( Romanos 16:17; Tito 3:10). Para alguns, isso pode significar encontrar outra igreja; para outros, pode significar interromper o apoio a ministérios que continuam a comprometer o evangelho.
Ao aumentarem os enganos dos tempos finais e mais e mais pessoas serem levadas à apostasia, devemos combater fervorosamente pela fé uma vez confiada aos santos (Judas 3). Na medida em que maiores contingentes de líderes cristãos buscarem a aprovação dos homens em lugar da de Deus, o caminho da verdade se tornará mais estreito e menos percorrido. Os que permanecerem fiéis serão perseguidos por se recusarem a comprometer-se (2 Timóteo 2:12). Serão acusados de intolerância, falta de amor e mente estreita. Mas sempre devemos ter em mente as advertências dos apóstolos--se não nos separarmos dos falsos mestres podemos desqualificar-nos para o serviço (2 Timóteo 2:20), identificando-nos com eles em seu erro (2 João 10, 11), ou arricar-nos a participar de seu destino (Judas 11-13).
Na medida em que líderes eclesiásticos continuarem a ensinar verdades parciais e tolerarem o erro doutrinário o corpo de Cristo deve tomar providências. Precisamos evitar a repreensão que Paulo fez à igreja dos coríntios. Ele escreveu: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não temos abraçado, a esses de boa mente o tolerais” (2 Cor. 11:3-4).
Ao crescer em popularidade o movimento ecumênico dentro da igreja, precisamos aceitar o fato de que militar pela pureza doutrinária será uma posição impopular a assumir. Contudo, é de fato o que somos chamados a fazer! Ao assinalarmos falsas doutrinas e práticas seremos bons servos de Cristo Jesus, pois somos nutridos por Sua palavra e sã doutrina (1 Timóteo 4:6). Sustentar a verdade pode, e ser á, divisivo na igreja, mas a divisão lhe é às vezes boa. Ocasionalmente é necessário mostrar quais são os aprovados por Deus (1 Coríntios 11:19).
Os que se batem pela pureza do evangelho são freqüentemente criticados por criarem caso por coisas que não parecem significativas. Contudo, os militantes pela fé reconhecem que a mentira mais perigosa é aquela que mais de perto parece ser verdade. Ao contrário disso, os ecumenistas consideram qualquer coisa que tenha aparência de verdade como uma oportunidade para a unidade. Assim, acatam o falso evangelho do catolicismo porque é a mais sutil de todas as contrafações.
Nestes dias de apostasia, o corpo de Cristo precisa ousada e corajosamente proclamar todo o conselho de Deus e denunciar como erro tudo quanto a ele se oponha. Que Deus conceda a todos os Seus servos a graça, poder, discernimento e coragem para serem combatentes pela fé.
 Infalibilidade Papal
por
Bispo Strossmayer


Veneráveis padres e irmãos: Não sem temor, porém com uma consciência livre e tranqüila, ante Deus que nos julga, tomo a palavra nesta augusta assembléia. Prestei toda a minha atenção aos discursos que se pronunciaram nesta sala, e anseio por um raio de luz que, descendo de cima, ilumine a minha inteligência e me permita votar os cânones deste Concílio Ecumênico, com perfeito conhecimento de causa.
Compenetrado da minha responsabilidade, pela qual Deus me pedirá contas, estudei com a mais escrupulosa atenção os escritos do Antigo e do Novo Testamento, e interroguei esses veneráveis monumentos da Verdade: se o pontífice que preside aqui é verdadeiramente o sucessor de São Pedro, vigário do Cristo e infalível doutor da Igreja.
Transportei-me aos tempos em que ainda não existiam o ultramontanismo [1] nem o galicanismo [2] , em que a Igreja tinha por doutores: São Paulo, São Pedro, São Tiago e São João, aos quais não se pode negar a autoridade divina, sem pôr em dúvida o que a santa Bíblia que o Concílio de Trento proclamou como a regra da Fé e da Moral. Abri essas sagradas páginas e sou obrigado a dizer-vos: nada encontrei que sancione, próxima ou remotamente, a opinião dos ultramontanos!
E maior é a minha surpresa quando, naqueles tempos apostólicos, nada há que fale de papa para sucessor de S. Pedro e vigário de Jesus Cristo! Vós, Monsenhor Manning, direis que blasfemo; vós Monsenhor Pio, direis que estou demente!
Não, Monsenhores; não blasfemo nem perdi o juízo! Tendo lido todo o Novo Testamento, declaro, ante Deus e com a mão sobre o crucifixo, que nenhum vestígio encontrei do papado.
Não me recuseis a vossa atenção, meus veneráveis irmãos! Com os vossos sussurros e interrupções justificais os que dizem, como o padre Jacinto, que este Concílio não é livre; se assim for, tende em vista que esta augusta assembléia, que prende a atenção de todo o mundo, cairá no mais terrível descrédito.
Agradeço a Sua Ex., o Monsenhor Dupanloup, o sinal de aprovação que me faz com a cabeça; isso me alenta e anima prosseguir.
Lendo, pois os santos livros, não encontrei neles um só capítulo, um só versículo que dê a São Pedro a chefia sobre os Apóstolos.
Não só o Cristo nada disse sobre esse ponto, como, ao contrário, prometeu tronos a todos os Apóstolos (Mateus, cap. XIX, v. 28), sem dizer que o de Pedro seria o mais elevado que os dos outros!
Que diremos do seu silêncio?
A lógica nos ensina a concluir que o Cristo nunca pensou em elevar Pedro à chefia do Colégio Apostólico.
Quando Cristo enviou os seus discípulos a conquistar o mundo, a todos — igualmente — fez a promessa do Espírito Santo. Dizem as Santas Escrituras que até proibiu a Pedro e a seus colegas de reinarem ou exercerem senhorio (Lucas, XXII, 25 e 26). Se Pedro fosse eleito papa Jesus não diria isso, porque, segundo a nossa tradição, o papado tem uma espada em cada mão, simbolizando os poderes espiritual e temporal. Ainda mais: se Pedro fosse papa ou chefe dos Apóstolos, permitiria que esses seus subordinados o enviassem, com João, à Samaria, para anunciar o Evangelho do Filho de Deus? (Atos, c. VIII, v. 14).
Que direis vós, veneráveis irmãos, se nos permitíssemos, agora mesmo, mandar Sua Santidade Pio IX, que aqui preside, e Sua Eminência, Monsenhor Plantier, ao Patriarca de Constantinopla, para convencê-lo de que deve acabar com o cisma do oriente? O símile é perfeito, haveis de concordar.
Mas temos coisa ainda melhor:
Reuniu-se em Jerusalém um concílio ecumênico para decidir questões que dividiam os fiéis. Quem devia convocá-lo? Sem dúvida, Pedro, se fosse papa. Quem devia presidir a ele? Por certo, Pedro. Quem devia formular e promulgar os cânones? Ainda Pedro, não é verdade? Pois bem: nada disso sucedeu! Pedro assistiu ao concílio com os demais Apóstolos, sob a direção de São Tiago! (Atos, cap. XV).
Assim, parece-me que o filho de Jonas não era o primeiro, como sustentais.
Encarando agora por outro lado, temos: enquanto ensinamos que a Igreja está edificada sobre Pedro, S. Paulo (cuja autoridade devemos todos acatar) diz-nos que ela está edificada sobre o fundamento da fé dos Apóstolos e Profetas, sendo Jesus Cristo a principal pedra do ângulo. (Epistola aos Efésios, cap. II, v. 20) Esse mesmo Paulo, ao enumerar os ofícios da Igreja, menciona apóstolos, profetas, evangelistas e pastores; e será crível que o grande Apóstolo dos gentios se esquecesse do papado, se o papado existisse? Esse olvido me parece tão impossível como um historiador deste Concílio que não fizesse menção de Sua Santidade Pio IX.
(Apartes: Silêncio, herege! Silêncio!)·...
Calmai-vos, veneráveis irmãos, porque ainda não conclui, impedindo-me de prosseguir, provareis ao mundo que sabeis ser injustos, tapando a boca do mais pequeno membro desta assembléia.
Continuarei:
O Apóstolo Paulo não faz menção, em nenhuma das suas Epistolas, às diferentes Igrejas, da primazia de Pedro; se essa existisse e se ele fosse infalível como quereis, poderia Paulo deixar de mencioná-la, em longa Epístola sobre tão importante ponto?
Concordai comigo. A Igreja nunca foi mais bela, mais pura e mais santa que naqueles tempos em que não tinha papa.
(Apartes: Não é exato; não é exato!).
Porque negais, Monsenhor de Laval? Se algum de vós outros, meus veneráveis irmãos, se atreve a pensar que a Igreja, que hoje tem um papa (que vai ficar infalível), é mais firme na fé e mais pura na moralidade que a Igreja Apostólica, diga-o abertamente ante o Universo, visto como este recinto é um centro do qual as nossas palavras voam de pólo a pólo! Calai-vos? Então continuarei:
Também nos escritos de S. Paulo, de S. João, ou de S. Tiago, não descubro traço algum do poder papal! S. Lucas, o historiador dos trabalhos Apostólicos, guarda silêncio sobre tal assunto!
Isso deve preocupar-vos muito.
Não me julgueis um cismático!
Entrei pela mesma porta que vós outros; o meu título de Bispo deu-me direito a comparecer aqui, e a minha consciência, inspirada no verdadeiro Cristianismo, me obriga a dizer-vos o que julga ser verdade.
Pensei que, se Pedro fosse vigário de Jesus Cristo, ele não o sabia, pois que nunca procedeu como papa: nem no dia de Pentecostes, quando pregou o seu primeiro sermão, nem no Concílio de Jerusalém, presidido por S. Tiago, nem na Antioquia, e nem nas Epístolas que dirigia às Igrejas. Será possível que ele fosse papa sem o saber?
Parece-me escutar de todos os lados: Pois S. Pedro não esteve em Roma? Não foi crucificado de cabeça para baixo? Não existem os lugares onde ensinou e os altares onde disse missa nessa cidade?
E eu responderei: Só a tradição, veneráveis irmãos, é que nos diz ter S. Pedro estado em Roma; e como a tradição é tão somente a tradição da sua estada em Roma, é com ela que me provareis o seu episcopado e a sua supremacia?
Scalígero, um dos mais eruditos historiadores, não vacila em dizer que o episcopado de S. Pedro e a sua residência em Roma se devem classificar no número das lendas mais ridículas!
(Repetidos gritos e apartes: Tapai-lhe a boca, fazei-o descer desta cadeira!).
Meus veneráveis irmãos, não faço questão de calar-me como quereis, mas não será melhor examinar todas as coisas como manda o Apóstolo, e crer só no que for bom? Lembrai-vos de que temos um ditador ante o qual todos nós, mesmo Sua Santidade Pio IX, devemos curvar a cabeça: Esse ditador, vós bem o sabeis, é a História!
Permiti que repita: Folheando os sagrados escritos não encontrei o mais leve vestígio do papado nos tempos apostólicos! E percorrendo os anais da Igreja, nos quatro primeiros séculos, o mesmo me sucedeu! Confessar-vos-ei que o que encontrei foi o seguinte:
Que o grande Santo Agostinho, bispo de Hipona , honra e glória do Cristianismo e secretário no Concílio de Melive, nega a supremacia ao bispo de Roma.
Que os bispos da África, no sexto Concílio de Cartago, sob a presidência de Aurélio, bispo dessa cidade, admoestavam Celestino, bispo de Roma, por supor-se superior aos demais bispos,enviando-lhes comissionados e introduzindo o orgulho na Igreja.
Que, portanto o papado não é instituição divina.
Deveis saber meus veneráveis irmãos, que os padres do concílio de Calcedônia colocaram os bispos da antiga e nova Roma na mesma categoria dos demais bispos.
Que aquele sexto Concílio de Cartago proibiu o titulo de “Príncipe dos Bispos”, por não haver soberania entre eles.
E que São Gregório I escreveu estas palavras, que muito aproveitam a tese: — Quando um Patriarca se intitula “Bispo Universal”, o titulo de Patriarca sofre incontestavelmente descrédito. Quantas desgraças não devemos esperar, se entre os sacerdotes se suscitar tais ambições? Esse “bispo” será o rei dos orgulhosos! — (Pelágio II, Cent. 13).
Com tais autoridades e com muitas outras que poderia citar-vos, julgo ter provado que os primeiros bispos de Roma não foram reconhecidos como bispos universais ou papas, nos primeiros séculos do Cristianismo.
E, para mais reforçar os meus argumentos, lembrarei aos meus veneráveis irmãos que foi Osio, bispo de Cordova quem presidiu ao primeiro Concílio de Nicéia, redigindo os seus cânones; e que foi ainda esse bispo que, presidindo ao Concílio de Sardica, excluiu o enviado de Julio, bispo de Roma!
Mas da direita me citam estas palavras do Cristo — Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.
Sois, portanto chamados para este terreno.
Julgais veneráveis irmãos, que a rocha ou pedra sobre que a Santa igreja está edificada, é Pedro; mas permiti que eu discorde desse seu modo de pensar.
Diz São Cirilo, no seu quarto livro sobre a Trindade: “A rocha ou pedra de que nos fala Mateus, é a fé imutável dos Apóstolos”.
S. Olegário, bispo de Poitiers, em seu segundo livro sobre a Trindade, repete: Que aquela pedra é a rocha da fé confessada da boca de S. Pedro. E no seu sexto livro, mais luz nos fornece, dizendo: É sobre esta rocha da confissão da fé que a Igreja está edificada. S. Jerônimo, no sexto livro sobre S. Mateus, é de opinião que Deus fundou sua Igreja sobre a rocha ou pedra que deu o seu nome a Pedro.
Nas mesmas águas navega São Crisóstomo quando, em sua homilia 56 a respeito de Mateus, escreve: — Sobre esta rocha edificarei a minha Igreja: e esta rocha é a confissão de Pedro. E eu vos perguntarei, veneráveis irmãos, qual foi a confissão de Pedro?
Já que não me respondeis eu vo-la direi: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus”. Ambrósio, o santo Arcebispo de Milão, S. Basílio de Salência e os padres do Concílio de Calcedônia ensinam precisamente a mesma coisa.
Entre os doutores da antiguidade cristã, Santo Agostinho ocupa um dos primeiros lugares, pela sua sabedoria e pela sua santidade. Escutai como ele se expressa sobre a primeira Epistola de S. João: Edificarei a minha Igreja sobre esta rocha, significa claramente que é sobre a fé de Pedro.
No seu tratado 124, sobre o mesmo S. João, encontra-se esta significativa frase: Sobre esta rocha, que acabais de confessar, edificarei a minha Igreja; e a rocha era o próprio Cristo, filho de Deus. Tanto esse grande e santo bispo não acreditava que a Igreja fosse edificada sobre Pedro, que disse em seu sermão nº 13: — Tu és Pedro, e sobre essa pedra ou rocha que me confessaste, que reconheceste, dizendo: Tu és o Cristo, o filho de Deus vivo; edificarei a minha Igreja, sobre mim mesmo; pois sou o filho do Deus vivo. Edificarei sobre mim mesmo e não sobre ti. Haverá coisa mais clara e positiva?
Deveis saber que essa compreensão de Santo Agostinho, sobre tão importante ponto do Evangelho, era a opinião corrente no mundo cristão naqueles tempos. Estou certo de que não me contestareis.
Assim é que resumindo vos direi:
1º - Que Jesus deu aos outros Apóstolos o mesmo poder que deu a Pedro.
2º - Que os Apóstolos nunca reconheceram em S. Pedro a qualidade de vigário do Cristo e infalível doutor da Igreja.
3º - Que o mesmo Pedro nunca pensou ser papa, nem fez coisa alguma como papa.
4º - Que os Concílios dos quatro primeiros séculos nunca deram, nem reconheceram o poder e a jurisdição que os bispos de Roma queriam ter.
5º - Que os Santos Padres, na famosa passagem: — Tu és Pedro, e sobre esta pedra (a confissão de Pedro) edificarei minha Igreja — nunca entenderam que a Igreja estava edificada sobre Pedro (super petrum), e sim sobre a rocha (super petram), isto é: sobre a confissão da fé do Apóstolo!
Concluo, pois, com a História, a razão, a lógica, o bom senso e a consciência do verdadeiro cristão, que Jesus não deu supremacia alguma a Pedro, e que os bispos de Roma só se constituíram soberanos da Igreja, confiscando, um por um, todos os direitos de episcopado!
(Vozes de todos os lados: Silêncio, insolente, silêncio, silêncio!).
Não sou insolente! Não, mil vezes não!
Contestai a História, se ousais fazê-lo; mas ficai certos de que não a destruireis! Se avancei alguma inverdade, ensinai-me isso com a História, à qual vos prometo fazer a mais honrosa apologia. Mas compreendei que eu não disse tudo quanto quero e posso dizer. Ainda que a fogueira me aguardasse lá fora, eu não me calaria!
Sedes pacientes como manda Jesus. Não junteis a cólera ao orgulho que vos domina!
Disse Monsenhor Dupanloup, nas suas célebres — Observações — sobre este Concílio do Vaticano, e com razão, que, se declararmos infalível a Pio IX, necessariamente precisamos sustentar que infalíveis também eram os seus antecessores. Porém, veneráveis irmãos, com a História na mão, eu vos provarei que alguns papas faliram.
Passo a provar-vos, veneráveis irmãos, com os próprios livros existentes na biblioteca deste Vaticano, como é que faliram alguns papas que nos têm governado:
O papa Marcelino entrou no templo de Vesta e ofereceu incenso à deusa do paganismo. Foi, portanto, idólatra; ou pior ainda: foi apostata!
Libório consentiu na condenação de Atanásio; depois passou para o Arianismo [3] .
Honório aderiu ao Monotelismo [4] .
Gregório I chamava Anti-Cristo ao que se impunha como — Bispo Universal; — e, entretanto Bonifácio III conseguiu do parricida Imperador Focas obter esse titulo em 607. Pascoal II e Eugênio III autorizavam os duelos, condenados pelo Cristo; enquanto que Julio II e Pio IV os proibiram. Adriano II, em 872, declarou válido o casamento civil; entretanto, Pio VII, em 1823, condenou-o.
Xisto V publicou uma edição da Bíblia e, com uma bula, recomendou a sua leitura; e aquele Pio VII excomungou a edição. Clemente XIV aboliu a Companhia de Jesus, permitida por Paulo III; e o mesmo Pio VII a restabeleceu.
Porém, para que mais provas? Pois o nosso Santo Padre Pio IX não acaba de fazer a mesma coisa quando, na sua bula para os trabalhos deste Concílio, dá como revogado tudo quanto se tenha feito em contrário ao que aqui for determinado, ainda mesmo tratando-se de decisões dos seus antecessores?
Até isso negareis?
Nunca eu acabaria, meus veneráveis irmãos, se me propusesse a apresentar-vos todas as contradições dos papas, em seus ensinamentos. Como então poderá dar-lhes a infalibilidade? Não sabeis que, fazendo infalível Sua Santidade, que presente se acha e me ouve, tereis que negar a sua falibilidade e a de seus antecessores?
E vos atrevereis a sustentar que o Espírito Santo vos revelou que a infalibilidade dos papas data apenas deste ano de 1870? Não vos enganeis a vós mesmos: Se decretardes o dogma da infalibilidade papal, vereis os protestantes, nossos rancorosos adversários, penetrarem por larga brecha com a bravura que lhes dá a História.
E que tereis vós a opor-lhes? O silêncio, se não quiserdes desmoralizar-vos.
(Gritos: É demais; basta, basta!).
Não griteis, Monsenhores! Temer a História, é confessar-vos derrotados! Ainda que pudésseis fazer rolar toda a água do Tibre sobre ela, não borraríeis nem uma só das suas páginas!
Deixai-me falar e serei breve.
Vergílio comprou o papado de Belisário, tenente do Imperador Justiniano. Por isso, foi condenado no segundo Concílio de Calcedônia, que estabeleceu este cânone: — O bispo que se eleve por dinheiro será degradado.
Sem respeito àquele cânone, Eugênio III, seis séculos depois, fez o mesmo que Vergílio, e foi repreendido por São Bernardo, que era a estrela brilhante do seu tempo.
Deveis conhecer a história do papa Formoso; Estevão XI fez exumar o seu corpo, com as vestes pontificiais; mandou cortar-lhe os dedos e o arrojou ao Tibre. Estevão foi envenenado; e tanto Romano como João, seus sucessores, reabilitaram a memória de Formoso.
Lede Plotino, lede Barônio, o Cardeal!
É dele que me sirvo.
Barônio chega a dizer que as poderosas cortesãs vendiam, trocavam e até mesmo se apoderavam dos bispados; e, horrível é dizê-lo, faziam papas os seus amantes!
Genebrado sustenta que, durante 150 anos, os papas, em vez de apóstolos, foram apóstatas.
Deveis saber que o papa João XII foi eleito com a idade de dezoito anos tão somente; e que o seu antecessor era filho do Papa Sérgio com Marózzia.
Que Alexandre VI era, nem me atrevo a dizer o que ele era de Lucrécia; e que João XXII negou a imortalidade da alma, sendo deposto pelo Concílio de Constança.
Já nem falo dos cismas que tanto têm desonrado a Igreja. Volto porém, a dizer-vos que, se decretais a infalibilidade do atual bispo de Roma, devereis decretar também a de todos os seus antecessores; mas, atrever-vos-eis a tanto?
(Gritos: Descei da cadeira, descei já; tapemos a boca desse herege).
Não griteis, meus veneráveis irmãos, com gritos nunca me convencereis. A História protestará eternamente sobre o monstruoso dogma da infalibilidade papal; e quando mesmo todos vós o aproveis, faltará um voto, e esse voto é o meu!
Mas, voltemos à doutrina dos Apóstolos:
Fora dela só há erros, trevas e falsas tradições. Tomemos a eles e aos Profetas pelos nossos únicos mestres, sob a chefia de Jesus. Firmes e imóveis como a rocha, constantes e incorruptíveis nas inspiradas Escrituras, digamos ao mundo: Assim como os sábios da Grécia foram vencidos por Paulo, assim a Igreja Romana será também vencida pelo seu 98!
(Gritos clamorosos: Abaixo o protestante! Abaixo o calvinista! Abaixo o calvinista! Abaixo o traidor da Igreja!).
Os vossos gritos, Monsenhores, não me atemorizam, e só vos comprometem. As minhas palavras têm calor, mas a minha cabeça está serena. Não sou de Lutero, nem de Calvino, nem de Paulo, e sim, e tão somente do Cristo.

(Novos gritos: Anátema! Anátema! Anátema vos lançamos!).
Anátema! Anátema! Para os que contrariam a doutrina de Jesus! Ficai certos de que os Apóstolos, se aqui comparecessem, vos diriam a mesma coisa que acabo de declarar-vos.
Que lhes diríeis vós, se eles, que predicaram e confirmaram com seu sangue, lembrando-vos o que escreveram, vos mostrassem o quanto tendes deturpado o Evangelho do amado Filho de Deus? Acaso lhes diríeis: Preferimos a doutrina dos Loiólas à do Divino Mestre? Não! Mil vezes não! A não ser que tenhais tapado os ouvidos, fechado os olhos e embotado a vossa inteligência, o que não creio.
Oh! Se Deus quer castigar-nos, fazendo cair pesadamente a sua mão sobre nós, como fez ao Faraó, não precisa permitir que os soldados de Garibaldi nos expulsem daqui; basta deixar que façais de Pio IX um Deus, como já fizestes uma deusa da Virgem Maria.
Evitai, sim, evitai, meus veneráveis irmãos, o terrível precipício a cuja borda estais colocados. Salvai a Igreja do naufrágio que a ameaça, e busquemos todos, nas Sagradas Escrituras, a regra da fé que devemos crer e professar, Digne-se Deus assistir-me.
Tenho concluído!
(Todos os padres se levantaram, muitos saíram da sala; porém alguns prelados italianos, americanos, alemães, franceses e ingleses rodearam o inspirado orador e, com fraternais apertos de mão, demonstraram concordar com o seu modo de pensar).
Coisa singular; desde a tal infalibilidade dos papas, vê-se a Igreja como que atirar-se em um despenhadeiro, de cabeça para baixo! Quão inspirado estava esse bispo Strossmayer!

NOTAS:
1. Doutrina e política dos católicos sobretudo franceses que se apoiavam na Cúria Romana (além dos montes), opondo-se aos Galicanos no séc. XVII. O termo passou a significar o sistema e a tendência dos que sustentam a autoridade absoluta do papa em matéria de fé e disciplina como poder centralizado e único.
2. Doutrina surgida em dois momentos históricos: no séc. XIV, defendendo a ingerência dos reis franceses em negócios eclesiásticos; e no séc. XVII, preconizando a autonomia dos bispos franceses em relação a autoridade pontifícia.
3. Doutrina professada por Ário, padre alexandrino do séc. IV, que subordinava o Logos ao Pai, o único eterno e verdadeiro Deus. Foi condenada pelo Concílio de Nicéia (325). O arianismo expediu-se durante todo o século chegando a formar radicais como a dos anomeus. Foi definitivamente eliminado do Império, após numerosas flutuações e tomadas de posição contraditórias.
4. Doutrina Teológica defendida no séc. VII por Sérgio, patriarca de Constantinopla, como desdobramento do monofisismo. Sustentava que Cristo possuía uma única vontade ou energia por causa da unidade de pessoa e de natureza. Foi reprovada pelo 3º Concílio de Constantinopla em 680 - 681.


Discurso pronunciado no célebre Concílio de 1870 pelo Bispo Strossmayer.
Texto extraído do livro: Roma e o Evangelho – resumidos e publicados por D. José Amigó Y Pellicer.



O Papa está no Inferno
por
Dr. C. Matthew McMahon




Provérbios 17:15: Aquele que justifica o ímpio, e aquele que condena o justo, um e o outro são abomináveis ao SENHOR.
Uma das figuras mais marcantes da história da igreja, da mesma extensa linhagem de outros tantos do catolicismo romano, morreu em 2 de abril de 2005, sábado, o Papa João Paulo II. Veio a falecer em conseqüência das complicações relacionadas ao Mal de Parkinson com 84 anos de idade. De acordo com Roma, João Paulo teve, de todos os papas, o terceiro mais longo pontificado, atrás apenas de São Pedro (30-64 ou 67 AD), que serviu 34 ou 37 anos, e de Pio IX (1846-1878), que serviu 31 anos e sete meses. Toda a cobertura de sua morte, por meio da Internet, centenas de revistas, jornais, TV a cabo, rádio, e por agências noticiosas de todo o mundo, foi feita dentro de um clima de profunda comoção. As pessoas lamentam e crêem que ele foi para céu porque era “o santo padre” e por que Deus “lhe deu o repouso” de seus “sofrimentos”. Para os católicos romanos, pelos méritos super-rogatórios dos santos falecidos, adicionados aos seus próprios, eles são conduzidos às bem-aventuranças do céu, e evitam o fogo da purificação de um milhão de anos, ou mais, no purgatório. Talvez seja por meio das intercessões de Maria que se possa conseguir isso. Talvez sejam suficientemente bons para terem conseguido isso por suas próprias obras. Uma senhora idosa, entrevistada por um repórter de TV local disse, “Espero que o Senhor o receba” (assim expressando, talvez não seja tão “católica romana” quanto pensa). Os católicos romanos acreditam que o papa foi direto para o céu, tanto que outro entrevistado disse, “tenho certeza absoluta que ele era um santo”. Os jornais o chamaram de o “papa do povo”. Por todo o mundo milhares (milhões) ficaram de luto por sua morte. O servo de Deus, vigário de Cristo na terra, aquele que intercedia em nome dos milhões dos católicos romanos diante da Santa Virgem Maria, oh, sim, e diante do filho dela, também, Jesus, foi direto para o céu. Sim, foi para o céu, pelo menos de acordo com os católicos romanos, e naturalmente, de acordo com o que noticiara o telejornal do início de noite! Está num lugar melhor agora. Os anjos estão lhe dando boas-vindas, e os presidentes, reis, rabinos, ministros de igreja, e outros, todos, estão por lá o saudando com palavras como “grande homem” pela sua passagem. Deus deu-lhe o repouso.
Fantasia.
Ignorância.
Emocionalismo.
Absurdo.
Assim como os seus predecessores, O Papa João Paulo II está queimando no inferno por toda a eternidade. É triste essa realidade, mas é a pura verdade.
Por quê?
Porque ele escondeu o verdadeiro Evangelho e ensinou o falso Evangelho, contrário à Palavra do Senhor Jesus Cristo e ao testemunho apostólico da verdade. A Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, o condena (tanto a ele como qualquer que afronte à verdade) como falso mestre e arqui-heresiarca, enganador e filho do diabo.
Historicamente, a igreja cristã ortodoxa tem condenado o papado como anti-cristão. O papado não é somente não cristão , mas também abertamente anti- cristão. Os papas de Roma não são santos, nem santos padres, mas advogados do Pai da Mentira. Eles estão assentados numa das mais altas cadeiras no reino das trevas sob o domínio do próprio diabo, em contraste com Reino de Jesus Cristo e de sua Justiça. João 8:44, “vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai”. Como o diabo, os papas da igreja católica romana mentem para as suas ovelhas. Dizem-lhes que podem com suas obras chegar ao Céu porque o papa, o vigário de Cristo na terra, entende a Escritura para ensinar tal orientação acerca de fé e prática. Cristo não é suficiente. Os homens devem fazer sua parte também. Cristo simplesmente não é suficiente. (veja-se o dogma romano encontrado nas seções sobre justificação do Concílio de Trento e do Catecismo da Igreja Católica Romana).
Ao aceitar o pontificado, o Papa João Paulo II reivindicou ser o Cabeça da Igreja. Sua teologia romana é consistente com a doutrina romana. O Concilio Vaticano I, Capitulo 1, diz que a “jurisdição sobre a igreja universal de Deus” pertence ao papa, em seguida expõe suas idéias deturpadas a respeito de Pedro como o primeiro papa. Se eles insistem nessa terrível blasfêmia, então somos obrigados a dizer o que Cristo disse a Pedro, “Arreda-te, satanás”. No Capítulo 2, se diz que essa autoridade deve “permanecer ininterruptamente na Igreja”. O Capítulo 3 diz que ele “possui o primado sobre todo o mundo… e [é] o verdadeiro vigário de Cristo na Terra”. O Vaticano II ecoa esses mesmos sentimentos quando diz, que o Papa é a “fonte e fundamento visíveis para a unidade na fé e comunhão” Também se diz que “em virtude de seu oficio, isto é, como Vigário de Cristo e pastor de toda a igreja, o Pontífice Romano tem poder completo e supremo e universal sobre a Igreja”. Eis então o poder! Mas é o poder para obscurecer a mente dos fracos e incautos.
A Bíblia, os Reformadores, os Puritanos, e ministros da igreja bíblica estão em direção oposta. Colossenses 1:18, “Ele [CRISTO] é a cabeça do corpo, a igreja, é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência”. Efésios 1:22, “E Ele [CRISTO] sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas e Ele [CRISTO] deu à igreja”. Jesus cristalinamente declara que os homens devem reverenciar unicamente a Deus quando Ele diz em Mateus 23:8-10, “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo”. 1 Pedro 5:2-4 refere unicamente a Cristo como “Sumo Pastor”, “apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória”. Quanto às confissões históricas, a Confissão de Fé de Westminster diz, “Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo; em sentido algum pode ser o Papa de Roma o cabeça dela, mas ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus”. ( Confissão de Fé de Westminster,Capítulo XXV - Da Igreja, iv). O Rev. George Downame diz “ele se opõe a Cristo, nosso Profeta, em parte por que se opõe à profecia de Cristo, e por outra parte por que ele mesmo é um falso profeta. Ele se opõe à profecia de Cristo de duas maneiras: Primeira, nega que Cristo seja o nosso único profeta, (cuja voz nas Escrituras canônicas trata do que deve ser necessariamente crido para a salvação, sendo unicamente aquilo a que devemos dar ouvidos). Segunda, ele e seus seguidores além de ensinarem que as Escrituras não são perfeitas, e que além delas há os escritos apócrifos (que eles igualam em autoridade às canônicas) dizem que suas próprias tradições são também necessárias, e de autoridade igual às Escrituras” ( George Downame, A Treatise Concerning the Anti-Christ , 1603 ). O Papa exalta a si mesmo acima de tudo o que é chamado Deus, e Igreja, “aquele Anticristo sendo ímpio e miserável, além de colocar-se acima de tudo o que é chamado Deus, o faz em relação aos anjos e reis, ou aquilo que lhe é servido, aos santos, imagens e altares, à cruz e até à própria eucaristia, tudo isso ele dá assento no templo de Deus, sobre o qual dirige e reina. Assim fazendo, desafia a soberana, divina e universal autoridade sobre todos os que professam o nome de Cristo, assim ele faz como se fosse Deus sobre a terra, pretextando ele mesmo ser por palavras ou por atos um deus, ou como se ele fosse Deus, o que é a mesma coisa” (Downame, Ibid ). Tyndale diz, “Os judeus se jactavam de serem filhos de Abraão; e Cristo disse-lhes, João 8: Se fossem filhos de Abraão, deveriam praticar atos dignos de Abraão. Esses hipócritas do nosso tempo se jactam da autoridade de Pedro, Paulo e os outros apóstolos, e mesmo assim são completamente contrários às obras e doutrinas de Pedro, Paulo e todos os outros apóstolos. Esses não ensinam temor a Deus em seus mandamentos; mas o temor a eles em suas tradições” ( Treatise on the Anti-Christ , 1527 ). Lutero disse, “Temos, outrossim, a resposta a esta pergunta, 'O que é o Papa?' Concluímos que 'o Papa é o ANTICRISTO'. A despeito disso, portanto, resta um renitente e último tema de inquirição… Porque a chama em meu espírito tem acendido em face disso? É que sob (eu creio) a direção divina, eu tenho ateado fogo em todas as ordenações do Papa, ainda que seja do ‘mui sagrado Pai em Cristo', do seu ‘vice-deus na terra', e tenho as queimado como sendo os dogmas do ANTICRISTO” ( Martin Luther, The Pope Confounded and His Kingdom Exposed or Revelation Of Antichrist , Traduzido pelo Rev. Henry Cole , originalmente escrito em 1521). Seria preciso realmente citar ademais Agostinho, Jerônimo, Hilário, Orígenes, Cirilo, Eusébio, Gregório de Nissa, Atanásio, Tomas de Aquino, Turrentino, Rutherford, Gillespie, Calvino, Watson, Love, Reynolds, e outros? Eles têm sido citados à exaustão, e ainda assim, a Igreja Católica Romana não os escuta. Os Católicos Romanos escutam somente duas coisas – o que o Papa diz , e que eles pensam que o Papa diz.
A igreja cristã ortodoxa sempre rejeitou conceder autoridade, ensino e lugar ao Papa de Roma.  Leia qualquer um dos seguintes trabalhos:
Abernethie, Thomas Abjuration of Popery
Beza, Theodore The Pope's Canons
Mayer, John An Antidote Against Popery
Puffendorff , Samuel The History of Popedom
Wylie, J.A. The Papacy is the Antichrist
Downame, George A Treatise concerning Antichrist
Rutherford , Samuel A Survey of the Spiritual Antichrist
Whitby, Daniel The Fallibility of the Roman Church
Knox, John Admonition to Flee Idolatry, Romanism and all False Worship
Clarkson, David Doctrine of Justification is dangerously corrupted in the Roman Church
Stewart, Alexander Roman Dogma and Scripture Truth
M'donald, John Romanism Analyzed in the Light of Scripture, Reason and History
Webster, Daniel, The Church of Rome at the Bar of History
Whitaker, William, Disputations on Holy Scripture
Plumer, William, Earnest Hours
Guinness, H. Grattan Romanism and the Reformation from the Standpoint of Prophecy
Brown, John (of Haddington) Absurdity and Perfidy of all Authoritative Toleration of Gross Heresy, Blasphemy, Idolatry, Popery in Britain
Dabney, Robert L. Attractions of Popery
George, R.J. Badge of Popery
Gavin, Anthony History of Popery
Fairbairn, Patrick Is Popery the Antichrist?
Wilkinson, Henry Pope of Rome is Antichrist
Doolittle, Thomas Popery is a Novelty
Henry, Matthew Popery, A Spiritual Tyran
Ness, Christopher Protestant Antidote against the Poison of Popery
Blakeney, R.P. Protestant Catechism or Popery Refuted
Fleming, Robert Rise and Fall of the Papacy
Calvin, John Rise of the Papacy with Proof from Daniel and Paul

Como cabeça da Igreja Romana, o Papa João Paulo II também continuou a negar a justificação somente pela fé. Ora, alguns Católicos Romanos dirão que crêem na justificação somente pela fé. Mas pergunta-se o que isso quer dizer? De forma analítica ou sintética? Em outras palavras, depende somente dos méritos de Cristo e nenhum outro, ou depende de Cristo e do que você pode fazer também? É por imputação ou infusão? É suficiente o reconhecimento dos papéis exercidos por Deus e pela pessoa a quem Deus salva, ou precisa se fazer mais alguma coisa? A obra e justiça imputadas por Cristo são a única causa da salvação, ou você tem que merecer a justiça também? A Confissão de Fé de Westminster diz, “Os que Deus chama eficazmente, também livremente justifica [1]. Esta justificação não consiste em Deus infundir neles a justiça, mas em perdoar os seus pecados e em considerar e aceitar as suas pessoas como justas. Deus não os justifica em razão de qualquer coisa neles operada ou por eles feita, mas somente em consideração da obra de Cristo [2]; não lhes imputando como justiça a própria fé, o ato de crer ou qualquer outro ato de obediência evangélica, mas imputando-lhes a obediência e a satisfação de Cristo, quando eles o recebem e se firmam nele pela fé, que não têm de si mesmos, mas que é dom de Deus[3]” (1. Rom. 3:24; 5:15-16; 8:30; 2. Rom. 3:22-28; 4:5-8; 5:17-19; 2 Cor. 5:19, 21; Tito 3:5, 7; Ef. 1:7; Jer. 23:6; 1 Cor. 1:30-31; 3. João 1:12; 6:44-45, 65; Atos 10:43; 13:38-39; Fil. 1:29; 3:9; Ef. 2:7-8). Oficialmente, o Papa João Paulo II não somente negou a justificação somente pela fé, mas continuou mantendo o dogma oficial da Igreja Romana apresentado mediante as conclusões de Trento – “Cânon 10. Se alguém disser que os homens são justificados sem a justiça de Cristo, pela qual ele a mereceu por nós, ou que essa justiça é formalmente única, seja anátema. Cânon 12. Se alguém disser que a aludida justificação não é nada mais do que a fé na misericórdia divina, que os pecados são remidos por causa de Cristo, ou que somente essa fé é o que nos justifica, seja anátema” (Traduzido por Re. H.J. Schroeder, Canons and Decrees of the Council of Trent , (Rockford, Tan Books and Publishers, Inc.: 1978) 43 .). Quem rejeita a justificação somente pela fé rejeita o único meio pelo qual alguém pode ser salvo. A Bíblia vai de encontro ao flagrantemente enganoso e falso evangelho de Roma, Isaias 45:25, “Mas no Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel”. Lucas 18:14, “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado”. Romanos 3:24-26, “… sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus , ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus”. Romanos 3:28, “concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei”. Romanos 5:1, “Justificados, pois, pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”. Romanos 5:9, “Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira”. Gálatas 3:11, “É evidente que pela lei ninguém é justificado diante de Deus, porque: O justo viverá da fé." Gálatas 3:24, "...a fim de que pela fé fôssemos justificados”. William Tyndale disse corretamente, “mas todos os textos que mostram ao Papa a sua responsabilidade, todos ele os jogou fora, inclusive os que fixam na consciência a liberdade no Cristo, bem como os que provam que salvação é somente em Cristo” (William Tyndale, Comments on 1 John especially 2:18-19 especialmente 2:18-19). Como a Bíblia diz –Romanos 8:33, “É Deus quem justifica.”
Não há nenhuma dúvida: quem viveu para colocar-se a si mesmo no lugar de Cristo, e para negar o único meio pelo qual os homens podem ser salvos, morreu na condenação e está queimando no inferno por toda a eternidade. O Papa João Paulo II foi ímpio, ruim, que continuou a enganar seus seguidores, do sacerdote ao homem comum, no sentido de fazê-los crer num falso Evangelho que não pode salvar. Ele escondeu o verdadeiro Evangelho e ensinou as pessoas a crerem numa mentira. E porque as pessoas procuram crer nele ao invés de crer em Deus, Cristo se mantém longe delas, apresentado na forma de uma forte desilusão para que assim continuem crendo em seu simulacro: II Tessalonissenses 2:11-12, “e por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na injustiça”. Propagar um falso Evangelho é tanta injustiça, quanta mentira e roubo – ou coisa semelhante! Judas 4, “porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”. Como nos dias de Jeremias, por todo o período de Cativeiro Romano da Igreja, os que a tem seguido, conforme Jeremias 50:6, “seus pastores que as fizeram errar”. O Papa João Paulo II liderou a Igreja Romana para mais longe ainda da verdade das Escrituras e mais profundamente a mergulhou nas trevas. Isaias 60:2, “p ois eis que as trevas cobrirão a terra, e a escuridão os povos…”.
Roma e o papado são comparados à Grande Meretriz do Apocalipse. Apocalipse 17:1-2, 15, “Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam sobre a terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição.… as águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas”. Finalmente será de Deus a vitória final; Apocalipse 19:2, “porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois [CRISTO] julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos”. Henry Wilkinson, em sua série de sermões sobre o Anticristo diz da Igreja Romana, “a igreja estava muito corrompida em termos de doutrina, culto, disciplina, e costumes, e poluída com prostituições espirituais com santos e anjos e imagens etc, muito tempo antes daquele tempo. De modo que podemos inferir que, se a apostasia entrava com o papa ou Papado, - e assim que alcançou determinado nível, conseqüentemente ocorreu a apostasia da verdade, - então essa natureza de coisas é inerente ao papa, por que do que dele pode ser conhecido ele é o Anticristo”. Nicholas Ridley, em sua carta de despedida aos seus amigos em 1555 fala da reinstalação do bispado em Londres, “Vós sois agora um bispado ímpio e sanguinário! Por que montais de novo os altares da idolatria que pela Palavra de Deus foram justamente removidos?... Não, escutais cafetões da Meretriz de Babilônia! Vós pertencereis ao Anticristo! Vós sereis lobos sanguinários! Por que matareis e destruireis os profetas de Deus? Por que trucidareis o pobre e inocente rebanho de Cristo? É porque eles não escutam a voz artificiosa do estranho, e segue nenhuma outra que não a voz de seu próprio Pastor, Cristo? Vós seriamente pensais por um momento que escapareis do juízo, ou que o Senhor não requererá o sangue destes santos de vossas mãos? O vosso deus tolo e surdo, que é obra de vossas mãos, vos diz que tendes o poder de fazer, vós porém sereis envergonhados de chamá-lo de Criador, pois ele não vos poderá livrar da mão vingadora do Grande e Todo-Poderoso Deus .... Oh, vós cafetões da meretriz! Jamais escapareis. Ao invés de encaminhar o meu adeus, agora devo dizer de vós, que vergonha!, vós me aborreceis: a prostituta imunda, e todos os falsos profetas, convosco têm-se juntado em comum acordo com Roma, a sé de Satanás” ( John Foxe, Acts and Monuments , Volume 7 ). Pois bem, aonde estarão hoje os ministros do Evangelho de Cristo que se levantarão para dizer tais coisas para os que se propõe assentar na cadeira de Cristo e enganar as nações negando os fundamentos da fé? Para onde foram?
O inferno está reservado para os que se estabelecem no trono que é legitimo de Cristo, que negam o Evangelho e que se esquecem do caminho de salvação que Deus tem dado ao mundo. Salmo 9:17, “Os ímpios irão para o inferno, sim, e todas as nações que se esquecem de Deus”. Palavras freqüentemente cavam dentro das pessoas um profundo buraco quando se referem a coisas indevidas. O Papa João Paulo II contribuiu para que a sua Igreja se afundasse por si mesma dentro de um buraco mais fundo, dentro de um inferno mais fundo, por defender os falsos ensinos de Roma. Como que se socasse a terra e depois com a pá “eles cavam dentro do inferno (Amos 9:2)”.
Não adianta vigília com velas acesas. Nem orações aos mortos podem fazer algo. Tampouco indulgências serão necessárias. Sábado, dia 2 de abril de 2005, o Papa João Paulo II morreu, foi comparecer diante de Deus, e foi julgado pelo Único Deus Vivo e Verdadeiro como pecador achado em falta e sem nenhuma esperança. O que seria igual a um homem estando diante do Cristo Vivo e dizer a Ele como um falso profeta, “Eu fui seu vigário na terra enquanto estava vivo; não fui?” Oh! Quão horrível o juízo será?! Quão horrível o juízo pode ser quando a ira de Deus e o poder de Cristo cair sobre o homem mau com justiça! Mas isso é o que certamente ocorrerá. Cristo tem razão em pronunciar a sentença de condenação eterna sobre tais homens porque Ele julga justamente os que pervertem a verdade. O Papa João Paulo II propagou falsos ensinos e ensinou outros a fazê-lo também! Cristo diz em Mateus 18:6-7, “Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos tropeços! pois é inevitável que venham; mas ai do homem por quem o tropeço vier!”, Cristo tem razão. Ai dos papas do passado que ensinaram o seu povo a se desviar! Ai do próximo papa que assumir o trono longe de Cristo e se assentar na cadeira da Meretriz de Roma! Ai deles, Cristo diz, antes amarrassem uma pedra de moinho ao pescoço e se jogassem na profundeza do mar, isso seria melhor do que o que Cristo fará com eles quando a ira do Cordeiro recair sobre eles em pesada medida! Tudo o que o Papa João Paulo II ouvirá será o que foi dito em Mateus 7:23, “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade!”.
O Papa João Paulo está no inferno. Ele está queimando lá com todos que negam a fé e ensinam o falso evangelho. Ele está lá com todos que tentam elevar suas próprias cabeças acima de Cristo. Ele está lá debaixo da ira do Cordeiro. Ele sabe agora que nunca foi o Vigário de Cristo na terra. Ele sabe agora que Maria é uma pecadora como todos nós. Ele sabe agora que o purgatório é uma fantasia. Ele sabe agora que somente a Bíblia é a Palavra de Deus. Ele sabe agora que a Tradição não significa nada à luz da Palavra de Deus. Ele sabe agora que somente os eleitos são chamados santos. Ele sabe agora que as indulgências não salvam ninguém. Ele sabe agora que venerar os santos é pecado. Ele sabe agora que os homens não podem salvar a si próprios. Ele sabe agora que toda pompa e gestuário estavam acumulando a ira sobre ele. Ele sabe agora que estava muito errado sobre tudo pensava dele como “vigário” em nome de Cristo. Ele sabe agora que todos seus antigos seguidores estão ainda sendo enganados pelas mesmas mentiras que propagava antes. Ele sabe agora que não há nada que se possa fazer a respeito disso. Ele sabe tudo isso agora, e deseja que soubesse disso antes de ter morrido. O Papa João Paulo II não está no paraíso. A Bíblia diz que tais homens estão no inferno, e merecem estar lá. O Papa João Paulo II o sabe também – e muito bem.
Podemos orar para que Deus conceda à Igreja Romana mais decepção e assim pudesse ser desencadeado algum tipo de renovação que gerasse um êxodo em massa para fora daquela igreja apóstata e que se retornassem para o verdadeiro Pastor e Bispo das Almas, Jesus Cristo. Sem o poder do Espírito de Deus, os que se mantiverem presos à Igreja de Roma encontrar-se-ão sob o mesmo destino do Papa João Paulo II, a menos que se arrependam. Cristo disse, “Se não arrependerdes, todos igualmente perecereis”.
Então, nesse sentido, o nosso anúncio é “exagero”, e é completamente sincera essa advertência – sem mencionar o julgamento (e sabemos que a maioria das pessoas odeia quando outros são julgados - exceto Cristo que naturalmente nos diz que deveríamos conhecer o que é certo ou errado!). Mas, tudo bem. Com um mundo cheio de ministros melosos, que parecem que não podem falar sem encontrar as “palavras corretas” quando as câmeras estão ligadas, podemos sempre usar um pouco mais de “exagero”. Falando em termos bem realistas, poderíamos ter sidomais biblicamente incisivos.
E lembrem-se - Provérbios 17:15: Aquele que justifica o ímpio, e aquele que condena o justo, um e o outro sãoabomináveis ao SENHOR.


Traduzido por: Anamim Lopes da Silva
Maio/2005



O Papa, o Profeta e a Crise da Verdade 
R. Albert Mohler Jr. 
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
1
O Papa Bento XVI visitou sua terra natal, Alemanha, na última semana e 
proferiu um discurso na Faculdade de Ciências da Universidade de Regensburg. Seu 
discurso tratou principalmente da relação entre fé e razão, mas esse tema foi eclipsado 
pelos comentários do Papa sobre o Islamismo. Eles diziam respeito a uma declaração do 
“erudito imperador bizantino Manoel II, Paleólogo”, do ano de 1391: 
No sétimo diálogo… o imperador aborda o tema da guerra santa. Ele 
devia saber que na Surata 2, 256 lê-se: “Não há nenhuma compulsão na 
religião”. De acordo com os especialistas, essa é uma das Suratas do 
período antigo, quando Maomé não detinha poder e vivia sob ameaças. 
Mas naturalmente o imperador também conhecia as instruções, 
desenvolvidas mais tarde, registradas no Alcorão, com respeito à guerra 
santa. Sem entrar nos detalhes, tais como a diferença no tratamento 
dispensado aos que tinham o “Livro” e aos “infiéis”, ele aborda seu 
interlocutor com uma brutalidade assustadora, espantosa, quanto à 
questão central da relação entre religião e violência em geral, dizendo: 
“Mostre-me o que Maomé trouxe de novo, e lá você encontrará apenas 
coisas más e desumanas, como sua ordem de difundir a fé que ele 
pregava pelo uso da espada”. 
Essa citação, incluída num discurso acadêmico, deu início a uma onda mundial 
de protestos, especialmente no mundo islâmico. As elites seculares ocidentais também 
se manifestaram negativamente. No começo da semana, o Vaticano tornou públicas suas 
preocupações acerca da segurança do Papa. 
Em resposta aos protestos, o Vaticano ofereceu várias desculpas divergentes – 
desde alegações de que a declaração do Papa foi mal entendida até a afirmação de que a 
citação não indica o conceito particular do Papa sobre o Islamismo. Pode levar certo 
tempo para que a confusão se esclareça. 
Há várias questões interessantes aqui. Em primeiro lugar, esse incidente é apenas 
outro lembrete do perigo do papado. Esta não é uma afirmação popular a ser feita – 
mesmo entre alguns evangélicos confusos – mas é necessária. O Papa Bento XVI é um 
homem de genialidade incrível. Suas denúncias contra o secularismo e a teologia liberal 
então entre os documentos teológicos mais notáveis das décadas recentes. Contudo, o 
ofício que ele desempenha é uma instituição antibíblica baseada num ministério 
monárquico incompatível com o conceito de igreja do Novo Testamento. Além do mais, 
ele também alega ser o líder de um Estado – situação que aumenta a dificuldade. Os 
problemas do papado são muito maiores que os resumidos aqui, mas a questão 
                                                  
1
E-mail para contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em setembro/2006. Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) 
www.monergismo.com
2
importante é que os comentários do Papa – para o bem ou para o mal – recebem uma 
proeminência antibíblica e perigosa.  
Ademais, a Igreja Católica Romana é responsável por confundir a relação entre o 
cristianismo e o islamismo. Pior do que isso, o Catolicismo constrange o Evangelho de 
Jesus Cristo ao abordar o Islamismo. Em Nostra Aetate — também conhecida como a 
“Declaração sobre a Relação da Igreja com as Religiões Não-Cristãs”, proclamada pelo 
Papa Paulo VI em 28 de outubro de 1965—a igreja declarou: 
A Igreja olha também com estima para os muçulmanos. Adoram eles o 
Deus Único, vivo e subsistente, misericordioso e onipotente, criador do 
céu e da terra, que falou aos homens e a cujos decretos, mesmo ocultos, 
procuram submeter-se de todo o coração, como a Deus se submeteu 
Abraão, que a fé islâmica de bom grado evoca. Embora sem o 
reconhecerem como Deus, veneram Jesus como profeta, e honram 
Maria, sua mãe virginal, à qual por vezes invocam devotamente. 
Esperam pelo dia do juízo, no qual Deus remunerará todos os homens, 
uma vez ressuscitados. Têm, por isso, em apreço a vida moral e prestam 
culto a Deus, sobretudo com a oração, a esmola e o jejum. 
E se é verdade que, no decurso dos séculos, surgiram entre cristãos e 
muçulmanos não poucas discórdias e ódios, este sagrado Concílio exorta 
todos a que, esquecendo o passado, sinceramente se exercitem na 
compreensão mútua e juntos defendam e promovam a justiça social, os 
bens morais e a paz e liberdade para todos os homens.
2
De modo similar, em Lumen Gentium, outro documento do Concílio Vaticano II, 
a Igreja definiu seu entendimento sobre o Islamismo com estas palavras: 
Mas o desígnio da salvação estende-se também àqueles que reconhecem 
o Criador, entre os quais vêm em primeiro lugar os muçulmanos, que 
professam seguir a fé de Abraão, e conosco adoram o Deus único e 
misericordioso, que há de julgar os homens no último dia.
 3
  
Em outras palavras, a Igreja Católica ensina que os muçulmanos estão incluídos 
na economia da salvação pelo fato de adorarem o único Deus verdadeiro. Isso é 
simplesmente insustentável por vários motivos. O mais importante é o caráter trinitário 
irredutível da doutrina cristã de Deus. Não conhecemos outro Deus que não o Pai, o 
Filho e o Espírito Santo. O Islamismo nega explicitamente que Jesus seja o Filho de 
Deus. Os muçulmanos não reconhecem nenhum Deus como Pai de Jesus Cristo. Os 
cristãos não conhecem nenhum Deus que  não seja o Pai de Jesus Cristo. Não 
confessamos nem adoramos o mesmo Deus. 
Mas, e o que dizer sobre os comentários do Papa na Alemanha? 
                                                  
2
Nota do tradutor: Aproveitei a tradução para o português disponível em: 
http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651028_nostra-aetate_po.html.
3
Nota do tradutor: Aproveitei a tradução para o português disponível em: 
http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19641121_lumen-gentium_po.html.  Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) 
www.monergismo.com
3
O uso de palavras específicas e a citação de uma autoridade antiga não deveriam 
obscurecer o fato de que os comentários do Papa foram bastante precisos – a ponto de 
causar uma grande revolta. O Islamismo e o Cristianismo estão encerrados num conflito 
espiritual e teológico. A lógica do Islamismo, baseada no objetivo do domínio universal 
do Alcorão, assegura que esse será um dos conflitos definidores da presente era. 
O Papa Bento XVI está correto em considerar o Islamismo uma ameaça à 
Europa secular – continente determinado a minar o fundamento que lhe deu origem. As 
preocupações do Papa acerca do secularismo e dos abusos do Islamismo estão baseadas 
na realidade. Se essas tendências não forem avaliadas, a Europa se tornará o novo berço 
do Islamismo. Como adverte a autora Melanie Phillips, Londres está se transformando 
rapidamente em Londrinistão.
4
Para os cristãos evangélicos, a controvérsia sobre os comentários do Papa pode 
servir de estímulo à reflexão responsável sobre essas questões urgentes. Devemos nos 
lembrar de que essa luta é espiritual. A única resposta cristã apropriada a esse conflito é 
testemunhar o Evangelho – e não começar uma guerra santa. Devemos nos lembrar 
também de que nossa preocupação básica não é a sobrevivência da civilização 
ocidental, por mais importante que seja, mas o destino eterno de nossos semelhantes. 
Não há tempo para confusão ou covardia quanto a esse desafio. Devemos dizer a 
verdade sobre o Cristianismo e o Islamismo – e devemos compartilhar o Evangelho. 

Fonte: http://www.albertmohler.com/blog.php 



Maria
por
Walter Santos Baptista

(Lucas 1.26-28)

Desejamos saudar as mães cristãs ao meditar sobre a mãe de Jesus, nosso Salvador, modelo de mulher cristã, modelo de mãe, modelo de mãe cristã. Falamos tanto em Pedro, Paulo, João, Barnabé, ou nas santas mulheres da Bíblia como Sara, Miriã, Débora, Ester, Maria Madalena, Marta e Maria, Priscila, mesmo a anônima samaritana, mas esquecemos de voltar os olhos, a mente e o coração para a mulher de coragem, submissa, dedicada, agraciada, serva de Deus que foi Maria de Nazaré!
Por outro lado, tentaremos desfazer a idéia errônea de não-evangélicos a respeito do relacionamento entre os cristãos evangélicos e Maria, nossa irmã na fé, e mãe do Redentor.

SUA PESSOA

O Novo Testamento tem pouco a dizer sobre Maria. É, na verdade, extremamente lacônico ao falar de sua vida. Não tem ela lugar de proeminência nos Evangelhos. Como diz uma autora católica “Parece até ausente do ministério de Jesus, seu filho”. Dois dos evangelistas até deixam de colocá-la no início do relato (Marcos e João), pois a história da infância de Jesus, os chamados “Evangelhos da Infância”, somente é relatada em Mateus e Lucas.
Suas últimas palavras registradas foram as do casamento em Caná da Galiléia (João 2.3). Fora esse episódio, quantas anotações temos do que falou? Em Mateus e em Marcos nada foi registrado. Em Lucas, (1) na cena da anunciação (1.34,38), (2) no Magnificat (1.46-55), e (3) em 2.48 quando Jesus já está com doze anos e fora levado para se tornar um bar mitzvá. E apesar de todo esse silêncio, a Outra Igreja procura construir um elaborado sistema de obras de Maria e de devoção à sua pessoa?!
Seu nome é a forma greco-latina do hebraico Miriam, nome da irmã de Moisés. No Novo Testamento, é registrada a presença de várias Marias: Maria Madalena, Maria, irmã de Lázaro e de Marta, Maria, a mãe de João Marcos, Maria, membro da igreja em Roma, e Maria de Nazaré.
De fato, morava em Nazaré. O Novo Testamento não o afirma, mas o chamado Proto-evangelho de Tiagodeclara terem sido seus pais Joaquim e Ana. Tinha cerca de quatorze anos quando ficou noiva de José, carpinteiro de profissão e descendente da casa real de Davi, da qual haveria de nascer o Messias.
Lucas descreve a cena do anúncio de haver sido escolhida para mãe do Messias (1.26ss). O mensageiro de Deus a chama de “agraciada”, ou seja, que ela era alvo de um favor especial de Deus, e não que fosse fonte de graça. Esse favor, essa graça especial era ser mãe do “Filho do Altíssimo”, mãe do filho do El Elyon (cf. 1.32)! Ora, senhoras e moças judias ansiavam pelo privilégio de ser a mãe do Ungido de Deus, porém Ele não buscou essa moça no palácio de Herodes nem nas camadas altas da sociedade entre os saduceus; fê-lo entre o povo, e agraciou uma jovem simples, pobre, surpreendendo, deste modo, a expectativa e mente de todos (cf. 1Co 1.27). Maria era tão humilde, simples e pobre que ao levar Jesus bebê a Jerusalém para o consagrar, e fazer o sacrifício ordenado pela Lei de Moisés (Ex 13 .2; Lv 12.1-3, 6-8), ofereceu dois pombinhos em vez de um cordeiro (Lc 2. 24).
Aliás, poderia ter dito “não” quando do anúncio, mas não o fez; poderia ter evitado todo o futuro sofrimento, aceitou-o, porém, com resignação e entrega absolutas. Suas Palavras o atestam: “Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc 1.38a).
Concebeu do Espírito Santo como o diz Mateus 1.18 (cf. Lc 1.35) tornando-se entre as mulheres a única que pode ser chamada, como o foi por Isabel, "bendita" por trazer no ventre o “bendito fruto” do Eterno (cf. Lc 1.42).

IDÉIAS SOBRE MARIA

Dói-nos ter que abordar o que segue; preferiróamos não precisar mencionar certas questões de teologia popular e, lamentavelmente, também de teologia oficial a respeito da mãe de Jesus. Nosso objetivo não é atacar ou hostilizar a crença de ninguém. Mas, sim, examinar o que diz a Bíblia sobre certas atitudes, doutrinas, dogmas que desvirtuaram o lugar dessa extraordinária mulher cristã, bendita entre as demais.
As idéias não encontradas na Bíblia são: a imaculada conceição, a sua virgindade perpétua, a co-redenção, a sua assunção corporal aos céus, o título “Mãe de Deus”, o culto a Maria. Tudo nasce da pergunta se Maria é salva ou salvadora. Diz a Bíblia que precisou ser salva, pois a própria Maria o afirma: “o meu espírito exulta em Deus meu salvador” (Lc 1.47). Pensar diferentemente leva aos dogmas que a Igreja majoritária tem formulado.
imaculada conceição. É a idéia que para ser mãe do Salvador que não tinha pecado, ela mesma teria que ser isenta de pecado. Deus a teria, portanto, preservado já na sua fecundação da mancha do pecado original. Essa é uma idéia que não combina com a doutrina da Bíblia que ensina “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.23, 24).
Ter sido escolhida para gerar o Messias não significa ter sido concebida e nascida sem pecado, nem ter sido a mais perfeita mulher que já viveu. Esse dogma foi promulgado em 1854 pelo Papa Pio IX.
virgindade perpétua ensina que a mãe de Jesus foi virgem antes, durante, depois do parto, e continuou a sê-lo durante sua vida de casada, de esposa e mãe. Tal doutrina foi definida pelo Concílio Constantinopla II em 553, e nasceu, sobretudo, do apreço à vida monástica (em franco progresso o ascetismo), e do menosprezo ao casamento considerado como estado inferior ao celibato. A insistência católico-romana na virgindade perpétua de Maria objetiva justificar o celibato dos seus sacerdotes e freiras. A Bíblia, no entanto, fala diferentemente: chama a Jesus de seu filho “primogênito” e não de “unigênito”.
Grávida virgem, deu à luz virgem, porém Mateus 1.25 ensina que após o nascimento (e a purificação subseqüente), passou a ter vida matrimonial perfeita e absolutamente normal:
... e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de Jesus”. (Mt 1.25).
E porque não é desdouro ser a mãe do Messias e mãe de outros filhos com seu marido, o Novo Testamento apresenta os nomes de seus filhos: Tiago, José, Simão e Judas, além das irmãs não nomeadas (cf. Mc 6. 3). Que divina sabedoria, o Espírito Santo ter permitido registrar o nome de seus irmãos! Há quem queira dizer que (1) seriam filhos de José de um casamento anterior, não há, porém, registro disso; ou primos de Jesus, no entanto, a palavra usada foi adelphos, pois existe outra, anepsiós que quer dizer “primo, sobrinho”, não usada aqui pelos evangelistas.
Co-redenção de Maria junto à cruz do Calvário, ou seja, “sócia na obra da salvação”. Uma coisa é dizer que Maria teve um papel único, exclusivamente seu na realização do plano de Deus para a salvação da pessoa humana; é dizer que os fatos da encarnação e do nascimento virginal são de tremendo significado para a Cristologia. Mas outra coisa é atribuir-lhe função salvífica, papel de salvadora e obra co-redentora.
Muita lenda tem surgido por falta de informação e estudo da Bíblia. Jesus ensinou que “errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29), e por falta de conhecimento da Palavra Santa, há quem participe da Ceia (Eucaristia) nos cinco primeiros sábados (pois sábado é o dia do calendário que lhe é dedicado), esperando escapar do inferno sem que se preocupe com uma conduta digna do nome de cristão. E há quem dedique o dia de Sábado ao louvor de Maria que, segundo ensinam, visita o purgatório de onde leva muitas almas para o céu com ela. Quantos erros?! O purgatório?! a salvação após a morte?! Maria salvadora?!
Diz, no entanto o Novo Testamento: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”( 1Tm 2.5).
Seja conhecido de vós, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, nesse nome está este aqui, são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta como pedra angular. E em nenhum outro há salvação; porque deibaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em quem devamos ser salvos” (At 4. 10-12).
Assunção. A doutrina é que Maria após a morte teria sido levada corporalmente para o céu, dogma que foi promulgado em 1950 pelo Papa Pio XII. Nenhum ensino bíblico há sobre isso.
Maria, "Mãe de Deus". Dogma definido no Concílio de Éfeso em 431, e baseado na idéia de que a sua maternidade diz respeito à pessoa inteira de Jesus. Portanto, se Jesus é homem e é Deus, Maria é mãe do homem Jesus e Mãe de Deus (?!) Fiquemos alerta que em lugar algum, o Novo Testamento a chama "Mãe de Deus". É mãe, sim, do filho de Deus. Nem “Mãe da Igreja”. São ensinos estranhos ao evangelho. Mas foi “agraciada”, bendita entre as mulheres, e exemplo corretíssimo de aceitação, obediência, dependência, submissão, subordinação e serviço a Deus.
culto a Maria. Diz a doutrina da Outra Igreja que há três tipos de culto: latria (adoração exclusiva a Deus); hiperdulia (alta veneração só prestada a Maria); dulia
(veneração aos santos, a lugares e objetos considerados santos). A Bíblia não se pronuncia sobre nada disso nisso! Ao contrário:
Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam” (Ex 20.3-5).
A Bíblia não admite adoração a astros, estrelas, seres animais, pessoas humanas (At 10.25, 26), anjos (Ap 22. 8,9). E cada vez que isso acontecia, Deus exercia Seu julgamento: é só ler o Livro de Juízes, os sermões dos profetas, ou casos, como a morte de Herodes (At 12.21-23).
O culto a Maria é uma desonra a Deus por causa da proibição do uso de imagens. É o problema de se acrescentar algo mais à verdade da Bíblia.
Pois não há sinais de veneração, culto, ou hiperdulia a Maria no Novo Testamento. Os magos do Oriente não prestaram adoração à estrela, nem a José ou a Maria, mas a Cristo (Mt 2.11); seus presentes foram dados não a Maria ou a José, mas a Jesus; os apóstolos nunca oraram à mãe de Jesus nem lhe prestaram honras especiais; Pedro chamado o primeiro papa, Paulo e Tiago não a mencionam em suas cartas; mesmo João, que dela cuidou até sua morte, não a menciona (Jo 19.27). Instalada a Igreja no Pentecoste, o nome “dado entre os homens, em que devamos ser salvos” é o de Jesus (At 4.12). Um caso que poderia ter sido o primeiro de veneração a Maria foi rechaçado e corrigido na hora por Jesus:
Ora, enquanto ele dizia estas coisas , certa mulher dentre a multidão levantou a voz e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que te amamentaste. Mas ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam” (Lc 11.27, 28).
É chamada “Rainha dos Céus” (Regina Coeli) título monstruoso porque era dado à deusa da fertilidade de Canaã, Astarte: “Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha para fazerem bolos à rainha do céu, e oferecem libações a outros deuses, a fim de me provocarem à ira” (Jr 7.18; cf. 44.17-19, 25).
O culto de Maria iniciou-se após o quarto século.

COMO OS EVANGÉLICOS A VEMOS

Honramos a Maria, mãe de Jesus, com a mesma homenagem que a Bíblia lhe presta: “bendita entre as mulheres” (Lc 1.42), e reconhecemos que ela foi o vaso que trouxe a água da vida, Ela não é a água da vida, o pão da vida, o caminho, a verdade, ou a ressurreição e a vida.
Com todas as gerações nós a chamamos “bem-aventurada” porque cria na palavra de Deus (Lc 1.48), mas não a deificamos, cultuamos ou oramos a ela. Ao contrário, com ela cultuamos o Filho de Deus; não cultuamos através dela como se medianeira fosse. Essa é a ilusão do movimento “Peça à mãe que o filho atende”, que não tem base na Bíblia, que, contrariamente, ensina “... tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda” (Jo 15.16; cf. 14.13, 14). Ou seja, “Peça ao Pai em nome do Filho, que Ele atende”.
Nós a reconhecemos como “bem-aventurada”, ainda, porque na sua dedicação à vontade de Deus, na sua fé, na sua obediência, é exemplo para nós. É exemplo e modelo a ser imitado não mais, porém, que outros do Antigo ou do Novo Testamento.
Nós a vemos como mulher de louvor, oração e piedade. Seu cântico em Lucas 1.46-55, e que se assemelha em forma e conteúdo ao de Ana (1Sm 2. 1-10), é uma linda página de sensibilidade e profunda espiritualidade.
Atos 1.14 apresenta Maria em oração com outros crentes, sem ter, porém, autoridade e prioridade sobre o grupo. Piedosa, realizou todos os ritos fixados pela Lei: a circuncisão, a purificação, a apresentação no Templo, e ano a ano realizava uma peregrinação a Jerusalém na Páscoa. Após o nascimento de Jesus, trouxe duas ofertas. Uma era queimada (simbolizava completa rendição à vontade de Deus); a outra era oferta pelo pecado (cf. Lv 2.22-24; 12.6-8).
Queremos insistir no fato que Maria foi mulher de profunda sensibilidade espiritual. Sua fé e sua disposição de servir a Deus nos chamam a atenção, por isso deu uma atenção cuidadosa, à educação de seu filho nas tradições religiosas do seu povo, o povo judeu.
Mas ela sabia que precisava de um Salvador (Lc 1. 47). Tinha absoluta consciência de que Jesus era, não só humano, mas também divino e enviado por Deus (Gl 4.4) . Lucas 2.18 e 51 nos mostram que ela meditava cuidadosa, profunda e assiduamente sobre seus deveres. É o protótipo da mulher de reflexão; é o modelo, exemplo da esposa cristã ideal.
Maria deixou um mandamento: “Fazei tudo quanto Ele [Cristo] vos disser” (Jo 2.5). Confessa ter confiança plena no poder divino do seu filho.

“FAZEI TUDO QUANTO ELE VOS DISSER”

Que é o que Ele diz? Entre outros ensinos:

Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3. 36).

Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo mas já passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á” (Mc 8. 34,35).
Isso significa que é preciso um Salvador pessoal, fé nesse Salvador e obedecer-Lhe.



Sobre o autor: Walter Santos Baptista é Pastor da Igreja Batista Sião em Salvador, BA. Agradecemos ao autor pela autorização escrita para publicarmos os seus artigos no Monergismo.com.


Maria - Outra Redentora?
por
James R. White


Capítulo 05 - Mãe de Deus



Este é simplesmente o termo teológico mais mal usado. Maria é a “mãe de Deus”. A lógica parece inescapável: Jesus é Deus, veio em carne humana. Maria é a mãe de Jesus. Portanto, Maria é a mãe de Deus. O que poderia ser mais simples?
Se todos usassem o termo para comunicar apenas que Jesus Cristo era verdadeira e completamente Deus, não haveria razão para incluir um breve capítulo sobre o tópico da “mãe de Deus”. Todavia, obviamente, isto seria um pouco simplista. A maioria das vezes em que a frase é usada, as pessoas que a estão usando não estão de alguma forma comentando sobre o fato de que Jesus Cristo era Deus e Homem na terra. Eles não estão falando sobre Cristo de forma alguma, mas sobre Maria, e eles estão usando o título para lhe dar uma posição de honra e poder.
Deveríamos chamar Maria de “Mãe de Deus”? O que o termo significou na igreja primitiva? Como ele está sendo mal usado hoje?

A ORIGEM DO TERMO
Qualquer pessoa que ler os escritos da igreja primitiva saberá que a palavra traduzida por “Mãe de Deus” é o termo grego theotokos. Literalmente, a palavra significa “portadora de Deus”. Ela se tornou um título para Maria, de forma que você freqüentemente a encontrará sendo chamada de Theotokos em escritos devocionais e teológicos. Mas, de onde o termo veio?
Por volta do começo do século IV, Alexandre Bispo de Alexandria, usou pela primeira vez o termo quando falando de Maria. [1]
Não é coincidência que foi o ensino de Alexandre que estimulou o “herege” mais famoso de todos os tempos – Arius, o grande negador da deidade de Cristo – a começar a propagação de sua heresia. Evidentemente, naquele tempo, e até mesmo em seus usos mais primitivos, o termo queria dizer algo sobre Jesus, e não sobre Maria. Isto é, o termo era Cristológico em força. Ele era focado em Cristo, e tinha a intenção de salvaguardar a verdade sobre Sua absoluta deidade.

O termo entrou realmente no vocabulário “ortodoxo” através de seu uso nos Concílios de Eféso (431 d.C.) e, com maior importância, no de Calcedônia (451 d.C.). Podemos aprender mais sobre como este termo foi originalmente entendido tomando um tempo para entender o porque ele aparece no credo produzido em Calcedônia.
O debate sobre a completa deidade de Cristo permaneceu por muitas décadas, continuando logo após o Concílio de Nicéia ter terminado seu trabalho (325 d.C.), e não finalizando até o Concilio de Constantinopla em 381 d.C. Mas, à medida que esta grande verdade foi de forma apropriada salvaguardada, outras questões começaram a se levantar. Uma destas questões era mais ou menos assim: Concordando-se que Jesus Cristo é verdadeiro homem em carne, como, então, devemos entender a relação entre o divino e o humano em Cristo? Ele foi realmente um homem? Sua deidade confinou Sua humanidade? Havia alguma mistura das duas? Ou, Jesus era duas pessoas: uma divina e uma humana, meramente compartilhando um corpo?
Tristemente, o debate foi responsável por tudo, menos um clima calmo e respeitoso. Um tempo maior foi gasto em manobras políticas do que em exegeses significantes. Mas, a despeito do rancor do debate, o entendimento resultando foi muito importante, especialmente para nosso entendimento do termotheotokos.
Um dos principais participantes no debate sobre a natureza de Cristo foi um homem chamado Nestório. Visto que ele foi, no final das contas, condenado como um herege, temos algumas dúvidas se temos ou não uma visão completamente acurada (ou justa) de suas crenças, pois temos acesso a elas primariamente através dos escritos de seus inimigos. Basicamente, Nestório se objetou ao uso da palavratheotokos. Ele estava totalmente com a razão quando disse que a palavra poderia ser facilmente mal entendida. Mas mais importante, sua negação da propriedade de theotokos o levou a insistir que Maria foi a mãe somente do “elemento” humano de Cristo, que resultou numa separação fundamental do divino e do humano em Cristo. O perigo básico da posição de Nestório, portanto, era que ela conduzia a um Jesus que era duas “pessoas”, com nenhuma conexão real entre o divino e o humano.
Aqueles que defendiam o uso de theotokos, assim o faziam insistindo que o Messias era totalmente humano e totalmente divino à partir do momento da concepção; por conseguinte, a criança que nasceu não era somente uma criança humana com a deidade habitando nela, mas era o Deus-Homem, o Encarnado. Calcedônia insistiu que Jesus era uma Pessoa com duas naturezas distintas, a divina e a humana. A divina não “confinou” a humana, nem estava “misturada” com a humana para criar algo que não era nem totalmente Deus, nem totalmente homem. Nem era Jesus esquizofrênico – uma pessoa humana, Jesus, e uma Pessoa divina, separada dele. Ele era uma pessoa com duas naturezas distintas.[2]
O que é vitalmente importante é que o termo “Portadora de Deus”, conforme usado nos credos e conforme aplicado a Maria naquelas controvérsias, dizia algo sobre a natureza de Cristo, não sobre a natureza de Maria. “Mãe de Deus” é uma frase que tem significado apropriado teológico somente em referência a Cristo. Portanto, qualquer uso do termo que não esteja simplesmente dizendo: “Jesus é completamente Deus, uma Pessoa divina com duas naturezas”, está usando o termo de uma maneira anacrônica e não pode reivindicar a autoridade da igreja primitiva para tal uso.

O MAU USO DO TERMO HOJE
Fora das classes de seminário e dos debates teológicos sobre a Trindade, eu nunca ouvi o termo “Mãe de Deus” usado de uma forma historicamente correta e teologicamente acurada. Isto é, todas as vezes que eu ouço o título usado fora daqueles contextos, ele está sendo usado para dizer algo sobre Maria, ao contrário de dizer algo sobre Cristo. Nestório estava certo sobre uma coisa: o termo tende a um sério mau uso e mau entendimento.
Maria não é mãe de Deus no sentido de que ela trouxe à luz a existência de Deus. Nós normalmente usamos a palavra “mãe” para nos referirmos a alguém que nos trouxe à luz como indivíduos, e de quem derivamos nossa natureza humana. Todavia, a Pessoa divina que se tornou Jesus, o eterno Filho de Deus (Colossenses 1:13-17), o Logos (João 1:1-14), já existia desde toda a eternidade e é o Criador de Maria. Ela foi usada para trazer o Encarnado ao mundo, mas ela não adicionou algo ou trouxe à luz o Filho Eterno que veio ao mundo através dela. Seu filho era totalmente divino (por conseguinte, ela é theotokos), mas ela mesma não produziu a divindade de seu Filho. Por esta razão, não há nada sobre o termotheotokos que de alguma forma exalte Maria, mas somente Cristo.
Certamente, se isto é verdade, então a vasta maioria do uso da frase, “Mãe de Deus” em nosso mundo hoje é simplesmente um erro. Orações dirigidas a “Mãe de Deus” que procuram sua intercessão e atribuem a ela poder, glória e honra estão usando o título de uma forma completamente estranha às verdades bíblicas que deram origem ao uso do título pela primeira vez. E o fato que, em geral, o termo é tido como impróprio fora do espectro estrito no qual ele fala da verdade importante da unipersonalidade de Cristo, bem como de Sua completa deidade, é um testemunho da sensibilidade espiritual dos cristãos crentes. Só podemos concluir que o uso de “Mãe de Deus” como um título para Maria que a leva a ser vista numa categoria quase-divina não é nada senão um grosseiro mau entendimento da verdadeira relação entre a bendita virgem de Nazaré e o eterno Deus que enviou o Filho eterno para nascer dela.


[1] J.N.D. Kelly, Doutrinas Cristãs Primitivas (San Francisco: Harper & Row, 1978), 494.
[2] Para uma discussão da Cristologia de Calcedônia, especialmente da sua relação com o Pentecostalismo da Unidade e o movimento “Somente Jesus”, veja o artigo A Trindade, a Definição de Calcedônia, e a Teologia da Unidade em http://www.aomin.org/CHALC.html.

Extraído e traduzido do livro “Mary - Another Redeemer?”, de James White.

Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 05 de Junho de 2004.
A Bíblia na Igreja Católica Romana Hoje
por
Heber Carlos de Campos

Desde o final do século XIX, três importantes encíclicas papais, além dos documentos do Concílio Vaticano II, deram novas diretrizes ao conceito da Igreja Católica Romana acerca da Escritura. As encíclicas são “Providentissimus Deus” (Papa Leão XII, 1893), “Spiritus Paraclitus” (Papa Benedito XV, 1920) e “Divino Afflante Spiritu” (Papa Pio XII, 1943). Esta última encíclica tem algumas afirmações muito importantes, como esta:
A mesma veneração os bispos deveriam se esforçar diariamente para aumentar e aperfeiçoar entre os fiéis entregues ao seu cuidado, encorajando todas aquelas iniciativas pelas quais os homens, cheios do zelo apostólico, louvavelmente lutem para estimular e promover entre os católicos um conhecimento maior e um amor maior pelos Livros Sagrados. Portanto, que eles favoreçam e dêem auxílio àquelas associações pias cujo alvo é distribuir cópias das Sagradas Letras, especialmente os evangelhos, entre os fiéis, e que procurem por todos os meios que nas famílias cristãs as mesmas sejam lidas diariamente com piedade e devoção...
Citando Jerônimo, o papa Pio XII também diz:
Ignorar a Escritura é ignorar Cristo... Se há qualquer coisa nesta vida que sustém um homem sábio e o induz a manter sua serenidade em meio às tribulações e adversidades do mundo, é, em primeiro lugar, eu considero, a meditação e o conhecimento das Escrituras. 2 
Essa nova abordagem em relação às Escrituras era absolutamente necessária na Igreja Católica Romana. Em certa medida alguns de seus líderes sentiram essa necessidade e o Concílio Vaticano II veio ratificar as afirmações das encíclicas.
O desejo de uma renovação da Igreja Católica estava na mente do papa João XXIII quando ele convocou o Concílio Vaticano II. Desde o Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja Católica não tinha experimentado transformação alguma em sua visão da Escritura. Por séculos ela permaneceu uma igreja estática. Era necessária uma renovação e a palavra italiana aggiornamento foi usada regularmente para expressar essa necessidade de adaptação, uma espécie de acomodação à nova realidade religiosa do mundo. Na última sessão do Vaticano II foi aprovada uma declaração de que esse aggiornamento, que é uma “acomodação” da vida religiosa, envolve dois processos simultâneos:
(1) “Um contínuo retorno às fontes de toda a vida cristã” (o Evangelho) “e à inspiração original das instituições religiosas.” (2) “O ajustamento dessas instituições às condições alteradas dos tempos.” — O primeiro processo é coberto pela palavra “renovação” (que, portanto, não significa “mudar,” mas “recobrar” as origens) e o segundo é coberto pela palavra “acomodação.” 3 
Esse aggiornamento trouxe várias conseqüências para a vida da Igreja Católica, mas este artigo irá tratar da nova ênfase colocada sobre a Escritura, porque ela determinou outros aspectos importantes da teologia e prática da igreja.
Veja-se o entusiasmo com que obras católicas tratam dessa nova ênfase sobre a Bíblia. Pode-se até ouvir a palavra “eureka” na citação a seguir:
Após um longo período de negligência, desde a Contra-Reforma, a Bíblia está novamente assumindo a sua função normativa nas vidas dos fiéis devido ao Reavivamento Bíblico do século XX.
Os autores católicos reconhecem, em algum grau, o pecado dos séculos passados, quando foi desestimulada a leitura da Bíblia pelo povo. Agora, a sua atitude para com a Bíblia é bastante positiva. Por causa desse entusiasmo, muitos católicos não precisam mais recorrer a nenhuma igreja evangélica, porque o ponto de atrito era a ausência da leitura da Bíblia no catolicismo. Como agora a Bíblia é lida e explicada dentro de muitas paróquias, nenhum católico precisa correr atrás de qualquer igreja protestante para ler ou ouvir alguma coisa sobre a Bíblia.
O entusiasmo de alguns círculos da igreja tem contagiado muitos fiéis católicos com um interesse pela leitura das Escrituras. Os próprios líderes da igreja de Roma se rejubilam com esse aggiornamento que eles chamam de “reavivamento”.
O movimento de despertamento em relação à Bíblia inclui não somente pessoas leigas, mas também líderes das comunidades que estão procurando coisas sólidas e consistentes para a vida de suas paróquias. Esse tipo de liderança não está seriamente preocupado com coisas que não são essenciais à fé, mas sinceramente deseja o retorno ao cristianismo do Novo Testamento. Esses católicos amam a sua igreja, embora alguns deles discordem abertamente de algumas de suas crenças que não têm base na Bíblia. Em tempos passados, alguns deles haveriam de abandonar a sua igreja pela ausência da Bíblia, mas hoje eles permanecem na mesma devido à nova ênfase na Escritura em algumas comunidades. Eles estão preocupados em manter a continuidade da tradição dentro da igreja, mas não com a mesma ênfase que havia no passado.
Geralmente falando, a Escritura tem tido uma real prioridade sobre a tradição em suas mentes. O amor pela Escritura começa a crescer na vida dessas pessoas.
Não é fácil dizer qual é a verdadeira posição do catolicismo romano sobre a Escritura hoje, especialmente porque o catolicismo é muito pluralista. Há muitas correntes dentro da igreja. Todavia, algumas opiniões emitidas aqui têm a ver com pessoas da instituição que estão dando valor à Escritura na vida prática, não propriamente com a atitude da instituição chamada Igreja Católica Romana.
A mesma coisa pode-se dizer do protestantismo atual. Houve tempo em que o protestantismo era um bloco bastante consistente com respeito à Escritura. Hoje ele é pluralista em muitos dos seus segmentos. Tanto no protestantismo como no catolicismo as novas concepções sobre a exegese têm determinado uma pluralidade de abordagens bíblicas. A abertura nessa área da exegese e da hermenêutica invariavelmente conduz a uma pluralidade de opiniões, porque a hermenêutica e a exegese determinam em boa medida a teologia das pessoas.
Portanto, o propósito deste artigo é analisar a posição oficial da Igreja Católica Apostólica Romana nos documentos do Concílio Vaticano II sobre a Escritura e os seus efeitos práticos na vida das pessoas.

I. A BÍBLIA NA LITURGIA DA IGREJA CATÓLICA

É correto dizer que a liturgia exerce um papel preponderante na vida da Igreja Católica Romana. Ela é, por excelência, uma igreja litúrgica. Na liturgia se exerce o ofício sacerdotal de Jesus, por causa da idéia de sacrifício que o nome missa denota e pela ênfase no sacramento do altar. Na liturgia da adoração pública são apresentados ao corpo místico de Jesus Cristo, a igreja, o seu corpo e sangue sacramentais.
Todavia, mais recentemente, a Escritura tem adquirido uma importância crescente na celebração da liturgia, especialmente após o Concílio Vaticano II.
Antes do Vaticano II, a Escritura não possuía um papel importante e significativo na liturgia da missa. O Vaticano II procurou restaurar o uso da Escritura na liturgia, uso esse que havia sido negligenciado durante séculos. É fácil inferir esse raciocínio da história e do texto da “Constituição da Sagrada Liturgia.” Houve uma reforma substancial na liturgia da igreja quanto ao uso das Escrituras. Hoje, de modo freqüente, a liturgia é chamada de “Liturgia da Palavra.” 5
Na liturgia a Escritura é usada oficialmente, a saber, a sua explicação é uma interpretação autorizada pela Igreja Católica Romana. A leitura da Escritura na liturgia é agora colocada lado a lado com a cerimônia do sacramento do altar. Antes, a ênfase era dada ao sacramento, mas agora alguma coisa começa a mudar. A leitura e a pregação da Palavra começam a ocupar um lugar que nunca haviam ocupado antes. O documento do Vaticano II diz que os fiéis devem ter um bom entendimento dos ritos e orações, eles devem tomar parte na ação sagrada, conscientes do que estão fazendo, com devoção e plena colaboração. Eles devem ser instruídos pela Palavra de Deus, e ser nutridos na mesa do corpo do Senhor.6
Há um equilíbrio maior (ou ao menos um desequilíbrio menor!) entre o pão da Palavra e o pão eucarístico. Em muitas congregações locais os fiéis recebem uma verdadeira instrução e nutrição através da Palavra de Deus.
Em suma, desde as encíclicas “Providentissimus Deus” (1893) e “Divino Afflante Spiritu” (1943) a liturgia de Roma tem enfatizado significativamente o uso da Bíblia, após um longo período de negligência. É verdade que essa ênfase não se verifica em todas as paróquias, mas muitos católicos estão vendo a Bíblia com novos olhos, um mundo novo se lhes desponta! Portanto, até se torna menos desconfortável para os protestantes presenciar um ato de culto em algumas paróquias católicas, pela ênfase que é dada à leitura e ao estudo da Escritura. Tem havido, em alguns círculos um pouco mais isolados, uma espécie de “quase centralidade” da Escritura na liturgia.

A. Algumas Mudanças Reais Resultantes da Ênfase à Bíblia na Liturgia

Há algumas considerações importantes que resultam do uso da Bíblia na liturgia da Igreja Católica e elas são expressas formalmente nos documentos do Vaticano II:
1. A Igreja Católica Romana “venera a Escritura como ela venerou o Corpo do Senhor.” O Cardeal Bea diz que a Constituição da Sagrada Liturgia começa por comparar a Escritura com o corpo eucarístico de nosso Senhor, a fim de mostrar a profunda veneração sentida pela Igreja pelos escritos sagrados que são o pão da vida.
Isto significa que a Escritura está assumindo um papel mais importante na liturgia de Roma do que no passado, quando somente o sacramento da eucaristia tinha uma importância real.
O Cardeal Bea argumenta que a liturgia sagrada sempre tem feito um uso abundante da Escritura, especialmente no ofício divino e na missa. Não se pode negar que houve períodos decadentes, nos quais a pregação da Escritura e a ênfase no estudo bíblico foi negligenciada, mas mesmo durante esses períodos o pão da palavra de Deus foi permanentemente oferecido aos filhos de Deus na liturgia. Ao menos com leituras e o mínimo de explicação, se somente forem consideradas as passagens dominicais do Evangelho, a Igreja continuou a oferecer aos fiéis o alimento da Palavra de Deus.9
2. A presença de Jesus Cristo na liturgia também está ligada à pregação da Palavra. “Ele está presente em sua palavra visto que é ele próprio quem fala quando as Escrituras são lidas na Igreja.”10 Portanto, a presença de Jesus Cristo é sentida pelos fiéis não somente no sacramento, como se crê tradicionalmente, mas a pregação da Palavra traz Cristo para o meio dos fiéis.
3. A liturgia sagrada possui um grande elemento de instrução que é realizada através da Escritura: “Embora a liturgia sagrada seja principalmente a adoração da majestade divina, ela contém igualmente muita instrução para os fiéis. Pois na liturgia Deus fala ao seu povo e Cristo ainda proclama o seu evangelho.”11 Esse papel pedagógico tem crescido na liturgia da Igreja Católica Romana. O Concílio insiste que a Escritura Sagrada é da maior importância na celebração da liturgia, pois é dela que as lições são lidas e explicadas na homilia e nos salmos que são cantados. É das Escrituras que as orações, as ofertas e os hinos retiram a sua inspiração e a sua força, e que as ações e os sinais derivam sua mensagem.12 
Isso significa que a liturgia não consiste somente de leituras da Bíblia, mas também de cânticos, orações, etc., extraídos da Bíblia. O alvo é tornar a celebração da missa uma celebração da Escritura. Portanto, o texto sobre a liturgia continua: “Como conseqüência, a fim de se obter a restauração, o progresso e a adaptação da liturgia sagrada, é essencial promover esse doce e vivo amor pela Escritura...”13

B. Alguns Resultados da Ênfase à Escritura na Liturgia

Essa ênfase sobre a Escritura tem produzido alguns efeitos práticos em muitas congregações católicas:

1. Os fiéis têm ouvido muito mais da Escritura publicamente: “Nas celebrações sagradas uma leitura mais ampla, mais variada e mais apropriada da Escritura deveria ser restaurada.” 14  “Os cultos bíblicos deveriam ser encorajados.” 15 
2. Os fiéis têm ouvido pregações baseadas na Escritura: “O ministério da pregação deve ser cumprido mais fiel e cuidadosamente. O sermão, além disso, deveria retirar o seu conteúdo principalmente das fontes escriturísticas e litúrgicas...” 16 
3. Os fiéis têm ouvido a Escritura de um modo mais acessível. O alvo dessa liturgia renovada é facilitar o entendimento da Escritura: “Leituras da Escritura Sagrada serão arranjadas de forma que as riquezas da palavra divina possam ser facilmente acessíveis numa medida mais abundante”. 17 
4. Os fiéis têm participado da liturgia da Palavra de um modo mais efetivo: “As leituras que precedem o evangelho deveriam ser lidas por um dos participantes (homem ou mulher)...” 18
Nas diversas partes da Constituição há afirmações como esta: “Nas leituras que são interpretadas pela homília, Deus fala ao seu povo, revela-lhes os mistérios da Redenção e Salvação, e lhes proporciona nutrição espiritual...”19 Essa é a esperança de todos os cristãos genuínos a respeito desse novo movimento em alguns círculos da Igreja Católica Romana. Através da pregação da Palavra de Deus, as pessoas vêm ao entendimento, pela fé, dos mistérios da redenção através do Filho de Deus. Se muitos católicos não lêem a Bíblia privadamente, em suas casas, eles podem ouvi-la, ao menos em alguma medida, na liturgia da Palavra e podem vir ao conhecimento pessoal de Jesus Cristo.
Hoje é o que realmente está acontecendo. A esperança do genuíno evangélico é que o Espírito Santo possa operar regeneradoramente, dando vida e salvando pessoas que ouvem a leitura e a pregação da Palavra, ainda que muitos desses pregadores não anunciem com fidelidade o real sentido que o autor bíblico quis dar, por causa de alguns comprometimentos hermenêuticos, dos quais falaremos logo adiante. No mínimo, há uma grande diferença entre o catolicismo do período da Contra-Reforma (e até a metade do século XX, quando as mudanças ainda não haviam sido implantadas de fato nas comunidades católicas a despeito das encíclicas papais) e o período em que estamos vivendo: Pessoas católicas outrora críticas (e até perseguidoras) dos protestantes lendo a Bíblia! Isso pode vir a ser o começo de um despertamento espiritual naqueles que lêem a Santa Escritura, mas não um aggiornamento! Este é uma tentativa de adaptação ao status quo religioso do mundo; aquele, todavia, pode ser o começo de uma real transformação das pessoas!
 
II. A BÍBLIA NAS QUESTÕES ECUMÊNICAS 
A. O Uso da Escritura Como Meio de Obter Conquistas Ecumênicas
O caráter ecumênico do Concílio Vaticano II é percebido claramente nas suas declarações. É absolutamente evidente que as mudanças ocorridas tiveram o propósito de unir os batizados ao redor do mundo. Na introdução do Decreto sobre o Ecumenismo, diz-se: “A restauração da unidade entre todos os cristãos é uma das preocupações principais do Concílio Vaticano II.”20 Desde aquele tempo, a Igreja Católica Romana tem feito esforços no sentido de estabelecer relacionamentos entre todos os ramos da cristandade. Um novo clima foi criado dentro da vida e do pensamento da igreja, que torna possível ver-se uma abertura em muitos aspectos da sua atitude. A mudança de clima tem a ver com a atitude católica para com os grupos que lhe foram uma ameaça no passado, especialmente os grupos protestantes históricos.
A imagem que a Igreja Católica tinha do movimento da Reforma foi propositalmente mudada. Creu-se, então, haver uma grande diferença entre o espírito do Vaticano I e o do Vaticano II, especialmente no tratamento de áreas que separaram católicos e protestantes na época do Concílio de Trento, como as idéias sobre a Escritura. De fato, houve mudanças, mas o antigo espírito da supremacia de Roma não morreu.
Nos primeiros anos após o Vaticano II, alguns protestantes começaram a ver mudanças na Igreja Católica e animadamente se renderam aos apelos ecumênicos de Roma. Creu-se entre alguns deles que não havia mais um espírito de superioridade ou de triunfalismo na Igreja Católica. A citação abaixo é a opinião de um respeitado protestante reformado, que, ingenuamente, pareceu ficar fascinado com o ecumenismo. Veja-se o que Berkouwer escreveu: “Um espírito de anti-triunfalismo nos cerca, não somente entre os leigos, mas também entre muitos líderes notáveis.”21 A nova ênfase sobre a Escritura “que se afirma estar em harmonia tanto com a igreja antiga quanto com a igreja medieval, coincide com o dinamismo da atual erudição bíblica católica.”22 Berkouwer ainda continua dizendo que “a virada da teologia católica para a Escritura e o retorno da teologia evangélica à tradição oferece-nos a esperança de um diálogo frutífero sobre a Escritura e a tradição.”23 Essa é uma observação certamente honesta de um protestante crédulo que não podia enxergar tudo o que ainda viria pela frente. Alguns grupos protestantes ainda hoje estão mostrando uma nova disposição para com a tradição e o ponto principal que os une é o novo uso da Escritura. A igreja tem usado essa nova ênfase sobre a Escritura de um modo muito inteligente, e muitos protestantes têm aceito o desafio do ecumenismo.
Todavia, recentemente o Papa João Paulo II (através do Cardeal Joseph Ratzinger) jogou um balde de água fria em alguns ecumenistas protestantes, quando declarou que só a Igreja Católica é a igreja verdadeira, e somente dela e através dela vem a salvação.24  Volta novamente à carga a errônea interpretação que Roma deu ao correto dito antigo de Cipriano, Extra ecclesiam nulla salus (“Fora da Igreja não há salvação”),25 entendendo pelo termo “igreja” unicamente a Igreja Romana.
O uso da Escritura, que foi assinalado pelo Vaticano II como meio para obter conquistas ecumênicas, e poderia ter sido positivo se tivesse reais propósitos de unir os cristãos, foi enfraquecido pela declaração recente do papa, que vai afastar de um modo razoável qualquer possibilidade de aproximação da parte de cristãos evangélicos.
Alguns desses evangélicos, se estavam com qualquer desejo de aproximação ecumênica, certamente, a esta altura, já começaram a perceber a falácia das aberturas da instituição católica no Vaticano II, sem, todavia, desprezar o que Deus pode fazer através da leitura da Escritura, que pode aproximar cristãos comuns que querem aprender a verdade de Deus.


B. O Uso de um Novo Método Exegético como Meio de Obter Conquistas Ecumênicas

O reavivamento dos estudos bíblicos de fato começou no final do século XIX, quando o Padre Marie-Joseph Lagrange introduziu um novo método de exegese, ao criar uma escola de pesquisa bíblica na Palestina. Lagrange e outros eruditos católicos estavam preparando o solo para um futuro concílio ecumênico, mas naquele tempo eles nem sonhavam com tal possibilidade.
A investigação da Escritura foi fortalecida nos anos quarenta quando Pio XII publicou a encíclica “Divino Afflante Spiritu” (1943).
No começo dos anos quarenta, um grupo reacionário fez campanha contra essa nova corrente científica e exigiu um retorno à exegese “espiritual” dos pais antigos... Pio XII respondeu rápida e vigorosamente em defesa do estudo científico da Bíblia.26
De fato, podemos concluir que Pio XII “apoiou — antes, devemos mesmo dizer que ele exigiu severamente — o estudo científico da Bíblia.27  Esta abertura da investigação científica da Escritura aproximou eruditos católicos e protestantes na “preocupação comum de conhecer a Bíblia”.28 
A essa altura, uma importante mudança já havia acontecido nos círculos protestantes: a abordagem moderna da Escritura já era uma realidade dentro do protestantismo. As igrejas protestantes já haviam sido campeãs de mudanças na teologia desde o Iluminismo. O pluralismo teológico era também uma realidade nas igrejas protestantes daquela época. Em 1948 foi criado o Concílio Mundial de Igrejas com idéias que estavam longe de ser ortodoxas e anti-ecumênicas. Era um grande instrumento que ficaria do lado de Roma. Tudo favorecia a aparecimento do movimento ecumênico. Com a abertura da Igreja Católica para os estudos bíblicos, a oportunidade do ecumenismo tornou-se uma grande possibilidade. O estudo da Bíblia (que tradicionalmente os protestantes históricos tanto prezam) seria, no mínimo, muito bem-vindo entre vários círculos protestantes, especialmente os de mente mais aberta, sem excluir alguns mais fechados que dão grande valor à Escritura. A Igreja Católica sabia disso e não perdeu tempo. Veja o que diz o sacerdote norte-americano Stuhlmueller:
Os estudos bíblicos também capacitaram os teólogos católicos romanos a expressarem seus próprios pensamentos assim como a doutrina da igreja em linguagem muito mais inteligível aos seus colegas protestantes. As frases bíblicas tenderam a substituir a terminologia escolástica. Pela primeira vez em séculos, protestantes e católicos foram surpreendidos ao verificarem que compartilhavam uma definição comum de Fé e poderiam até dizer que o homem é justificado pela fé somente, contanto que a fé fosse definida biblicamente e não escolasticamente confinada a um ato do intelecto. O que havia sido uma questão central da Reforma, um campo-de-batalha ferozmente disputado por católicos e luteranos, agora é um lugar tranqüilo de diálogo pacífico.29 
Desde 1943 os estudos bíblicos haviam preparado a igreja para o Vaticano II e para aproximar católicos e protestantes e, dessa maneira, substituir alguns termos teológicos importantes a fim de torná-los mais inteligíveis para os protestantes. Uma nova terminologia teológica estava sendo preparada para ganhar a simpatia dos protestantes. Enquanto a crítica bíblica estava se tornando um motivo de controvérsia entre os padres católicos no Concílio Vaticano II, este foi exatamente o ponto em que católicos e protestantes se encontraram, de onde derivaram os seus pensamentos comuns e onde buscaram um entendimento mútuo através de uma nova metodologia nas abordagens bíblicas.
O Vaticano II ratificou o uso dos métodos modernos e científicos nos estudos bíblicos, embora não diretamente, como um meio de se aproximar dos círculos protestantes. A ênfase nos estudos bíblicos tem sido benéfica para essa união, mas essa é apenas uma visão unilateral do ecumenismo católico-protestante.
Avery Dulles, analisando o pensamento recente dos protestantes e católicos sobre a Escritura, com base nos documentos do Vaticano II e da Comissão de Fé e Ordem do Concílio Mundial de Igrejas,30 reconhece que nem todas as barreiras foram transpostas, e que ainda existe um longo caminho para que haja uma verdadeira reconciliação. “Como resultado, não mais é seguro pressupor que tanto os protestantes como os católicos se apeguem às ortodoxias clássicas de suas próprias igrejas, como expressas nos séculos passados.”31 Dulles está certo, visto que protestantes e católicos estão estudando juntos, mas tanto os católicos como os protestantes envolvidos nessa empreitada de estudos bíblicos já perderam as suas identidades originais. Talvez por isso essa conquista ecumênica nos estudos da Bíblia seja possível. Os grupos protestantes que estão diretamente envolvidos no movimento ecumênico não são os mesmos de décadas atrás.
Dulles coloca juntos dois campeões da teologia do século XX de ambos os círculos, católico e protestante, Karl Rahner e Karl Barth respectivamente, nas matérias de inspiração e autoridade da Escritura:
Para os católicos, a teoria de Rahner funcionou de um modo semelhante à de Barth para os protestantes. Isto capacitou-os a aceitar e a lucrar com os avanços exegéticos modernos sem comprometer a sua fé bíblica. Barth e Rahner, habilmente secundados por muitos teólogos menos celebrados, prepararam o caminho para as convergências católico-protestantes dos anos 1960.32 
Realmente, o movimento ecumênico desenvolveu-se na década de 60, embora muitos protestantes ortodoxos tenham se firmado na antiga posição. O ponto de convergência nessa manifestação ecumênica foi o estudo da Escritura.
A Igreja Católica tem usado essa questão-chave da Escritura de um modo muito inteligente para ser um ponto precioso de contato com os protestantes, pelo fato de ele ter sido o grande ponto de divergência no passado. Agora, a Escritura é ponto-de-partida para unir os dois grandes ramos da cristandade.
Quando menciona-se essa espécie de ecumenismo, é bom ter em mente que a referência está mais ligada ao liberalismo, à neo-ortodoxia, ao movimento neo-liberal e outros, do que à teologia da ortodoxia protestante. Essas recentes correntes pré e pós Vaticano II, citadas acima, na teologia protestante, têm alterado as suas concepções a respeito da Escritura, visto que aceitaram uma nova metodologia na exegese bíblica. Por esta razão, houve a grande possibilidade (que se tornou uma realidade até um certo ponto) desta abordagem ecumênica. A ortodoxia protestante ainda não tem dado abrigo a essas questões ecumênicas, exceto no envolvimento recente de alguns líderes protestantes, como foi o caso de J.I. Packer e de outros evangélicos de renome internacional.33 Depois da recente reafirmação da supremacia católica sobre os outros cristãos, seria interessante ver o posicionamento desses evangélicos que foram atraídos pela abertura católica. Certamente, depois de cativá-los, a Igreja Católica vai mostrar ainda mais abertamente as suas reais intenções de dominação. É só esperar para ver.


C. O Uso da Hermenêutica como um Meio de Obter Conquistas Ecumênicas

As abordagens ecumênicas devem ser vistas como questões hermenêuticas. A grande proximidade entre católicos e protestantes progressistas está evidente nas questões da concepção sobre a autoridade e inspiração da Escritura. Em algumas confissões protestantes modernas há algumas afirmações sobre a Escritura que são ambíguas e o entendimento do texto dessas confissões depende das posições teológicas que alguém assume. Dulles afirma categoricamente que o termo inerrância, embora presente no esquema original de 1962, foi retirado no texto final da Dei Verbum. O concílio de preferência faz a afirmação ambígua de que “os livros da Escritura” ensinam “firmemente, fielmente e sem erro a verdade que Deus quis colocar nos escritos sagrados por causa de nossa salvação” (DV 11). Enquanto outros comentaristas interpretam esta sentença no sentido de excluir todo erro da Bíblia, ela pode ser lida como asseverando que, enquanto possa haver afirmações errôneas ali ou acolá, elas são corrigidas em outro lugar ou não afetam o significado do todo. Além disso, a afirmação do Concílio parece permitir erros em matérias sem importância para a nossa salvação.34 
Nestas últimas décadas, têm sido comuns afirmações com significado dúbio ou incerto, especialmente em círculos da neo-ortodoxia. Não há mais o espírito de dogmatismo que separou os ramos da cristandade no passado. Este é o raciocínio por trás de todas as formulações teológicas atuais. O texto é escrito, mas a interpretação pode variar dependendo da pressuposição teológica do leitor. Nesta matéria protestantes e católicos trabalham juntos. Embora possa haver importantes discordâncias entre esses grandes ramos da cristandade, há algumas convergências em círculos hermenêuticos. Com uma nova terminologia proposta pelos católicos, os protestantes aquiescem em estabelecer diálogo com eles. A Dei Verbum (capítulo 6) “discute os usos da Escritura na vida da igreja — na liturgia, na pregação e na oração. Nesta seção, os protestantes encontrarão muitos termos familiares.”35 Esta foi a tática inteligente dos católicos. Com mentes bastante mudadas em seus círculos hermenêuticos, os protestantes não tiveram problemas em aceder.
Esta nova abordagem hermenêutica teve o seu nascedouro na encíclica “Divino Afflante Spiritu” (1943), de Pio XII, que encorajou na igreja o reconhecimento de novas formas literárias e a aceitação de uma nova metodologia exegética.
O Vaticano II, na Dei Verbum, reproduz o ensino da instrução de 1964 de uma forma concisa, suficiente, contudo, para dar autorização conciliar para o uso discreto da crítica da forma e da crítica da redação (DV 19). Fazendo assim, o Vaticano II comprometeu plenamente a Igreja com os métodos modernos de erudição bíblica, repudiando assim a antiga abordagem fundamentalista comumente encontrada na exegese católica anterior ao século XX.36 
Na Conferência de Fé e Ordem em Montreal, alguns grupos protestantes mostraram uma disposição de fazer concessões quanto à indispensabilidade da tradição em contraste com a posição de “Sola Scriptura.37 Este foi o modo de manter a esperança de diálogo com a Igreja Católica, visto que ela havia mudado ligeiramente a sua antiga posição a respeito da autoridade da Tradição e da Bíblia. Na Dei Verbum (7-10), a Igreja Católica recusou-se a afirmar que há “duas fontes” ou que algumas verdades reveladas estão contidas na tradição somente. Ao invés disso, a Constituição acentuou o caráter vivo e dinâmico da tradição como o processo de transmitir a palavra de Deus, que está indivisivelmente presente tanto na Escritura como na tradição. Por outro lado, o Concílio recusou-se a demover a tradição para uma posição meramente secundária, como se tudo tivesse de ser testado pela Bíblia somente como a regra final de fé.38 
Houve uma concessão de ambas as partes para que se estabelecesse um diálogo quanto ao tema da Escritura.
Os documentos do Vaticano II e os da Comissão de Fé e Ordem, conquanto não tenham superado totalmente todas as disputas históricas entre católicos e protestantes, caminham um longo percurso em direção a uma reconciliação. Como resultado, não mais é seguro supor que tanto os protestantes como os católicos venham a aderir às ortodoxias clássicas de suas próprias igrejas, da forma como foram expressas nos séculos passados. Desde a metade dos anos sessenta, a reflexão bíblica católica-protestante tem embarcado numa história comum, com certas tensões interconfessionais ainda permanecendo.39
Após a encíclica “Divino Afflante Spiritu”, a Igreja Católica tem seguido os passos do protestantismo — e também tem caído, à semelhança de alguns ramos deste, na permissividade teológica, fazendo sérias concessões em suas antigas posições. Esse é o caminho do liberalismo teológico do protestantismo que a Igreja Católica tem seguido: essas concessões teológicas tendem a descaracterizar alguns aspectos importantes da igreja. É lamentável que a Igreja Católica tenha começado suas mudanças de um modo equivocado. Seria muito melhor para o cristianismo se essas mudanças tivessem sido de um outro modo.
Quando João XXIII colocou o Vaticano II sob a senha do aggiornamento (que poderia ser traduzido como “adaptação”, “acomodação” ou “modernização”), ele acabou levando a igreja a uma acomodação ao pano-de-fundo teológico em vigor da época. Foi uma espécie de protestantização da Igreja Católica Romana, mas ela tomou emprestado um aspecto negativo do protestantismo — sua concepção moderna da Escritura. “Na realidade havia algo muito mais profundo ocorrendo nos textos assim como nas coisas que aconteceram no Concílio do que um mero desejo de ‘adaptar-se’ ao mundo.”40 Em períodos anteriores a igreja fez outros “aggiornamenti” que foram longe demais. Em terras brasileiras, por exemplo, chegou-se ao sincretismo, que a igreja não fez questão de evitar para alcançar alvos estatísticos ou evitar atritos com as religiões africanas que se infiltravam em seus círculos. No Vaticano II houve um desejo genuíno de renovação, mas em matéria de Escritura, ao invés de melhorar a sua hermenêutica, os católicos ficaram do lado do protestantismo liberalizante que, a essa altura, já havia começado o seu ciclo decadente.
Desde a publicação da encíclica “Divino Afflante Spiritu” (1943) por Pio XII, houve uma renovação bíblica no catolicismo, e muitos livros têm sido publicados na área de estudos bíblicos. Talvez “nenhum outro movimento dentro do catolicismo do século XX, com a exceção do reavivamento litúrgico destes últimos anos, despertou tão entusiasticamente o interesse e influenciou tanto a atividade do Vaticano II como a crítica bíblica.”41 No entanto, as conseqüências teológicas para a Igreja Católica não tardaram a aparecer. Na verdade, ao invés de um genuíno reavivamento das Escrituras na instituição católica, acabou ocorrendo um simples aggiornamento, uma espécie de conformação com o status quo teológico vigente num mundo ainda detentor de resquícios do modernismo teológico. Embora já tenha entrado no âmbito do pós-modernismo, contudo, não escapou totalmente do primeiro.


D. A Bíblia e a Vida Devocional

Desde o Vaticano II, a Igreja Católica tem se preocupado com o uso da Escritura na pregação e na vida dos clérigos, sacerdotes e teólogos. Ela dedicou algumas linhas importantes da Dei Verbum aos fiéis. Esta preocupação tem causado algumas mudanças importantes na vida da igreja. Na Dei Verbum se lê: “O acesso à sagrada Escritura deve ser aberto amplamente aos fiéis cristãos.”42 Desde esse tempo, a igreja tem feito esforços para colocar a Escritura nas mãos dos católicos. Traduções foram feitas, porque o Vaticano II corretamente afirmou que a nutrição da Escritura “ilumina a mente, fortalece a vontade e inflama os corações dos homens com o amor de Deus.”43 De acordo com a Dei Verbum “a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo.”44 Portanto, “os filhos da igreja podem familiarizar-se segura e proveitosamente com as Sagradas Escrituras, e se encherem de seu espírito.”45 
O papel do fiel não é meramente passivo na aceitação da nutrição espiritual. Conforme o Vaticano II, ele próprio deve ler e estudar a Palavra de Deus atentamente. Em contraste com o que aconteceu no passado, os católicos contemporâneos têm acesso à Santa Escritura e podem vir a alcançar o conhecimento redentor de Cristo!
Parece que esta foi a parte mais significativa da abertura da Igreja Católica. O resultado mais importante do Concílio Vaticano II tem alguns efeitos práticos na vida das pessoas comuns. Algumas dessas pessoas que estão sendo confrontadas com a leitura da Bíblia têm tido um entendimento muito precioso a respeito da salvação pela graça e, por possuírem muito amor pela igreja-mãe, ainda permanecem nela, todavia, não sem conflito teológico. Muitos católicos estão formando o hábito de ler os livros da Bíblia e meditar neles. Esta foi uma forte recomendação do Concílio em seus vários documentos. O “Decreto sobre a Renovação da Vida Religiosa,” por exemplo, diz: “Que eles tenham a Sagrada Escritura nas mãos diariamente, de forma que possam aprender da ‘sublimidade do conhecimento de Cristo’ (Fp 3.18) por ler e meditar na Escritura divina.”46 
Uma verdadeira vida de piedade foi recomendada pelo Vaticano II. Além disso, exortando os fiéis a estudar e a meditar nas Escrituras, a “Constituição da Revelação Divina” acrescenta algumas instruções sobre como isto deveria ser feito. A leitura da Escritura deve ser acompanhada pela prática da oração: “Que eles se lembrem, contudo, de que a oração deve acompanhar a leitura da Sagrada Escritura, de forma que um diálogo aconteça entre Deus e o homem. Pois ‘falamos-lhe quando oramos; ouvimo-lo quando lemos os oráculos divinos.’”47 O Cardeal Bea, analizando os Documentos do Vaticano II, diz: “A oração é necessária de forma que a leitura [das Escrituras] não seja um puro exercício intelectual e acadêmico, uma atividade meramente humana.”48 
CONCLUSÃO
Essa abordagem do uso prático da Escritura é alvissareira. Agora as pessoas que lêem a Bíblia possuem o poder de Deus que pode penetrar nos seus corações — “o Evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...” (Rm 1.16). Esse é o aspecto carregado de esperança para aqueles que anseiam ver os seus patrícios conhecendo a verdade de Deus. Existem pessoas que, por causa da pregação da Escritura, têm sido estimuladas à sua leitura constante. Dentro dos círculos acadêmicos da Igreja Católica o estudo da Escritura está no nível da pesquisa. Os seus eruditos estão usando a crítica da forma, a crítica da redação, uma nova exegese. Contudo, as pessoas comuns não sabem nada dessas coisas. Elas simplesmente lêem a Palavra de Deus. O que é importante é que a Escritura agora lhes pertence. Agora muitos têm acesso à poderosa Palavra de Deus. Não importa o que os eruditos estejam fazendo com a Bíblia em suas abordagens hermenêuticas modernas; o importante é o fato de que Deus está cumprindo o seu plano de salvação através da leitura e do entendimento da Escritura na vida de muitos católicos contemporâneos.
Sejamos gratos a Deus porque ele tem feito uma grande obra no meio de círculos católicos. Todos nós crescemos neste país fortemente católico, com um catolicismo popular, progressista e sincrético, e em parte tridentino. Ainda me lembro de meus antepassados dizerem ter sido perseguidos por causa da leitura e da fé na Escritura. Foi um tempo difícil para nossos pais e avós, mas um tempo maravilhoso para testificar sobre a salvação. Desde o Vaticano II, Deus está operando mudanças, não na instituição propriamente, mas na vida de pessoas que acabaram tendo a Bíblia nas mãos. A graça divina tem sido manifesta em muitos que estão crendo nas verdades incontestáveis das Sagradas Escrituras porque estão sendo trabalhados pelo Espírito Santo antes que pelos métodos críticos da nova exegese ou da nova hermenêutica. Alguns daqueles que discriminavam os crentes por causa da Bíblia, agora lêem a Bíblia e crêem na sua plena veracidade e autoridade, amando a Cristo!
Deus usou as encíclicas papais e o Concílio Vaticano II para abrir a possibilidade de as pessoas comuns terem acesso à Bíblia. Embora as mudanças da Igreja Católica não tenham sido de todo salutares, porque a sua abordagem bíblica não é apropriada, algumas pessoas, inclusive sacerdotes e eruditos, têm tido uma experiência real com Jesus Cristo através das Escrituras.
Somos gratos a Deus porque ele usa as intenções de uma instituição como a Igreja Católica (mesmo que não sejam as intenções mais transparentes possíveis) para cumprir seus propósitos na vida de pessoas que ele designou salvar. A experiência dessas pessoas que agora têm acesso à Escritura é, em última instância, o resultado de uma abertura que agora a Igreja Católica não pode controlar, porque o Santo Espírito é o doador da vida e atua soberanamente. Como resultado da leitura da Escritura, as pessoas que têm sido atingidas pela graça começam a amar a Palavra de Deus e a crer nela de todo o coração. Quando isso acontece, essas pessoas não mais dependem da interpretação oficial da igreja. Uma nova reforma poderá acontecer, não necessariamente na instituição católica, mas na vida de muitos católicos. Essa é a nossa esperança e a nossa oração.

 
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*      O autor é ministro presbiteriano. Obteve seu doutorado (Th.D.) em Teologia Sistemática no Concordia Theological Seminary, em Saint Louis, Missouri, Estados Unidos. É professor de Teologia Sistemática no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper e no Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição.
Charles Dollen, ed., The Catholic Tradition (A Consortium Book, 1979), 322.
2 Ibid., 324.
Christopher Butler, The Theology of Vatican II (Londres: Darton, Longman & Todd, 1981), 18.
New Catholic Encyclopaedia, vol. II (St. Louis: McGraw-Hill, 1967), 520.
Austin Flannery, Vatican Council II — The Conciliar and Post Conciliar Documents (Nova York: Costello Publishing Company, 1987), 19.
6 Ibid., 19.
7 Ibid., 762.
Augustin Bea, The Word of God and Mankind (Chicago: Franciscan Herald Press, 1967), 266.
9 Ibid., 267.
10      Flannery, Vatican Council II , 5 (ver também pp. 212, 171).
11      Ibid., 11-12.
12      Ibid., 10.
13      Ibid.
14      Ibid., 12.
15      Ibid., 13.
16      Ibid., 12.
17      Ibid., 26.
18      Ibid., 145.
19      Ibid., 171.
20      Flannery, Vatican Council II, 452.
21      G.C. Berkouwer. The Second Vatican Council and the New Catholicism (Grand Rapids: Eerdmans, 1965), 36.
22      Ibid., 97.
23      Ibid., 98.
24      A recente publicação de “Dominus Iesus” (6 de agosto de 2000), um documento oficial da Congregação para a Doutrina da Fé com cerca de trinta páginas, mostra o totalitarismo da Igreja Católica, mesmo em matéria salvífica (ver o documento na Internet:
www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_com_cfaith_doc_20000806_dominus-iesus_en.html).
25      Esta frase é associada a Cipriano (morto em 268), que cria que a salvação só poderia acontecer dentro da igreja cristã. Mesmo no catolicismo pós-reforma continuou-se a crer que a salvação estava na igreja cristã, mas o termo igreja significava a Igreja Católica, e a atitude recente do Papa João Paulo II mostra uma vez mais que a velha supremacia de Roma permanece, ainda que enrustida por algumas décadas, por uma questão estratégica para ganhar os “irmãos separados.” 
26      Carrol Stuhlmueller, “Vatican II and Biblical Criticism,” em The Impact of Vatican II (Saint Louis, Missouri: B. Herder, 1966), 31.
27      Ibid., 34.
28      Ibid., 28.
29      Ibid.
30      Uma das comissões originadas na Conferência Missionária de Edimburgo, que reuniu-se pela primeira vez em Lausanne, em 1927. Com o movimento Vida e Obra (“Life and Work”), o Movimento Fé e Ordem ocasionou o surgimento do Concílio Mundial de Igrejas em Amsterdã, em 1948.
31      Avery Dulles, “Scripture: Recent Protestant and Catholic Views,” Theology Today 37 (1980/1981), 7.
32      Ibid., 12.
33 Pelo menos desde 1994 tem havido uma tentativa de diálogo oficial entre católicos e protestantes. Vários artigos têm sido publicados sob os auspícios de Evangelicals and Catholics Together (Evangélicos e Católicos Reunidos), uma organização que tem lutado por esse diálogo. Vários evangélicos de renome internacional, incluindo alguns de teologia reformada, como J. I. Packer, têm concordado com os católicos em alguns pontos, numa tentativa de aproximação ecumênica (para informações consulte o artigo “Evangelicals and Catholics Together: The Christian Mission in the Third Millenium,” no sitehttp://incolor.inetnebr.com/mdavis/evandcat.shtml
34      Ibid., 13.
35      Ibid., 15.
36      Ibid.
37      Ibid., 16.
38      Ibid., 17.
39      Ibid.
40      Oscar Cullmann, Vatican II – The New Directions (Nova York: Harper & Row, 1968), 77.
41      Stuhlmueller, “Vatican II and Biblical Criticism,” 27.
42      Flannery. Vatican Council II, 762. 
43      Ibid., 763.
44      Ibid., 764.
45      Ibid., 764-65.
46      Ibid., 614.
47      Ibid., 764.
48 Augustin Bea, The Word of God and Mankind (Chicago: Franciscan Herald Press, 1967), 289.

Jesus não hesitou em afirmar que é o único caminho a Deus:
"Respondeu-lhe Jesus, 'Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6).
Idolatria é adorar a criação em vez do Criador. A Bíblia diz em Romanos 1:22-23 “Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.”
Os mandamentos proíbem que adoremos ídolos ou imagens. A Bíblia diz em Êxodo 20:3-4 “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.”  

Versículos de Idolatria

Não vos virareis para os ídolos, nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. Levítico 19:4
Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. 1 Samuel 15:23
Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam. Salmos 115:4-8
E vieram a mim alguns homens dos anciãos de Israel e se assentaram diante de mim. Então, veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos no seu coração e o tropeço da sua maldade puseram diante da sua face; devo eu de alguma maneira ser interrogado por eles? Portanto, fala com eles e dize-lhes: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Qualquer homem da casa de Israel que levantar os seus ídolos no seu coração, e puser o tropeço da sua maldade diante da sua face, e vier ao profeta, eu, o SENHOR, vindo ele, lhe responderei conforme a multidão dos seus ídolos; para que possa apanhar a casa de Israel no seu coração, porquanto todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos. Portanto, dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Convertei-vos, e deixai os vossos ídolos, e desviai o vosso rosto de todas as vossas abominações. Porque qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel que se alienar de mim, e levantar os seus ídolos no seu coração, e puser o tropeço da sua maldade diante do seu rosto, e vier ao profeta, para me consultar por meio dele, a esse, eu, o SENHOR, responderei por mim mesmo. E porei o rosto contra o tal homem, e o farei um espanto, um sinal, e um provérbio, e arrancá-lo-ei do meio do meu povo; e sabereis que eu sou o SENHOR. E, se o profeta for enganado e falar alguma coisa, eu, o SENHOR, persuadi esse profeta; e estenderei a mão contra ele e destruí-lo-ei do meio do meu povo de Israel. Ezequiel 14:1-9
Portanto, meus amados, fugi da idolatria. 1 Coríntios 10:14
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Gálatas 5:19-21
Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; Colossenses 3:5
Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Êxodo 20:3-4
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Romanos 1:22-23
Portanto, meus amados, fugi da idolatria. 1 Coríntios 10:14
Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; Colossenses 3:5
Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. 1 Samuel 15:23
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Gálatas 5:20
Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem. Apocalipse 2:14
Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. Apocalipse 2:20
E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria. Atos dos Apóstolos 17:16




O CATOLICISMO E A IDOLATRIA

"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos". Êxodo 20:4-6
Meu primeiro contato com a idolatria Católica Romana foi em uma Catedral, em Juarez, no México, em 1954. Lá, vi algo horrível em forma de uma estátua de cera de um Cristo morto num caixão de vidro. A adoração de imagens e relíquias é parte central da religião Católica Romana.
Neste capítulo, a primeira coisa que temos que fazer é definir alguns termos que usaremos:imagensrelíquias e venerar. Na lição 17, o Catecismo Católico Romano de Baltimore define as imagens como "estátuas e quadros" e relíquias como "partes dos corpos dos santos ou objetos que eles usaram". O Random House Dictionary of the English Language define venerar como tendo origem em uma palavra latina que significa reverenciar, adorar. A veneração, de acordo com oWebster?s New Collegiate Dictionary, é "um ato que expressa adoração".
O USO QUE O CATOLICISMO FAZ DE IMAGENS E RELÍQUIAS
Os Católicos sentem a necessidade de ver um objeto tangível na adoração. O que alguém precisa fazer para compreender que os Católicos adoram imagens é abrir seus olhos. As imagens Católicas estão em todos os lugares desta cidade, nação e mundo. Às vezes visito nosso povo no Hospital São José, aqui em Kansas City, e, muitas vezes, estando lá, passo pela estátua de São José no átrio. Dirija pelas ruas na sua volta para casa essa manhã e verá Marias, santos e até estátuas de plástico de "Jesus" sobre o pára-lama dos carros de algumas pessoas. As pessoas têm, no peito, crucifixos e imagens com corações pagãos sangrando que supostamente representam o Senhor Jesus. As mulheres e as garotas Católicas sempre usam cruzes nas correntes ao redor de seus pescoços. Em suas igrejas, os Católicos oferecem incenso diante de suas imagens, beijam-nas, encurvam a cabeça diante delas, descobrem suas cabeças diante delas, ajoelham-se diante delas para rezar e as carregam em procissões de tempo em tempo. Os Católicos pensam que suas imagens têm poderes miraculosos para derramar lágrimas de verdade, às vezes sangrar, e até mesmo curar as pessoas doentes.
Quando alguns de nossos membros visitaram o Brasil alguns anos atrás, ficamos sabendo sobre a negra Virgem de Aparecida, uma imagem que é a santa padroeira da nação brasileira. Constantemente associam-se milagres a essa imagem. As pessoas deixam partes do corpo em plástico, como braços ou pernas, que representam os lugares em que querem ser curados. São levantadas altas somas de dinheiro com a venda dessas partes do corpo em plástico e ofertadas à Virgem que irá garantir a cura.
Em 1980, a imagem de Nossa Senhora de Fátima foi trazida de Portugal a São Louis. Em São Louis, o homem que estava encarregado pela visita dessa imagem disse ao St. Louis Globe Democrat, numa entrevista na edição do dia 2 de julho de 1980, que "milagres têm sido associados à estátua. Em 1978, durante a visita a Las Vegas, a estátua derramou lágrimas de verdade".
Em cada igreja Católica Romana deve ter pelo menos uma relíquia. Outro dia fui atrás da seguinte lista de relíquias em exibição em São Pedro, Roma: pedaços da verdadeira cruz de Cristo, dois espinhos da coroa de espinhos do Salvador, frascos de sangue do Salvador, a lança que atravessou seu lado, o manto que ele vestiu, o berço em qual Maria balançou o Senhor e também, os ossos de Pedro. Lembro-me de que, quando criança, ter ouvido meu pai especulando que, se todos os pedaços da cruz que estão agora nas igrejas da Europa fossem ajuntados, seria o bastante para construir quarenta casas de oito cômodos cada uma. Incluem-se entre outras relíquias, de várias igrejas Católicas ao redor do mundo, os pregos da cruz, o anel de casamento de Maria, frascos com o leite de Maria e partes da casa de Maria que, de alguma forma, foi miraculosamente transportada para a Itália.
A igreja de Wittenburg, na Alemanha, nos tempos de Martinho Lutero, tinha uma das maiores coleções de relíquias do mundo fora de Roma. Tinham mais de 17.000 relíquias em exposição em doze naves laterais no prédio da igreja e dizia-se aos visitantes que seria diminuída 1.902.202 anos e 270 dias a sua estada no purgatório, depois da morte por ter pagado uma taxa para vê-las .
Assim como as imagens, pensa-se que cada relíquia Católica tem, em algum grau, algum poder sobrenatural ligado a ela, dependendo da extensão do nível de educação do adorador. Estórias fantásticas de curas são relacionadas a essas relíquias. As pessoas fazem peregrinação a relicários onde essas relíquias podem ser encontradas. Verdadeiramente, o Catolicismo hoje é como a Atenas nos dias de Paulo, completamente entregue à idolatria.
A TENTATIVA DO CATOLICISMO DE JUSTIFICAR O USO DE IMAGENS E RELÍQUIAS
É importante que consideremos aqui o pronunciamento oficial do Catolicismo concernente ao uso de imagens e relíquias na adoração. O Conselho de Trento afirmou que "as imagens de Cristo, da Virgem Mãe de Deus e de todos os santos, devem ser tidas e mantidas, especialmente nas igrejas, com a devida honra e veneração que lhes devem ser dadas".
Catecismo de Baltimore, Confraternity Edition, diz, acerca da questão #223: "De todas as imagens, a mais sagrada é a representação da morte de Cristo na cruz, o crucifixo. Este deveria encontrar lugar na casa de todo Católico. A veneradíssima relíquia da Igreja é a cruz sobre a qual nosso Salvador morreu. A sua maior parte é mantida na igreja da Santa Cruz, em Roma, e pequenas partes estão distribuídas entre diferentes igrejas mundo afora". O Conselho de Trento disse: "O sagrado corpo dos santos mártires ... devem ser venerados pelos fiéis. Através dos seus corpos muitos benefícios são dados por Deus aos homens ... aqueles que afirmam que não se deve veneração e honra às Relíquias dos santos ... devem ser totalmente condenados".
O Catolicismo dá várias razões para o por quê usa relíquias e imagens na sua adoração. A questão #223 do Catecismo de Baltimore, diz: "Não oramos para o crucifixo ou para as imagens e relíquias dos santos, mas para a pessoa que eles representam". A lição 17 do Catecismo de Baltimore diz: Usamos pinturas, estátuas e crucifixos para nos relembrar de nosso Senhor, da Sua Abençoada Mãe e dos santos. Não oramos para as imagens e relíquias, mas para as pessoas que elas nos fazem lembrar".
É significativo que adoradores de ídolos pagãos ao redor do mundo dão exatamente as mesmas explicações que os Católicos para o porquê encurvam a cabeça diante de estátuas e relíquias: suas imagens têm o propósito de relembrar-lhes de seus deuses e suas orações são, de fato, para as pessoas que as estátuas representam.
A questão #223 do Catecismo de Baltimore explica a veneração de imagens pelo Catolicismo da seguinte forma: "Encontramos nelas formas de nos inspirar com afeição piedosa, de nos lembrar dos santos e de nos ajudar a orar com mais devoção. É por isso que a casa de todo verdadeiro Católico deve manter figuras santas na parede ou imagens sagradas entre a mobília".
Descendo a rua da casa de minha infância, em Oklahoma City, havia a Igreja Católica de Corpus Christi, cujo sacerdote era John J. Walde. Esse sacerdote escreveu um livrinho, O que você deveria saber sobre os Católicos, no qual disse, com relação às figuras dos santos: "Ver suas figuras recorda-nos de imitá-los. Além disso, sendo eles agora amigos de Deus no céu, podem ajudar-nos intercedendo diante de Deus se lhes pedimos para nos ajudar". A questão #219 doCatecismo de Baltimore diz: "Honramos as relíquias porque são os corpos dos santos ou objetos relacionados aos santos ou ao nosso Senhor".
A tentativa Católica Romana de justificar sua veneração ou adoração de imagens e relíquias certamente requer algumas ginásticas hermenêuticas práticas. Hermenêutica significa método de interpretação das Escrituras e o Catolicismo realiza algumas ginásticas hermenêuticas consideravelmente criativas na tentativa de justificar suas práticas nessa área.
Tentam explicar sua posição aludindo aos dez mandamentos e interpretando-os e reinterpretando-os. Como o segundo dos dez mandamentos de Deus é manifestadamente contra o uso de imagens e relíquias ele requer uma explicação extensiva e complicada se imagens serão usadas na adoração.
O segundo dos dez mandamentos de Deus encontra-se em nosso texto para essa mensagem, Êxodo 20:4-6. "Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás". Muitos catecismos Católicos omitem esse segundo mandamento e re-numeram o resto fazendo que o número três torne-se o número dois, que o número quatro torne-se o número três, até chegar ao décimo mandamento, que dividem em dois mandamentos distintos. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, numero nove, e Não cobiçarás coisa alguma do teu próximo.
Veja-se o que o Catecismo de Baltimore diz acerca da questão #220: "O primeiro mandamento proíbe fazer e usar estátuas e gravuras apenas quando promovem falsa adoração". No entanto, se alguém olhar sua Bíblia, encontrará que o primeiro mandamento não se refere especificamente a imagens. É o segundo mandamento que se refere a imagens, mas Roma tem omitido esse mandamento de seus catecismos. O segundo mandamento não faz nenhuma distinção entre verdadeira ou falsa adoração, proíbe, no entanto, qualquer tipo de imagem na adoração!
A questão #224 do Catecismo de Baltimore diz: "Qual é o segundo mandamento de Deus? O segundo mandamento é: Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão". Mais uma vez, se alguém olhar sua Bíblia, encontrará que esse não é o segundo mandamento. Esse é o terceiro!
A versão Douay-Rheims das escrituras, uma versão Católica oficial, tem essa nota de roda pé em Êxodo 20:4: "Mas, por outro lado, imagens, gravuras ou representações, ainda que na casa de Deus, ou em qualquer santuário não são necessariamente proibidas, mas são expressamente autorizadas pela Palavra de Deus". Exige-se realmente algumas ginásticas hermenêuticas engenhosas para tal explicação do segundo mandamento!
De onde vem o uso de imagens e relíquias da adoração Católica? De sua própria admissão e, por fatos históricos, da tradição da igreja, e não da Palavra de Deus. A adoração de imagens foi oficialmente sancionada pela igreja Católica no segundo conselho de Nicea, em 787 d. C.. A declaração oficial do Conselho concernente ao uso de imagens é a seguinte: "Os cristãos não deveriam só servir e honrar as imagens, mas venerá-las e adorá-las".
O QUE A PALAVRA DE DEUS DIZ SOBRE A ADORAÇÃO DE IMAGENS E RELÍQUIAS
A concordância de Cruden da Bíblia define a palavra idolatria assim como ela ocorre nas escrituras: "fazer alguma imagem ou semelhança de Deus ou alguma outra criatura para um fim religioso". Essa é certamente uma definição bíblica de idolatria!
O argumento Católico de que realmente não adoram suas imagens mas as pessoas que elas representam não suporta um exame cuidadoso. Primeiramente consideramos a declaração oficial que lemos a pouco do Conselho de Nicea que afirma os Católicos adoram suas imagens.
A Palavra de Deus diz que o uso de imagens e relíquias na adoração é idolatria! De acordo com a Palavra de Deus, toda adoração de imagem é idolatria não importando quem ou o quê a imagem possa representar! A Palavra de Deus proíbe estritamente o uso de imagens na adoração. Centenas de referências da Palavra de Deus condenam fazer ou usar imagens. Segundo a lei moral eterna de Deus, nos dez mandamentos, fazer ou adorar imagens é um ato proibido por Deus.
O segundo mandamento de Deus é um dos mais claros e mais fáceis de todos os mandamentos para entender. Êxodo 20:4-6 diz: "Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos". É claramente contrário à lei moral de Deus fazer, encurvar-se, ou ainda possuir uma imagem de Deus, de Cristo ou de algum santo.
A santa Palavra de Deus proíbe absolutamente o uso de imagens. Levítico 26:1 diz: "Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o Senhor vosso Deus". Toda vez em que você vir a fotografia do Papa encurvando-se em frente a imagem de Maria, lembre-se apenas que o segundo mandamento de Deus diz: "Não te encurvarás a elas"!
Deuteronômio 4:15-16 e 23 expande o segundo mandamento de Deus. "Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo; para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher ... Guardai-vos e não vos esqueçais da aliança do Senhor vosso Deus, que tem feito convosco, e não façais para vós escultura alguma, imagem de alguma coisa que o Senhor vosso Deus vos proibiu". Isaias 42:8 diz: "Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura". As estátuas de Maria, Pedro e "Jesus" são tão imagens de escultura quanto as estátuas de Buda e Baal!
Ainda que fosse verdade que os Católicos oram apenas para a pessoa representada pela imagem, também seria pecado usar os ídolos, porque Deus proibiu o uso de imagens na adoração e porque há apenas um mediador entre Deus e os homens. Esse mediador não é Maria, os santos nem suas imagens ou relíquias, mas o próprio Cristo. A adoração Católica de imagens e relíquias só pode ser chamada de uma coisa, de acordo com a Palavra de Deus, isto é, idolatria!
A conferência de Jerusalém, em Atos 15:20, alertou contra a adoração de ídolos pelos Cristãos como algo que os poluem espiritualmente. I Coríntios 10:14 diz aos Cristãos: "Portanto, meus amados, fugi da idolatria". I João 5:21 alerta aos Cristãos: "Filhinhos guardai-vos dos ídolos. Amém".
A Palavra de Deus conta-nos que Deus odeia a idolatria! Na Palavra de Deus, um dos pecados mais horrendos na Israel do Velho Testamento era a adoração de imagens. Deuteronômio 16:22 diz que Deus odeia as imagens. "Nem levantarás imagem, a qual o Senhor teu Deus odeia".
A palavra mais forte usada na Palavra de Deus para expressar algo detestável é abominação e, muitas vezes, a Palavra de Deus chama a adoração imitativa de abominação. Por exemplo, I Reis 11:5 e 7 diz que as imagens que Salomão adorou por influência de suas esposas eram abominação aos olhos de Deus. "Porque Salomão seguiu a Astarote, desusa dos sidônios, e Milcom, a abominação dos amonitas ... Então edificou Salomão um alto a Quemós, a abominação dos moabitas, sobre o monte que está diante de Jerusalém, e a Moloque, a abominação dos filhos de Amom".
Em Deuteronômio 27:15 Deus lança uma terrível maldição sobre todos aqueles que quebram seu segundo mandamento. "Maldito o homem que fizer imagem de escultura, ou de fundição, abominação ao Senhor, obra da mão do artífice, e a puser em um lugar escondido. E todo o povo, respondendo, dirá: Amém".
A Palavra de Deus enfatiza a tolice que é usar imagens e relíquias na adoração. Por exemplo, Salmos 115:4-8 diz: "Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Tem boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam".
Em seu grande livro, O Catolicismo Romano, Loraine Boettner descreve a tolice que é a adoração de imagens. Para viver, o homem ora Àqueles que estão mortos. Para a saúde, ora Àqueles que não têm saúde ou longevidade. Para uma boa viagem, ora Àqueles que não podem mover um pé. Para HABILIDADE e sucesso, ora Àquele que não pode fazer nada. Para sabedoria, direção e benção, sujeita-se estupidamente a um pedaço de madeira ou pedra.
A Palavra de Deus nunca ensina o uso de imagens ou relíquias! O Senhor Jesus nunca usou ou possuiu qualquer imagem ou relíquia enquanto esteve sobre a terra. Nunca recomendou o uso de qualquer uma dessas coisas. Nenhuma igreja do Novo Testamento teve qualquer estátua ou relíquia dentro dela.
O Senhor Jesus disse que a adoração que Deus deseja das suas criaturas é uma adoração espiritual, não uma que envolve o uso de símbolos e objetos visíveis. Em João 4:23-24, o Senhor Jesus diz: "Mas a ora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade".
Na Bíblia, a única imagem do Deus invisível é o próprio Cristo, de acordo com Colossenses 1:15. Paulo está falando de Cristo aqui: "O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação". Jesus Cristo é a única representação visível do Deus invisível.
Hebreus 11:1 diz: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem". A fé verdadeira não requer representações tangíveis e visíveis. I Pedro 1:8-9 diz, sobre Cristo: "Ao qual, não havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso; alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas". Imagens materiais visíveis não podem ajudar na adoração espiritual. Como alguém tem dito, as coisas materiais atuam como um não-condutor à adoração!
A Palavra de Deus conta-nos que os adoradores de imagens são pessoas não-regeneradas. Não nasceram de novo. Paulo diz, em Efésios 5:5-6: "Porque bem sabeis isto: que nenhumdevasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas (incluindo a idolatria)vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência".
CONCLUSÃO
Qual Cristo você está adorando? O Cristo de concepção artística humana ou o Filho do Deus vivo, revelado pela Palavra de Deus?
 Autor: Laurence A. Justice


Tradução: Albano Dalla Pria 05/01


Revisão: Calvin G. Gardner 12/01 



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Mensagem do Dia

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas nEle. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa Deus de maneira pura, legítima e eterna. A.W.Tozer

"A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão." JOHN WESLEY"

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Alimentar-se da Palavra "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12).Erram por não conhecer as Escrituras, e nem o poder de Deus (Mateus 22.29)Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

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